A Estrutura de Línguas Amazônicas: Fonologia e Gram ática II

Stella Telles stellatelles at HOTMAIL.COM
Wed Jun 18 19:42:44 UTC 2008




Prezados Colegas,



Segue abaixo nova chamada para a Conferência A Estrutura das Línguas
Amazônicas: Fonologia e Gramática II, com retificação do endereço
eletrônico da Comissão de Organização e mais informações para a inscrição no
evento.

Em breve, estaremos disponibilizando o endereço do site da Conferência.



Agradecemos pela atenção e reafirmamos nossa expectativa de
sua participação no encontro.

 

Cordialmente,



Stella Telles



_____________________



CHAMADA :



Conferência: 

A
Estrutura de Línguas Amazônicas: Fonologia e Gramática II

 24 a 28 de novembro de 2008

 Local:
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil

A
Estrutura de Línguas Amazônicas: Fonologia e Gramática II será a  segunda Conferência de uma série, como parte
de uma iniciativa da Cooperação Internacional entre o CELIA (Paris), a UFAM
(Amazonas), a Universidade de Leiden e a Universidade Livre (Amsterdã). Os
temas a serem discutidos nessa Conferência são “NOMINALIZAÇÃO E
SUBORDINAÇÃO” e “SISTEMAS PROSÓDICOS EM NÍVEL DA PALAVRA”.
Seguindo a estrutura organizacional da primeira Conferência, que ocorreu na
cidade de Manaus, em 2007, a
Conferência do Recife também contará com contribuições de vários participantes
individualmente convidados. Além disso, para o evento de 2008, encontram-se
abertas as inscrições com apresentação de trabalho, para estudiosos e
especialistas que desejem participar, trazendo suas valiosas
contribuições. Também estão abertas as inscrições para estudantes e estudiosos
que estejam interessados em assistir à Conferência, sem apresentação trabalhos.

Comitê
de Organização Permanente:

- Willem Adelaar, Universidade de Leiden, Holanda

- Ana Carla Bruno,
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Manaus, Brasil

- Frantomé Pacheco,
Depto.de Antropologia/Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus,
Brasil

- Francesc Queixalós,
CELIA, CNRS-IRD, Paris, França

- Leo Wetzels,
LPP, CNRS, Paris, França & Universidade Livre, Amsterdã, Holanda

Comitê
de Organização Local:

- Stella Telles,
Núcleo de Estudos Indigenistas (NEI)/Programa de Pós-Graduação em Letras/Depto.
de Letras/Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, Brasil

- Aldir Santos de
Paula, Núcleo de Estudos Indigenistas (NEI)/Programa de Pós-Graduação em
Letras e Lingüística/Faculdade de Letras/Universidade Federal de Alagoas
(UFAL), Maceió, Brasil

Inscrição
de trabalhos relacionados aos temas acima propostos:

Deadline para envio dos resumos: 15 de agosto de 2008

Respostas de aceitação: entre 20 e 25 de agosto de 2008


 
  
  Taxas
  de Inscrição:
  (O pagamento das taxas deverá
  ser efetuado após confirmação de aceitação dos trabalhos)
  
 
 
  
   
  
  
  Com apresentação
  
  
  Sem apresentação
  
 
 
  
  Professores e/ou Pesquisadores
  
  
  R$ 60,00
  
  
  R$ 30,00
  
 
 
  
  Alunos 
  
  
  R$ 40,00
  
  
  R$ 20,00
  
 


Os
resumos deverão ser enviados para o Comitê Local, na pessoa de Stella Telles,
endereço eletrônico lingamazii at hotmail.com,
até 15 de agosto de 2008. Apenas o formato PDF será aceito. Cada inscrição
deverá conter: 1) dois arquivos do resumo submetido: um SEM identificação do(s)
autor(es), tanto no corpo do texto quanto no nome do arquivo, e outro com
identificação, constando o(s) nome(s) e o vínculo institucional do(s)
autor(es); 2) um arquivo contendo título, nome(s) do(s) autor(e), vínculo
institucional e endereços convencional e eletrônico. Por favor, confira se
todas as fontes e as figuras estão corretas. Cada inscrição poderá conter até
duas submissões de trabalhos.

