ergatividade em l ínguas Jê setentrionais

Andrés Pablo Salanova kaitire at GMAIL.COM
Sun Mar 14 23:33:35 UTC 2010


Olá Eduardo

É, para o Jê eu já penso que a pergunta é mais interessante se ela é  
invertida: (1) em Jê setentrional, a ergatividade aparece em um  
conjunto heterogêneo de contextos, e é um entre vários tipos de  
marcação de caso não canônica, provavelmente com base semântica (i.e.,  
sujeitos dativos, genitivos ou locativos), enquanto que o alinhamento  
acusativo é típico de orações matrizes com verbos eventivos finitos;  
(2) como Ludoviko também propôs, a morfologia parece mais ir no  
sentido N -> V do que no sentido V -> N, isto é, a forma marcada do  
predicado é a forma verbal (isto não é incompatível com a sua idéia de  
que as consoantes finais das formas "longas" estão ai, e caem em um  
único ambiente, que você caracteriza em termos fonológicos, mas que eu  
acredito que precisa ser morfológico); portanto pergunto (3) porque há  
um vínculo entre finitude/eventividade (o termo mais marcado e mais  
específico da oposição) e o padrão acusativo?

Lamentavelmente K-T só dá o Hixkaryana como exemplo de língua  
amazônica (o trabalho é de 1993). É bem sabido que em Quechua, uma  
língua em que as nominalizações têm uma carga funcional muito parecida  
com a que elas têm nas línguas amazônicas (i.e., quase toda  
subordinação implica uma nominalização), as nominalizações têm o mesmo  
padrão nominativo-acusativo que as orações principais. Não duvido que  
seja assim também em algumas línguas das terras baixas. Portanto  
concordo com a idéia de vincular ergatividade oracional e  
nominalizações, mas há uma série de premissas intermediárias que não  
podem ser obviadas:
	(a) as nominalizações são ergativas (falso em 50% das línguas do mundo)
	(b) as nominalizações são a única forma de subordinar (provavelmente  
falso na maioria das línguas do mundo)
	(c) categorias tais como a negação, certos marcadores aspectuais,  
etc. funcionam como predicados principais que subordinam (idem)
---------------
	=> há ergatividade em muitos lugares, e ela se explica pelo  
encaixamento de nominalizações

Sobre o Kariri, ele seria uma entre um pequeno número de línguas com  
ergatividade sintática (que, até onde sei, se limitam ao Dyirbal, ao  
Tsimshian, e possivelmente ao Kuikuro). Talvez também neste caso seria  
interessante inverter a pergunta e tentarmos explicar porque a  
ergatividade sintática é tão rara, isto é, porque, seja lá qual for a  
morfologia, emerge sempre uma função sintática de sujeito (o  
controlador de pronomes reflexivos e de sujeitos de orações  
encaixadas, entre outras funções) nas orações matrizes de uma língua  
dada. Em qualquer caso, não acho que seja um pré-requisito que a  
ergatividade seja sintática para ela não ser um mero epifenômeno (de  
fato, antes de que Dixon descrevesse o Dyirbal, todas as línguas  
ergativas conhecidas eram como o Mebengokre, não como o Kariri).

Só para insistir nesta última idéia, eis aqui um exemplo interessante  
de ergatividade em francês, que devo a Anoop Mahajan, e que costumo  
apresentar sempre que falo de ergatividade a turmas francófonas. Não  
tem a ver com nominalizações, senão com particípios:
	Jean les a vues hier.	(Auxiliar TER concorda com o sujeito,  
particípio concorda com o objeto pronominal)
	Elles sont arrivées.	(Auxiliar SER concorda com o sujeito, particípio  
concorda com o sujeito)
Além da concordância, segundo Mahajan o auxiliar TER equivale a uma  
marca de ergativo no sujeito de verbos transitivos e de alguns verbos  
intransitivos "ativos". A ergatividade em várias línguas indo-árias  
também parece originar-se em estruturas similares, com um particípio  
que concorda com o primeiro argumento, e exige uma marca especial nos  
sujeitos transitivos. Alguém seria capaz de mostrar cabalmente que as  
formas nominais dos verbos em línguas amazônicas não são  
fundamentalmente particípios? Não acho, tendo em vista que nestas  
línguas a distinção entre substantivos e adjetivos é ainda mais tênue  
do que a que há entre substantivos e verbos.

