Fw: Missão: O Veneno Lento e Letal dos Suruwahá

Renato Athias renato.athias at GMAIL.COM
Sat Jul 19 05:40:15 UTC 2008


*-------Mensagem original-------*

 *De:* Antenor Vaz <uinala at yahoo.com>
*Data:* 18/7/2008 13:39:06
*Para:* uinala at yahoo.com
*Assunto:* Missão: O Veneno Lento e Letal dos Suruwahá



*Sinopse Brasília*

*11 de Julho de 2008*


Prezados(as)...


Nas 80 páginas do dossiê, encaminhado por este documento, "Missão: o veneno
lento e letal dos Suruwahá", veremos graves denúncias contra a atuação da
missão "Jovens com uma Missão" - Jocum (Youth with a Mission) junto aos povo
indígena Suruwahá, no sudoeste do estado do Amazonas.


Os Suruwahá, são um povo considerado de contato recente, que segundo a
legislação brasileira, sua proteção é de competência exclusiva a FUNAI.


As provas contra a atuação ilegal da Jocum, reunidas em compilação e análise
de dezenas de documentos e processos existentes na FUNAI, todos referentes
ao grupo indígena Suruwahá e a atuação da Jocum nesse caso. As acusações
contra a missão são de praticar proselitismo religioso, de evangelizar os
índios e de desestruturar a comunidade indígena Suruwahá, que atualmente
está ameaçada de ser dizimada por uma série de suicídios em massa. Também
constam denúncias de crimes tais como práticas de escravidão indígena,
extração ilegal de sangue dos índios, biopirataria de sementes da floresta
para o exterior, construção de pistas de pouso clandestinas, uso de rádio
amador pirata, venda ilegal de madeira, remoção de indígenas de seu
território sem autorização do Estado, adoção de crianças indígenas,
realização de expedições veladas atrás do contato de índios isolados e até o
uso de imagem indevida de índios em filmes e materiais para arrecadação de
recursos próprios aos objetivos da instituição. Ainda, ela é acusada por
funcionários da Funai e da Funasa de incitar os índios, que não falam
português e desconhecem as regras da sociedade envolvente, a se voltarem
contra os representantes do Estado brasileiro, inclusive ameaçando-os de
morte.


Em maio de 2003 o então Procurador da República, Sérgio Lauria Ferreira,
tendo como base o estudo antropológico do Analista Pericial em Antropologia
do MPF – lotado na PRDC/AM, Sr. Marcos Farias de Almeida e a Representação
PR/AM nº 1.13.000.000077/2002-46-PRDC/AM nº 440, apresentada pelo CIMI,
denunciando a organização missionária JOCUM, *determinou*, por meio da
RECOMENDAÇÃO PRDC-AM Nº 003/2003 que a FUNAI promovesse a* IMEDIATA
DESINTRUSÃO* de não índios da terra Indígena Sorowahá. Até a presente data a
JOCUM se nega a sair da terra indígena e impõe condições para tal. Inversão
total: a missão estrangeira impondo condições ao estado brasileiro para
cumprir a recomendação do Ministério Público Federal no Amazonas.


O que está por trás da questão é a briga pelo estado brasileiro para assumir
o controle de uma terra indígena, garantir os direitos indígenas protegidos
pela Constituição Federal de um grupo indígena (considerados de contato
recente) nas mãos de missionários evangélicos de uma missão norte-americana.
A área, no meio da Amazônia (bacias do rio Purus e do rio Juruá, dois
grandes afluentes da margem direita do Solimões), é extremamente
estratégica. E, por toda a área, grupos de índios da família lingüística
arawa estão sendo evangelizado e seguindo as doutrinas dessa missão
fundamentalista. Sem entrar na questão da soberania ou teoria conspiratória,
esse fato mostra uma briga direta entre a Funai (governo brasileiro), e uma
organização fundamentalista americana, que hoje sabe muito mais sobre estes
índios do que qualquer instituição de pesquisa no Brasil. Além de questões
muito mais graves que podem estar gerando suicídios coletivos em massa,
podendo até chegar a um genocídio de um povo.


Pontualmente, as denuncias contra a Jocum são as que seguem:



   -

   Proselitismo religioso: impor o evangelismo a um povo indígena;
   -

   Retirada de crianças da aldeia para adoção e remoção de índios da área
   indígena, incluindo crianças, sem comunicar a Funai: Cimi e antropólogos
   argumentam que isso pode ter aumentado os suicídios;
   -

   Escondem e disfarçam a intenção de evangelizar;
   -

   Presença ilegal na área: sem autorização formal à Funai
   -

   Desestruturação da sociedade Suruwahá, por meio da introdução de novos
   valores que desestrutura a cosmologia tradicional;
   -

   Preconceito contra os índios (chamam eles de "*incapazes, medrosos,
   inflexíveis, selvagens, insensatos, frágeis psicologicamente");*
   -

   *Filme feito ilegalmente, com recursos dos Estados Unidos e equipe de
   cinema holywoodiana, que acirra o preconceito contra índios em defesa do
   trabalho próprio;*
   -

   *Influencia os índios contra funcionários da Funai (pois só eles dominam
   a língua), e estes funcionários foram várias vezes ameaçados de morte por
   isso;*
   -

   *Escravidão de comunidades indígenas – em investigação pela PF*
   -

   *Levaram diversas epidemias de gripes – que chegaram a matar índios*
   -

   *Levaram pajés Maori (10), da Nova Zelândia, para fazer rituais
   exorcistas e expulsar supostos espíritos que ameaçavam o povo de
suicídio, causando
   conflitos entre estes pajés estrangeiros e os Suruwahá;*
   -

   *Levaram dois índios para a sede, em Porto Velho, para catequização*
   -

   *Oferecem ferramentas e remédios em troca para os índios se evangelizarem
   *
   -

   Há suspeitas de que estariam sendo financiadas pelo movimento
   fundamentalista norte-americano;
   -

   Denuncias de Biopirataria - comércio ilegal de sementes da Amazónia
   (mogno) para o exterior;
   -

   Tentaram contatar o grupo de índios isolados Hi-Merima, (que a política
   oficial da Funai determina a proteção e o não o contato), com apoio
   logístico do SIL – Summer Instituto of Linguistics;
   -

   Funai, Funasa e Ministério Público pediram a expulsão dos missionários da
   *Terra Indígena, mas eles se recusam a sair*.


A Polícia Federal, com base no relatório da Agencia Brasileira de
Inteligencia – ABIN, abriu inquéritos para averiguar irregularidades na
atuação de Organizações Não Governamentais (ONGs). As entidades relacionadas
pela ABIN e que são motivo de investigação por parte da Policia Federal são:
Missão Novas Tribos (MNTB),* Jovens com uma Missão (JOCUM)*, Cool Earth ,
Amazon Conservation (ACT), dentre outras.


Antenor Vaz

Julho de 2008




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