Nome pejorativo da familia 'Maku'

Victor Petrucci vicpetru at HOTMAIL.COM
Mon Sep 4 14:43:45 UTC 2006


Caros amigos

Sabemos que tradicionalmente o termo é prjorativo. Li as diversas 
argumentações dos colegas e creio que seria possível uma proposta para 
mudança, uma vez que os próprios povos dessa etnia se mostran favoráveis. 
Entre "escolher/criar" um novo nome quero destacar um trecho do e-mail do 
Renato: "Durante o debate, todos os 42 cursistas presentes (Hupd'äh, Yuhup e 
Daw) rejeitaram a proposta do H. Ramirez no sentido de chamar a família 
Lingüística Uaupés-Japurá. Os Hupd'äh achavam que deveria ser  denominada de 
Família Lingüística Hibah-tehre, que significa na última instancia "os nosso 
ancestrais". Os Dâw pegando a discussão nessa direção perguntam: por que não 
chamar Família Lingüística Nadöb? Indicando que os Nadob seriam os mais 
antigos e dando a entender essas línguas (Hup, Yuhup e Dâw) vem do Nadöb. Os 
Yuhup presentes   na discussão pareciam aceitar essa proposta dos Dâw. Não 
chegamos a conclusão...."

Com base nisso, sem querer menosprezar o termo proposto por Pattie creio que 
as denominações "Família Lingüística Hibah-tehre" e "Família Lingüística 
Nadöb" merecem nossa atenção por serem aventadas pelos próprios grupos 
indígenas.

Um abraço

Victor A. Petrucci
Campinas - Brasil
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>From: "Renato Athias" <renato.athias at gmail.com>
>Reply-To: etnolinguistica at yahoogrupos.com.br
>To: etnolinguistica at yahoogrupos.com.br
>Subject: Re: [etnolinguistica] Nome da familia 'Maku'
>Date: Sat, 2 Sep 2006 22:37:45 -0300
>
>Oi Pattie,
>
>
>
>Obrigado pelo seu e-mail. No meu e-mail direcionando a Yonne indiquei o
>sítio onde você pode baixar o vídeo *Paah Sak Tëg*. Com paciência você pode
>baixar todinho.
>
>
>
>Outra novidade, é que finalmente depois de anos eu terminei a tradução do
>Francês da minha Tese de Doutorado sobre as relações Tukano Hupd'äh.Em
>breve, muito breve estará sendo publicada.
>
>
>
>Na minha tese de doutorado eu trabalho, com a hipótese dos Maku terem sido
>os primeiros habitantes da região do Uaupés, antes mesmo da chegada dos
>Arawak vindos do Norte. Pode-se confirmar esta hipótese pelo fato de que já
>foi assinalado pelos etnólogos Koch-Grünberg (1906:878) e Curt Nimuendajú
>(1950:163)  a existência de grupos que teriam sido Maku em uma época
>anteri­or,  hoje considerados como fazendo parte da família Arawak, como os
>*Cadauapuritana *e os *Hohodeni*.  Outras evidências são apresentadas 
>quando
>se analisa o processo de *Arawkização *de todos os grupos indígenas desta
>região. Toda a cultura material hoje no Uaupés provém dos grupos Arawak que
>foi assimilada tanto pelo Tukano como pelos Maku.
>
>Os próprios Hupd'äh, quando indagados sobre suas origens, afirmam que eles
>chegaram na região antes dos Tukano. Um outro fato que pode corroborar essa
>afirmação é a denominação do Rio Uaupés dado pelos Tukano *[dyà pohsà]. * 
>Até
>hoje, os Tukano denominam o rio Uaupés por este nome. O mesmo processo de
>assimilação pode ser observado entre alguns dos grupos Tukano que teriam
>sido em um tempo remoto Maku ,como por exemplo os *Okodiboroa* um sib Kubeo
>e os *Cuewana *que seriam Maku, hoje *tukaniza­dos*. I. Goldman (1963:96)
>também diz que os *Buhukiwa*, um sib Kubeo, em uma época anterior teriam
>também sido Maku.