Com isto tudo só quero dizer que ergatividade é ergatividade, não há  
ergatividade mais autêntica ou menos autêntica (sim há ergatividade  
sintática, sumamente rara), e se bem acho razoável propor que a  
ergatividade sincrônica possa ter mais de uma origem diacrônica, as  
línguas Karib ou Jê não detêm o monopólio da ergatividade derivada de  
nominalizações ou particípios. Até onde sei, a origem da ergatividade  
na maioria das línguas do mundo poderia ser esta.*

Até breve,
	Andrés

(*Sim, sei que a construção passiva tem sido apontada como a principal  
fonte da ergatividade; porém é curioso que a construção passiva se  
forme comumente com um particípio. Porque dizer que uma passiva nestes  
casos é fundamentalmente diferente de uma nominalização?)

On 14/03/2010, at 14:43, Eduardo Rivail Ribeiro wrote:

> Caro Andrés,
>
> Muito obrigado pelos comentários. Acho que o xis da questão -- e que  
> teria realmente interesse teórico -- é este mesmo: o porquê do  
> padrão absolutivo em construções nominais, mesmo quando o resto da  
> gramática não apresenta qualquer sinal de ergatividade. Daí a minha  
> referência aos trabalhos de Chomsky e Benveniste. Nesta síntese de  
> Koptjevsaja-Tamm, há línguas das terras baixas da América do Sul em  
> que nominalizações seguem um padrão não ergativo? Fico imaginando se  
> tais características podem ter uma distribuição areal...
>
> No caso do Karirí (língua ergativa por excelência), padrões de  
> switch-reference, concordância, reflexivização, todos seguem um  
> padrão ergativo. Há algo assim em Jê? Eu, quando tiver tempo, quero  
> estudar bem os trabalhos de Luciana Dourado sobre o Panará, que  
> parece ter uma morfossintaxe mais complexa e, portanto, maiores  
> possibilidades de se testarem hipóteses quanto à profundidade da  
> ergatividade.
>
> Eu concordo que a distinção entre nomes e verbos em Jê é um tanto  
> tênue, principalmente em termos flexionais. Mas há mecanismos  
> derivacionais claros que distinguem nomes de verbos, não? Pelo que  
> eu entendo, a sufixação de -r é reconsgtruível para a proto-língua e  
> tem cognato, pelo menos, em Karajá, o que indica uma certa  
> profundidade temporal. Mesmo que haja raízes em que não haja  
> distinção superficial, morfológica, entre verbo e nome, isto não  
> anula o fato de que, para as raízes que têm formas nominais  
> diferentes, estas são, consistentemente, as que ocorrem nas  
> construções ergativas. Esta situação não é muito diferente do inglês  
> (onde a distinção, em termos derivacionais, entre nomes e verbos é  
> um tanto tênue, o que não impede que se faça distinção sintática  
> entre ambos).
>
> Talvez mais atenção deva ser dada à origem dos morfemas que se  
> seguem à forma nominal do verbo. Por exemplo, ao se dizer que o  
> futuro desencadeia ergatividade em certas línguas Jê, isto é uma  
> caracterização superficial, não estrutural, do fenômeno.  
> Ergatividade, em casos assim, seria uma conseqüência do fato de que  
> o marcador de futuro é cognato da posposição =mã, que, por sua vez,  
> pede um complemento nominal. A diferença entre estas línguas Jê e --  
> digamos -- o português não é que uma seja mais ergativa que a outra.  
> A diferença é que línguas Jê setentrionais fazem uso de  
> nominalizações em ambientes mais diversos que o português.
>
> Enfim, várias questões interessantes que não se deve deixar de lado,  
> como você diz.
>
> Abraços,
>
> Eduardo
>
>
> --- Em etnolinguistica at yahoogrupos.com.br, Andrés Pablo Salanova  
> <kaitire at ...> escreveu
> >
> > Bom dia, Eduardo.
> > Resta a questão de porque é natural que as nominalizações sejam
> > ergativas ou que haja um pouquinho de ergatividade em todas as
> > línguas. Por um lado, o padrão não é universal. Segundo a síntese
> > tipológica de Koptjevsaja-Tamm, as nominalizações de ação são
