Colóquio: Caso Absolutivo em Tenetehára (Goiânia, 29/06/2007)

Setor de Etnoling üística/MA linguasindigenas at YAHOO.COM
Wed Jun 20 20:21:35 UTC 2007


Museu Antropológico
  Colóquios Lingüísticos
   
  O Estatuto do Caso Absolutivo em Tenetehára
   
  Fábio Bonfim Duarte
  Universidade Federal de Minas Gerais
   
   
  O Caso absolutivo, em Tenetehára, surge em orações encaixadas temporais. Nestas orações, os argumentos nucleares (O) e (S) vêm antepostos ao verbo e ao complementizador mehe, emergindo, assim, as ordens [ovtransitivo] comp]] e [svintransitivo] comp]]. Adicionalmente, observa-se que o objeto (O) e o sujeito (S) são codificados pelos prefixos relacionais de Caso absolutivo, sinalizando com isso o alinhamento morfossintático entre (O) e (S). Nessas orações, principalmente entre os falantes de fala mais conservadora, o prefixo nominativo nunca emerge. Já em orações independentes, o Caso absolutivo pode ser acionado quando o D/NPpronominal objeto possuir o traço-phi [+ego, +tu] ou quando o D/NP vier na posição sintática de sujeito de verbos inacusativos/estativos. Nestas duas últimas situações, o D/NP objeto e o D/NP sujeito são codificados pelos prefixos relacionais de Caso absolutivo. Outro fato curioso é que esses prefixos não são acionados quando o objeto vem posposto ao
 verbo, especialmente nos contextos em que as ordens sintáticas são SVO e VSO. Nestas duas últimas situações, os morfemas que figuram no verbo são os prefixos nominativos. Tomando por base o alinhamento existente entre o sujeito (S) e o objeto (O), nos vários contextos relatados acima, esta pesquisa tem por objetivo o seguinte: (i) explicar por que razão os “ditos” verbos inacusativos, os quais não costumam atribuir Caso ao seu único argumento nuclear em línguas nominativas, podem sim atribuir Caso (absolutivo) ao seu único argumento nuclear nas orações temporais da língua Tenetehára; (ii) identificar as possíveis razões pelas quais o verbo transitivo não recebe os prefixos relacionais de Caso absolutivo nos contextos em que o objeto vem à direita do verbo, ordens SVO e VSO, oposto ao que acontece quando o objeto precede o verbo, ordem [OV] comp]]; e (iii) determinar se a fonte de atribuição do Caso absolutivo ao objeto (O) do transitivo e ao sujeito (S) do inacusativo e do
 inergativo é a mesma ou se difere de alguma maneira.
   
   
  29 de junho de 2007
  Sexta-feira, 15h às 16h30
  Mini-auditório Egídio Turchi
  Faculdade de Letras/UFG
   
  – ENTRADA FRANCA –


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Universidade Federal de Goiás 
Avenida Universitária, 1166, Setor Universitário 
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