>
>Durante minha pesquisa de campo (1983/1984), escutei dos próprios Hupd'äh 
>de
>Bói'deh, que um sib Miriti-Tapuia, habitando atualmente nas cabeceiras do
>Rio Tiquié, teria origens Maku. Não tive a oportunidade de confirmar essa
>informação apesar de tê-la escutado, por duas vezes, na região na aldeia
>Tat'deh, no Igarapé Tacacuá. Estes fatos levam a confirmar a hipótese de 
>que
>os grupos Maku habi­tavam esta região antes da chegada dos grupos Arawak e
>Tukano. O processo de assimilação vivido na região (e que merece um estudo 
>à
>parte), levaria sem dúvida a um esclarecimento maior. e poderia desvendar
>algumas das questões que dizem respeito às relações Tukano/Maku.
>
>Robin Wright, quando esteve entre os Huhudene (1981), teve uma preocupação
>especi­al em investigar exatamente se estes teriam sido anteriormente Maku,
>conforme consta nas informações fornecidas por Koch-Grünberg, hoje
>assimilados como um grupo Arawak. Durante sua pesquisa de campo, Wright
>procurou buscar a origem dos clãs Arawak, do rio Aiari, especificamente
>entre os Huhudene.  Hoje, nos parece ser difícil  encontrar alguma
>comprovação destas afirmações pois o termo Maku só recentemente foi usado
>para denominar um grupo social. *"They used the terme Maku in a loose sense
>to apply to many people who wage war. It is partly pejorative; the 
>ancestors
>waged wars, "did not eat fish or ga­me, but only people" and so on, but 
>this
>was not the same as equating their li­fe-styles with the Maku who inhabit
>the interfluves in the Vaupés drainage to­day"* (Wright 1982:12).
>
>O termo Maku certamente vem do Arawak e significa "aquele que não têm fala"
>ou "aquele quem não tem a nossa fala". *[/ma-aku/ ma=prefixo privativo
>aku=fala]*. J. Hill(1986) utiliza o nome Wakuénai para designar o conjunto
>de cinco dialetos dos Arawak setentrional e traduz Wakuénai por *"gente de
>nossa língua"* *[wa- aku-nai=nossa-fala-sufixo associativo]*; distingue os
>Kuripaku e os Baniwa do Içana dos Maakunai *[ma-aku-nai= prefixo privativo-
>fala-sufixo associativo = os que não tem língua]* para designar os outros
>grupos cuja língua não se compreende. Neste caso, para os  grupos Baniwa, 
>os
>Tukano poderia  ser considerados de *Maakunai* . Os Kuripaku, identificam 
>os
>outros índios que habi­tam o mesmo território por Wakulikoperi (=aqueles-
>que-falam-nossa-língua) e entre os Wakulikoperi eles distinguem diferentes
>dialetos segundo a maneira de exprimir a afirmação ou a negação, ou seja,
>pela forma de dizer o "sim" *[kurrim, karrum, kenim e niame]* e o "não" 
>*[áhá,
>óhó e ehen]*. Kuripako *[kurrimpako],* é uma grafia simplificada da
>expressão que quer dizer: ...*"a gente falaz kurrim"* (Cf. 
>Journet,1988:8).A
>julgar por este aspecto lingüístico, vem confirmar-se a hipótese de
>Nimuendajú, apresentada anteriormente, de que os grupos Maku estavam na
>região antes da chegada dos Arawak vindos do Norte, através do canal de
>Cassiquiari, vivendo às margens dos rios e os Tukano, vindos do Oeste
>(Papuri). Os Maku, aos poucos, deixaram lugar aos recém-chega­dos,
>estabelecendo-se em áreas interfluviais.
>
>
>
>O termo Maku é usado indistintamente em toda a região do Rio Negro, não
>somente entre o povo indígena, como também entre os caboclos, e já
>incorporado no linguajar comum dos habitantes de São Gabriel. O conteúdo
>semântico do termo foi sempre associado como "selvagem" em oposição aos
>outros índios horticultores como os Tukano e Arawak. E este termo foi 
>também
>empregado para todos os grupos indígenas, da região, que tinham seu 
>*habitat
>* no interior das florestas e zonas interfluviais. Por muito tempo os
>Yanomami desta região fo­ram identificados como sendo também parte dos 
>Maku.