> > ergativas em entre um terço e a metade das línguas do mundo. Em
> > inglês mesmo existe uma nominalização "ativa" (1) ao lado da
> > nominalização "passiva" (2) que mostra o padrão ergativo:
> > (1) John's destruction of the city/John's arrival.
> > (2) The destruction of the city by John/The arrival of John.
> > Por outro, as explicações que conheço (ou posso imaginar) para a
> > correlação entre nominalizações e ergatividade não são muito
> > convincentes. Alexiadou faz uma bela descrição para terminar dizendo
> > que sempre se nominaliza um verbo passivo, sem dizer porque. Dixon  
> não
> > diz nada, mas seria fácil estender a explicação "discursiva", de que
> > o ergativo se usa em contextos em que o controle do sujeito sobre a
> > ação é menor, algo tão circular quanto a explicação de Alexiadou.
> > Acho que é uma omissão importante ter uma teoria para a ergatividade
> > em orações finitas que não fale sobre a ergatividade em sintagmas
> > nominais. Como você diz, Ludoviko e eu acreditamos que as formas
> > verbais que ocorrem com o alinhamento ergativo são substantivos.
> > Porém, ao menos em meu caso, isto é dito num contexto em que a
> > distinção entre as partes do discurso é muito tênue, e em que a
> > maioria dos predicados mostram unicamente um comportamento nominal/
> > adjetival, salvo certos temas semanticamente eventivos, que, além do
> > comportamento nominal/adjetival, podem se combinar diretamente com a
> > dêixis temporal para se transformarem em verbos finitos. Em qualquer
> > língua (e há muitas) em que a distinção entre substantivos e verbos
> > é tão tênue assim (e provavelmente semântica e não sintática),
> > dizer que os predicados com alinhamento ergativo ou com semântica
> > estativa são nominais é quase um petitio principii.
> > Não me consta que tenhamos resultados empíricos sobre a
> > superficialidade da ergatividade de origem nominal. É possível que
> > ela nunca seja uma ergatividade sintática, mas nisto ela não seria
> > diferente da maioria das construções ergativas oracionais. Há alguma
> > outra área da sintaxe na qual teriamos que procurar conseqüências
> > profundas do alinhamento ergativo?
> > Em suma, questões interessantes que não convém por de lado.
> > Saudações,
> > Andrés
> >
> > On 13/03/2010, at 21:23, Eduardo Rivail Ribeiro wrote:
> >
> > > Olá, Flávia,
> > >
> > > Minha opinião é que ergatividade em Jê Setentrional "is in the
> > > eyes of the beholder." Alinhamento é, como você sabe, uma questão
> > > de mais ou menos, não de tudo ou nada (todas as línguas que
> > > conheço têm pelo menos um pouquinho de ergatividade). E, no caso
> > > das línguas em questão, como eu venho dizendo, ergatividade é algo
> > > superficial (sem conseqüências profundas em outras áreas da
> > > gramática da língua) e epifenomenal (sendo efeito colateral da
> > > nominalização). Há, no mínimo, tanta ergatividade quanto haveria
> > > em inglês e latim. O único exemplo convincente de ergatividade
> > > sintática que conheço em Macro-Jê continua sendo, como eu menciono
> > > em meu artigo para a Encyclopedia of Language and Linguistics (http://www.wado.us/paper:ell2
> > > ), o Karirí.
> > >
> > > Sim, eu já conhecia o artigo do Aroldo (e, inclusive, já o havia
> > > incluído na Bibliografia Macro-Jê: http://macro-je.etnolinguistica.org/item:5
> > > 1). A análise dele é idêntica à sua? É que não tive ainda tempo
> > > de ler seu artigo do IJAL; e o da Ameríndia, pelo visto, ainda não
> > > está disponível online, está?
> > >
> > > Então, o que me lembro da sua análise foi o que discutimos já há
> > > alguns anos, e pode ser que você tenha mudado desde então. Minha
> > > principal objeção, na época, era que você não admitia o caráter
> > > nominal dos verbos longos. Se são mesmo nomes -- como sugeria o
> > > Ludo, e como analisa também o Andrés --, então toda construção