A
descrição dos temas da Conferência segue abaixo (apenas submissões tratando dos
temas serão consideradas):

Nominalização
e Subordinação

Visto
que nomes deverbais têm a habilidade de recuperar os argumentos de sua
contraparte finita, a nominalização é um dos procedimentos que as línguas
utilizam para pôr um predicado verbal na posição de dependência em relação a um
outro predicado. A ligação entre nominalização e subordinação é mais ou menos
segura trans-lingüisticamente. Muito visível em turco, tzetal ou árabe,
ela é largamente observada em línguas amazônicas. Vários problemas de tipologia
devem se tratados, considerando-se a relação entre subordinação e nominalização. 
Em primeiro lugar, a maneira como  a recuperação de argumentos é
alcançada, visto que o designador de caso é um nome. Quando a nominalização diz
respeito a verbo transitivo, observa-se uma tendência relativamente geral para
o alinhamento ergativo, que tem uma incidência direta na maneira como os pivôs
sintáticos são colocados entre a cláusula principal e a cláusula subordinada.
Em segundo lugar, considerando-se que não
há divisa nítida entre forma nominalizada do verbo, não finita, e forma
subordinada finita, válida para todas as línguas, a perda de propriedades de finitude do verbo e a aquisição de
categorias nominais típicas (classes de gênero, quantificação,
definitude)  devem ser vistas em línguas particulares, para que se
identifique o ponto onde se situa o limite, em cada língua, sendo que conjunto
dos pontos, trans-lingüisticamente, equivale à um contínuo, em termos de tipologia geral. Considerando que a construção deverbal
gera uma frase nominal, os marcadores de subordinação serão recuperados
freqüentemente a partir de um inventário de marcadores relacionais de tipo
adposicional. Com respeito à relativização, a designação “relativa sem cabeça”
às vezes obscurece a necessária distinção entre uma cláusula na posição de
modificador em uma frase dominada por nome e um nome deverbal na mesma posição
de dependência sintática. Contudo, em línguas que permitem um certo grau de
escolha entre cláusula dependente finita e um modificador deverbal, os
correlatos semânticos e pragmáticos de cada opção devem estar evidenciados. A
recuperação diacrônica de propriedades de finitude por formas deverbais,
freqüentemente realizada através da reanálise da morfologia nominal, pode
causar mudanças nos padrões de alinhamento. Mais especificamente, o estudo das
relações entre nominalização e subordinação, se se leva em conta a suposta
forma masdar na tradição gramatical árabe, é muito bem apropriado para lançar
uma nova luz sobre (ou esclarecer)  a forma híbrida conhecida a partir de
muitas línguas Tupi e Jê, que a tradição dos estudos Tupí-Guaraní chama de
"indicativo 2". 

 

Sistemas
Prosódicos em Nível da Palavra

Um
julgamento acerca de qualquer traço tipológico em línguas indígenas da América
do Sul é prematuro. Mesmo que para certas famílias (e.g. Tupí-Guaraní) existam
descrições disponíveis, suficientemente numerosas e boas para permitir
observações interessantes e largamente válidas em torno da família, para muitas
outras famílias o que se têm é quase nada. Essa afirmação é particularmente
verdadeira quando são consideradas as características dos sistemas prosódicos
em nível da palavra (acentuais e não-acentuais) que existem nas línguas
amazônicas. Mesmo entre as línguas “bem documentadas”, pouquíssimas
apresentam análises significativas de seu sistema prosódico. As descrições são
bastante sucintas, trazendo, muitas vezes, não mais que uma afirmação genérica
e apresentando poucos exemplos, quando o fazem. Um estudo sistemático dos
padrões acentual e/ou tonal, em nível da palavra, incluindo um tratamento
detalhado dos condicionamentos morfológicos ou lexicais é raramente encontrado.
Termos tais como “pitch accent” aparecem freqüentemente acompanhados de uma
definição vaga e são empregados para referir sistemas bastante distintos entre
si. Para este Encontro, nós desejamos atrair trabalhos que apresentem análises
detalhadas de sistemas prosódicos em nível da palavra, encontrados em línguas
amazônicas, preferencialmente aqueles estudos baseados em evidência de
laboratório.  

 


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