>
>O termo Maku também é usado pelos  Urubu-Kaapor para designar os Guajajara
>(Cf. Huxley, 1956:98) sem conotação pejorativa. Foi também usado para
>designar outros grupos em Roraima (Cf. Megliazza,1969). Na região andina, 
>na
>língua dos Kagaba o termo é sinônimo de "Senhor", "Chefe", para quem 
>conhece
>a fama do significado dessa palavra na região Uaupesina esta informação
>(Preuss, 1967:366) é muito curiosa.
>
>Atualmente, este termo está carregado de um sentido pejorativo. No Rio
>Tiquiê, por exemplo, quando se pergunta a qualquer Tukano sobre a vida
>de­les no passado recente, eles podem responder da seguinte maneira:
>*"Antigamente
>nós éramos todos Maku"*  como analogia aos atuais Maku e para significar 
>que
>antes eles viviam no mato e não tinham acesso à tecnolo­gia trazida pelos
>missionários. No linguajar cotidiano dos caboclos e não-ín­dios de São
>Gabriel, o termo Maku é usado amplamente para designar o sujo, o índio,
>sempre com uma conotação depreciativa.
>
>No linguajar comum da região do rio Uaupés, o termo mais usado entre os
>Tukano para designar um Hupd'äh é *peoná *plural da palavra *[pëogë]* que,
>na língua Tukana significa  apenas uma saudação, quando um Tukano quer
>contratar trabalho com os Hupd'äh. O termo foi popu­larizado pelos
>missionários por não quererem utilizá-lo, pejorativamente. E pior: por
>desconhecerem os nomes dos diversos grupos Hupd'äh. Os Tukano em­pregam o
>termo [*pohsá]*,  para chamar os Hupd'äh de uma forma geral, cujo o
>si­gnificado pode ser os "serventes" ou "estragados" ou ainda "quase 
>gente".
>
>Insisti, sempre que tinha oportunidade,  conversando com outros indíge­nas 
>e
>com os missionários em denominar estes Maku de Hupd'äh, no lugar de usar o
>termo corrente de *"Peoná"*. Quando me encontravam em uma roda, conversando
>com os Tukano e me referia aos Hupd'äh utilizando esse termo, quase sempre
>vinha riso por partes dos Tukano e, em seguida, um sinal de aprovação.
>Durante estas conversas, pude perceber que bastante Tukano conhecem 
>inúmeras
>palavras em Hupd'äh e que também alguns são capazes de conversar nesta
>língua. No entanto, se perguntarmos diretamente a um Tukano se ele sabe
>falar Hupd'äh, ele vai responder que não  e que conhece apenas algumas
>palavras. Enquanto todos os homens, e muitas mulheres Hupd'äh conhecem
>perfeita­mente o Tukano ou as outras línguas dos grupos Tukano. Falando
>neste idio­ma com muita desenvoltura.
>
>Em janeiro desse ano, no rio tiquié quando eu estava coordenando a  II 
>etapa
>de nosso *Curso de Magistério Paah Sak Tëg,*  eu provoquei uma discussão
>nesse sentido. Durante o debate, todos os 42 cursistas presentes (Hupd'äh,
>Yuhup e Daw) rejeitaram a proposta do H. Ramirez no sentido de chamar a
>família Lingüística Uaupés-Japurá. Os Hupd'äh achavam que deveria ser
>denominada
>de Família Lingüística *Hibah-tehre, *que significa na última instancia "os
>nosso* *ancestrais". Os Dâw pegando a discussão nessa direção perguntam: 
>por
>que não chamar Família Lingüística Nadöb? Indicando que os Nadob seriam os
>mais antigos e dando a entender essas línguas (Hup, Yuhup e Dâw) vem do
>Nadöb. Os Yuhup presentes  na discussão pareciam aceitar essa proposta dos
>Dâw. Não chegamos a conclusão nenhuma acho que na próxima vez que eu voltar
>para dar continuidade ao Curso de Magistério vamos continuar essa 
>discussão.
>
>
>
>
>
>
>----- Original Message -----
>>From: "patienceepps" <pepps at mail.utexas.edu>
>>To: <etnolinguistica at yahoogrupos.com.br>
>>Sent: Friday, September 01, 2006 6:49 PM
>>Subject: [etnolinguistica] Nome da familia 'Maku'
>>
>>
>>Caro Renato,
>>
>>Estou completamente de acordo com a proposta de mudar a denominação da
>>família lingüística 'Makú'. Já tinha falado com outros lingüistas
>>trabalhando com esta família sobre este assunto, e a maioria deles
>>concordam - assim como as pessoas Hupd'äh, Daw, e Yuhup. Outra razão
>>de muda-lo, além do sentido pejorativo deste nome na região, é que na
>>literatura lingüística sobre a Amazônia, já têm alguns outros grupos
>>lingüísticos com o mesmo nome 'Maku'. Parece que este nome vem
>>originalmente dum palavra Arawak, ma-aku, que significa 'sem fala'
>>(veja Koch-Grünberg 1906, etc.).