> > > envolvendo verbos longos é (originalmente, pelo menos) nominal. E,
> > > se toda construção ergativa envolve um verbo longo, então a
> > > ergatividade é uma conseqüência do caráter nominal do "verbo",
> > > que, por sua vez, é uma conseqüência do fato de que os morfemas
> > > que o seguem -- adposições, auxiliares -- requerem uma forma
> > > nominal do verbo.
> > >
> > > Há, por outro lado, aquelas construções em que o verbo não é
> > > seguido de nenhum "operador" (um rótulo interessante que vocês  
> usam
> > > mas que, para mim, tem valor descritivo duvidoso). A suposição sua
> > > é, se me lembro bem, que tais construções são finitas -- e,
> > > portanto, não há como analisar-se o verbo nestas construções como
> > > sendo nominal. Se for este o caso -- e pode ser que eu tenha te
> > > entendido mal --, seria uma suposição equivocada quanto a
> > > "finitude" (finiteness), como se toda construção finita tivesse  
> que
> > > ter um verbo -- o que não é o caso, necessariamente, nas línguas
> > > Macro-Jê e mesmo em línguas européias.
> > >
> > > ERGATIVIDADE EM PORTUGUÊS. Então, aplicando a análise de
> > > Benveniste ao português, teríamos, como em latim, um padrão
> > > absolutivo na expressão do argumento de nomes deverbais: em
> > > "destruição da cidade", "cidade" corresponde ao O; em "entrada de
> > > animais", "animais" corresponde ao S. Para exprimir o A, um
> > > argumento externo é necessário: "destruição da cidade pelo
> > > inimigo". Enfim, S=O≠A. Eba, ergatividade!
> > >
> > > Imaginemos, então, que um lingüista que não conheça a história
> > > desta construção encontre usos como:
> > >
> > > Proibida e entrada de menores (S)
> > > Permitido o consumo de leite (O)
> > > Proibido o consumo de álcool (O) por menores (A)
> > > etc.
> > >
> > > Será que este lingüista hipotético analisaria "entrada" e
> > > "consumo" nestes exemplos como formas verbais finitas? E o  
> português
> > > como língua ergativa?
> > >
> > > Se puder, por favor, me envie os trabalhos que você mencionou, por
> > > email. Não poderei lê-los tão cedo, mas, assim que tiver mais
> > > tempo, gostaria de fazê-lo.
> > >
> > > Abraços,
> > >
> > > Eduardo
> > >
> > > --- Em etnolinguistica at yahoogrupos.com.br, Flávia de Castro Alves
> > > <pahno@> escreveu
> > > >
> > > > Olá Eduardo.
> > > > Aproveito para te perguntar uma dúvida que tenho sobre sua
> > > opinião a respeito do alinhamento ergativo nas línguas
> > > > Jê Setentrionais: pelo que foi dito na sua última mensagem sobre
> > > a ╲chamada ergatividade nestas línguas╡ (palavras
> > > > suas), você considera que, sincronicamente, não há alinhamento
> > > ergativo? Se sim, quais seriam essas línguas.
> > > > No caso do Canela, a partir do comportamento sintático exibido
> > > pela língua, não há outra alternativa a não ser
> > > > considerar as construções ergativas sincronicamente como
> > > orações principais.
> > > > Ainda sobre os estudos em sintaxe diacrônica do Jê Setentrional,
> > > te passo mais essa referência de um trabalho que
> > > > orientei, defendido na Unicamp em 2008 (qualificação de área):
> > > > ANDRADE, Aroldo Leal de. Percursos de gramaticalização da
> > > ergatividade em línguas Jê setentrionais. In: BRAGGIO, S.
> > > > L. B.; SOUSA FILHO, S. M.. (Org.). Línguas e Culturas Macro- 
> Jê. 1
> > > ed. Goiânia: Gráfica e Editora Vieira, 2009, v. 1, p.
> > > > 43-68.
> > > > Fico no aguardo.
> > > > Com um abraço,
> > > > Flávia
> > > >
> > > >
> > > >
> > > > On Sáb 13/03/10 03:08 , "Eduardo Rivail Ribeiro" kariri@ sent:
> > > > > Cara Maísa,
> > > > > A mensagem da Flávia me fez lembrar de uma outra possível
> > > > > sugestão de leitura -- um pequeno texto que escrevi em 2003
> > > > > sugerindo uma hipótese sobre a origem da "ergatividade" em
> > > línguas
> > > > > Jê Setentrionais:
> > > > > http://www.wado.us/paper:ergatividade
> > > > > Já me intrigava então o fato de que as análises que eu havia
> > > > > visto sobre a chamada ergatividade nestas línguas pareciam
> > > ignorar
> > > > > um fato evidente: que tal alinhamento era, simplesmente, uma
> > > > > conseqüência do caráter nominal das construções envolvidas --
> > > > > já que as mesmas envolvem as chamadas "formas longas" dos  
> verbos,
> > > > > que são, afinal, nomes.
> > > > > Assim, a situação em Jê Setentrional seria idêntica, em
> > > > > princípio, ao que se vê no latim e no inglês (cuja
> > > > > nominalizações também seguem um padrão absolutivo), como
> > > > > descritos, respectivamente, em dois textos clássicos: o artigo
> > > sobre
> > > > > o genitivo latino, de Benveniste; e "Remarks on  
> Nominalization",
> > > de
> > > > > Chomsky.
> > > > > Talvez haja alguma utilidade em consultar este textinho --  
> pelo
> > > > > menos pelas referências a estes dois textos fundamentais e a  
> um
> > > > > terceiro, importante para o assunto em questão: um artigo de
> > > > > Ludoviko dos Santos propondo (pela primeira vez?) que os tais
> > > verbos
> > > > > longos seriam, de fato, formas nominais.
> > > > > Como no caso do Karajá -- em que um "split" ativo-estativo foi
> > > > > proposto com base no comportamento de descritivos, que são, na
> > > > > verdade, nomes --, este assunto demonstra a importância de se
> > > > > estabelecer bem critérios para distinguir nomes de verbos,
> > > papéis
> > > > > semânticos e gramaticais, etc., antes de se partir para a
> > > análise
> > > > > de sistemas de alinhamento. Do contrário, corre-se o risco  
> de se
> > > > > fazer "translation-based linguistic analysis".
> > > > > Abraços,
> > > > > Eduardo
> > > > > --- Em etnolinguistica at yahoogrupos.com.br, Flávia de Castro  
> Alves
> > > > > escreveu
> > > > > >
> > > > > > Olá Maísa.
> > > > > > Eu tenho trabalhado com a nominalização (oracional) e sua
> > > > > relação com os sistemas de alinhamento em Canela (Jê
> > > > > > Setentrional), mais especificamente o alinhamento ergativo  
> e um
> > > > > outro, que tenho descrito como nominativo-
> > > > > > absolutivo (neste, houve a perda da categoria ergativo).  
> Indico
> > > > > abaixo alguns trabalhos meus sobre esse tema.
> > > > > > Havendo interesse, posso disponibilizá-los eletronicamente.
> > > > > >
> > > > > > 1) Castro Alves, Flávia de. No Prelo. Evolution of case- 
> marking
> > > > > in Timbira. International Journal of American
> > > > > > Linguistics, October, 2010. 82pp.
> > > > > >
> > > > > > 2) Gildea, Spike & Castro Alves, Flávia de. No Prelo.
> > > > > Nominative-Absolutive: Counter-Universal Split Ergativity in  
>> > > > > > and Cariban. Gildea, Spike & Francesc Queixalós (eds.).
> > > > > Ergativity in Amazonia (Typological Studies in Language, 89).
> > > > > > Amsterdam: John Benjamins Publishing Company. pp. 263-318.  
> April
> > > > > 15, 2010.
> > > > > >
> > > > > > 3) Castro Alves, Flávia de. 2010 Complement clauses in  
> Canela,
> > > > > atualmente submetido à publicação.
> > > > > >
> > > > > > 4) Castro Alves, Flávia de. 2008. O papel das nominalizações
> > > na
> > > > > evolução do alinhamento ergativo nas línguas Jê:
> > > > > > dimensões funcionais e estruturais. AMERINDIA 32. pp.11-25.
> > > > > >
> > > > > > Além disso, uma dissertação de mestrado foi defendida semana
> > > > > passada no meu programa de pós-graduação (PPGL
> > > > > > / UnB). Logo logo deve estar disponível. De qualquer forma,
> > > você
> > > > > pode entrar em contato com o autor. Segue a
> > > > > > referência:
> > > > > > Título:
> > > > > > As nominalizações na sintaxe da língua Krahô (Jê)
> > > > > > Autor:
> > > > > > Maxwell Gomes Miranda
> > > > > >
> > > > > > Com um abraço,
> > > > > > Flávia
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