[etnolinguistica] Exposi=?ISO-8859-1?Q?=E7=E3?=o 'Brasil Tupi' (Museu de Arqueologia e Etnologia, S=?ISO-8859-1?Q?=E3?=o Paulo)

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Fri Jul 9 11:13:47 UTC 2004


Encaminhamos abaixo matéria sobre a exposição Brasil Tupi, que está em cartaz no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP (São Paulo) até o dia 7 de novembro, como parte das comemorações dos 450 anos da cidade.

Agradecemos à colega Maria Pankararu pela dica.

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Acervo do Museu de Arqueologia e Etnologia mostra a vida dos Tupi desde a Pré-História

O Conjunto Cultural da Caixa e o MAE apresentam uma grande exposição que conta a história dos povos Tupi através de sua arte e dos utensílios do cotidiano desses índios. Os Tupi foram os índios que já habitavam São Paulo (e grande parte do Brasil) muito antes da colonização.

Agência Carta Maior

A exposição Brasil Tupi conta com 70 peças do acervo do MAE, um dos mais importantes museus de etnologia e arqueologia. A proposta é mostrar a cultura dos povos indígenas de língua tupi desde a Pré-História por meio de objetos como pratos, vasos, cerâmicas, cestos e ornamentos indígenas. Vale a pena conferir os detalhes de suas pinturas marcantes, desenhos e combinações de cores que, hoje, podem ser notadas em diversas manifestações da arte brasileira, inclusive da moda.
Brasil Tupi está em cartaz no Conjunto Cultural da Caixa (Praça da Sé, 111), com entrada franca, até 7 de novembro (terça a domingo, das 9h às 21h). É uma oportunidade singular para conhecer a história dos índios brasileiros, com acesso fácil em pleno Centro da Cidade, e todo o conhecimento do MAE, que teve a preocupação de constituir a exposição de forma didática e questionadora, incentivando o público a debater temas indígenas.
O evento é mais uma comemoração pelos 450 anos da cidade, mostrando a cultura dos tupi, que são os primeiros paulistanos.

Apresentação de Brasil Tupi

(Prof. Dr. Eduardo Góes Neves, coordenador do MAE e um dos curadores da mostra)

Os povos indígenas que habitam o Brasil têm uma rica história com mais de 12.000 anos, quando se iniciou a ocupação humana da América do Sul. Essa longa história pode ser entendida a partir do estudo dos vestígios deixados pelos ancestrais dos povos indígenas que hoje ocupam todo o território brasileiro. Esses vestígios, formados por sítios arqueológicos, objetos de cerâmica e pedra, cemitérios, restos de plantas e de fauna mostram que o passado pré-colonial dessa parte da América do Sul foi bastante dinâmico.

A exposição Brasil Tupi, no acervo do MAE-USP pretende contar um pouco dessa história, a partir de objetos arqueológicos e contemporâneos produzidos por índios que falam ou falavam línguas pertencentes ao tronco lingüístico Tupi ou que, de alguma forma, têm sua história relacionada aos grupos Tupi. No século XVI, época da chegada dos europeus às Américas, boa parte do litoral do sudeste e do nordeste, bem como do interior e do litoral sul do que veio a ser o Brasil era ocupada por, respectivamente, índios Tupinambá e Guarani e todos outros grupos a eles relacionados cultural, lingüística e biologicamente.

Graças a essa situação, há uma rica documentação sobre esses grupos, principalmente nos séculos XVI e XVII. A arqueologia mostra, no entanto, que a ocupação Tupinambá e Guarani nessas áreas se iniciou no primeiro milênio DC a partir de uma origem Amazônica. Ou seja, os Tupinambá e Guarani também têm uma história de expansão e colonização.

Após o início da colonização européia, como se sabe, a população indígena sofreu uma imensa diminuição devido à propagação de doenças, escravidão, guerra. Os povos Tupi também passaram por esse processo, que levou à virtual extinção dos Tupinambá do litoral. Mesmo assim, cinco séculos após a chegada de Cabral, os grupos Tupi continuam ocupando diferentes partes do Brasil, da periferia de São Paulo ao interior do Rio Grande do Sul, do litoral do Rio de Janeiro à vastidão da Amazônia. Essa ampla distribuição e vitalidade criativa ante a pressão da conquista são mostradas a partir de objetos produzidos no século XX por diferentes grupos falantes de línguas Tupi do Brasil.
É, portanto, mostrando, através de objetos, que os grupos Tupi têm história e que seguem vivos e por toda a parte do Brasil, que a exposição se estrutura. A curadoria da exposição foi realizada por Fabíola Andréa Silva, Eduardo Góes Neves e Paulo De Blasis.

O acervo do MAE - reunido por profissionais renomados como Herbert Baldus, Claude Lévi-Strauss, Lux Vidal, Peter Hilbert, Anette Lamig-Emperaire, Harald Schultz e Thekla Hartmann - é rico e diversificado o suficiente para a escolha dos objetos que compõem a exposição. A escolha foi complementada por peças cerâmicas dos Asurini do Xingu, um grupo Tupi da Amazônia, que pertencem ao acervo particular da Dra. Fabíola Andréa Silva, uma das curadoras. O critério de escolha passou sempre, desde o início, pela discussão com conservadores e educadores sobre as condições de integridade e o potencial educativo das peças. A exposição é também uma atividade que comemora os quinze anos do MAE, uma Instituição que, embora recente, conta com acervos centenários, apesar de ainda não dispor de um prédio adequado à importância desse acervo.

Serviço:
Exposição Brasil Tupi
até 7 de novembro, de Terça a Domingo, das 9h às 21h
Conjunto Cultural da Caixa, Praça da Sé, 111 (tel. 11-3107-0498)
GRÁTIS
Conjunto Cultural da Caixa e MAE-USP
Caixa Econômica Federal
Praça da Sé, 111
Fotos do acervo do MAE: Wagner Souza e Silva

http://agenciacartamaior.uol.com.br/agencia.asp?coluna=visualiza_arte&id=2101

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