>>
>>Acho que o jeito de fazer um tal mudança é simplesmente de chegar num
>>acordo geral sobre uma denominação, e ai de començar usa-la.
>>
>>Eu e alguns outros já estão usando o nome 'Nadahup' ao lugar de
>>'Makú'. Este nome é um conjunto dos nomes das línguas Hup, Yuhup, Daw,
>>e Nadeb. Não inclui Kakua e Nukak, mas o relacionamento destas duas
>>línguas com as outra 4 não é certo nem provado, e é bem possivel que
>>não tem nenhum relacionamento histórico demonstravel.
>>
>>Espero que puder ter acordo entre lingüistas, os povos Hup, Yuhup,
>>Daw, e Nadeb, antropologos, e outros que esta denominação 'Nadahup'
>>seja aceitável. Si não, necessitamos outro sugestão. Já tem tido
>>discussão sobre o nome 'Uaupés-Japura', proposto por Henri Ramirez,
>>mas este nome é muito comprido, e as pessoas Hupd'äh com quem eu falei
>>não gostavam muito - dizem que têm muitos povos entre os rios Uaupés e
>>Japura, não só os povos Hup-Yuhup-Daw-Nadeb. Outra ideia, de escolhar
>>alguma palavra que existe em comum entre as 4 línguas, também não da
>>muito bem por que têm tão poucas palavras parecidas que têm sentido
>>pertinente - e também as possibilidades que existem são muito curtos
>>(por exemplo, a palavra 'ip' que significa 'pai' - mas uma família
>>lingüística que se chama da familia 'ip'...?)
>>
>>Então, o que você e os outros membros da lista acham da denominação
>>'Nadahup'? Podemos perguntar aos falantes destas línguas si este nome
>>puder dar ao lugar do 'Maku'?
>>
>>Abraços,
>>Pattie
>>
>>
>>--- Em etnolinguistica at yahoogrupos.com.br, "Renato Athias"
>><renato.athias at g...> escreveu
>> >
>> > Colegas,
>> > Aproveito a mensagem de Pattie para fazer uma pergunta e para dizer
>>que como
>> > antropólogo dou também meu total apoio a moção.
>> > Gostaria de saber de todos vocês, se seria possível, no âmbito das
>> > clasificações das línguas indígenas do Brasil,  mudar a denominação
>>de uma
>> > família lingüísitica. Nós que trabalhamos os grupos indígenas Yohup,
>>Däw,
>> > Hupdah, Nadöb, Kakwa,Nukak que estão classificados como pertencentes a
>> > família lingüística MAKU sofremos, pois a termo Maku não corresponde a
>> > nenhuma palavra dessas línguas. Além de ter uma forte conotação
>>pejorativa
>> > (principalmente na região do Rio Negro) servindo na realidade como um
>> > "palavrão". Em julho do ano passado e em Janeiro desse ano. Estivemos
>> > reunidos no Rio Tiquié ( Daw, Hupdah e Yohup) e discutimos essa
>>situação e
>> > todos eles sugeriram mudanças. Como fazer? por onde começar?
>> >
>> >
>> > Eu coloquei o vídeo Paah Sak Tëg na  internet.. São os cursistas,
>>Hupah, Daw
>> > e Yuhup do curso de magistério indígena.
>> > São pequenos depoimentos...  o Vídeo completo em 22 minutos pode ser
>> > enviado... é só podir.. certo.
>> >
>> > Renato
>> >
>> > divulguem por favor
>> >
>> >
>> > Parte 1
>> > http://www.youtube.com/watch?v=-wS2l6_jLgw
>> > Parte 2
>> > http://www.youtube.com/watch?v=WWDyusAvayc
>> > Parte 3
>> > http://www.youtube.com/watch?v=1SjocnjFWmc
>> >
>> >
>> >
>> >
>> >
>> > 2006/9/1, Pattie Epps <pepps at m...>:
>> > >
>> > >  Prezados membros da lista, Júnior, e Sebastian,
>> > >
>> > > Como falante nativo de inglés, fiz alguns modificações ao texto da
>>moção
>> > > sugerido por Júnior e Sebastian. Espero que ajudar!
>> > >
>> > > O texto se encontre abaixo.
>> > >
>> > > Um abraço para todos,
>> > > Pattie
>> > >
>> > >
>> > > We, the undersigned researchers working with indigenous languages of
>> > > Brazil and
>> > > adjacent regions and leaders of Indian organizations (participating
>> > > in the discussion list "Etnolinguistica"), and the Museu
>> > > Paraense Emílio Goeldi, a research institution of the Brazilian
>>Ministry
>> > > of
>> > > Science and Technology, want to express our concern regarding the
>>points
>> > > that were raised by Dr. Hein van der Voort
>> > > in the SSILA-Bulletin number 242 of August 22 of 2006, and
>> > > show our support for the general position taken by Dr. van der
>> > > Voort (full text is given below).
>> > >
>> > > In brief, Dr. van der Voort states that the decision to adopt the
>> > > Ethnologue's language codes as the reference standard for the
>> > > languages of the world (also called ISO 639-3) was not fully
>> > > discussed within the linguistic community. He also questions the
>> > > validity of this decision from the perspective of ethical concerns
>>(should
>> > > a religious
>> > > organization be in charge of such an effort?) and accuracy
>> > > (Ethnologue is an error-ridden, though extensive, publication).
>> > >
>> > > He proposes that efforts like UNESCO's Redbook of the
>> > > Endangered Languages of the World be considered as an alternative
>>to SIL's
>> > > Ethnologue.
>> > >  We feel strongly that there is only one sensitive answer --
>> > > "NO"-- to the central question raised by Dr. van der Voort:
>>"should we as
>> > > scientists collaborate so directly with a
>> > > proselytizing organization, lending it legitimacy and potentially
>> > > contributing to its ultimate goal -- that of replacing indigenous
>> > > cultures with a specific Western one?"
>> > >
>> > > Like several of us, many researchers worldwide may have information
>> > > that would represent a valuable contribution to the ISO list, but 
>>feel
>> > > reluctant to
>> > > share it with the editors of the Ethnologue for the very reasons 
>>given
>> > > by Dr. v.d. Voort.  This puts the cooperative work on a reliable and
>> > > widely accepted ISO standard at serious risk.
>> > >
>> > > Therefore, we urge that the current state of affairs with respect
>> > > to the ISO 639-3 be reviewed, and that another, purely academic
>> > > institution (such as a committee or commission to be created) be
>>given the
>> > > responsibility of maintaining and revising the ISO list of languages
>> > > and their codes. An academic commission of SSILA assigned to
>> > > evaluate proposals for changes to the survey of South American
>>languages
>> > > could serve as a model for other regions, and some means of
>>coordinating
>> > > regional commissions could be established in order to assure similar
>> > > criteria and standards.
>> > >
>> > > It would be certainly a time-consuming project, but the final
>> > > product would be considerably more reliable and more likely to 
>>receive
>> > > widespread acceptance than the Ethnologue alternative.
>> > >
>> > > In sum, it is important to us that the ISO 639-3 standard and a
>> > > possible permanent ISO 639-3 commission be clearly separated from
>> > > the Ethnologue and SIL in general, making it possible for any
>> > > linguist to contribute to the ISO standard without contributing
>> > > direct or indirectly to SIL.
>> > >
>> > > With this motion, it is our intention to invite linguists who share
>> > > our view to make this position clear in their local academic
>> > > associations and to start a worldwide discussion about a possible
>> > > different solution for the ISO 639-3.
>> > >
>> > >
>> >
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>>
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>>IV Encontro da Associação Brasileira de Estudos Crioulos e Similares
>>Goiânia, 18 a 20 de outubro de 2006
>>Participe! Para maiores informações, visite
>>http://www.letras.ufg.br/abecs.html
>>-------------------------------------------------------------
>>
>>O uso dos recursos do grupo Etnolingüística baseia-se no reconhecimento e
>>aceitação de suas diretrizes. Para conhecê-las, visite
>>http://geocities.com/linguasindigenas/normas
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