Kaing áng e Polinésio?

Sergio Monteiro monteiroserge at YAHOO.COM
Mon Mar 15 04:51:44 UTC 2010


A minha contribuição é oriunda de um físico que não tem preparação formal em linguística.  É uma contribuição baseada na lógica e não no conhecimento real.

Me parece que qualquer solução para expressar idéias e pensamentos, podem aparecer mais de uma vez em linguas diferentes.  Assim sendo, pontos de contatos entre línguas, quer sejam gramaticais, quer sejam estruturais, não podem ser considerados fortes indícios de parentesco linguístico, apenas devendo ser tratados como elementos adicionais que indicam possível contato no passado.  A acumulação destas particularidades linguísticas, e.g., ergatividade, etc. aumenta o grau de crença de as línguas em questão terem algum relacionamento, mas apenas isto, apenas aumentam a crença em um possível relacionamento.  O mesmo se dá com palavras parecidas, uma palavra apenas parecida contando nada, pois é algo que pode acontecer por acaso, ao passo que 100 palavras parecidas, especialmente se seguirem uma regra, já passam a ser um argumento forte para parentesco linguístico.

Interessante observar que um caso similar existe em biologia, onde até existe um descritivo estabelecido: evolução paralela.  Evolução paralela, como os companheiros sabem, é a aparição de alguma característica similar, em aparência física, ou outra, sem no entanto haver ancestral comum.  Em adaptação biológica (erroneamente chamada evolução biológica, porque o H. sapiens não é superior à formiga), sabe-se de muitos casos de animais físicamente similares e que no entanto não tem ancestral comum - além do ancestral primário, bilhões de anos atrás.  O nosso penis, por exemplo, apareceu independentemente várias vezes.

Obrigado por lerem esta contribuição de um físico com pretenção a linguista, e desculpem-me a pretenção.

Sergio


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Sergio Monteiro

monteiroserge at yahoo.com

--- On Thu, 3/11/10, Marcelo Jolkesky <marjolkesky at yahoo.com.br> wrote:

From: Marcelo Jolkesky <marjolkesky at yahoo.com.br>
Subject: [etnolinguistica] Kaingáng e Polinésio?
To: etnolinguistica at yahoogrupos.com.br
Date: Thursday, March 11, 2010, 1:06 PM







 



  


    
      
      
      Prezados colegas,
 
Encontrei um artigo intrigante de Vladimir Pericliev comparando as línguas Jê Meridionais com línguas Polinésicas (tronco Austronésio), resultado de um trabalho conduzido em 2002 no Max Planck Institute for Evolutionary Anthropology:
Pericliev , V. (2007). The Kaingang (Brazil) seem linguistically related to Oceanic populations. Journal of Universal Language 8:39-59.
http://www.unish. org/unish/ DOWN/PDF/ 8_2_2.pdf
 
Outras hipóteses de relações genéticas intercontinentais têm sido propostas ultimamente, como Mongol-Sahaptin (Qiuju, 2004) e Dene-Yenisey (Vajda, 2008).
Resolvi postar no grupo para levantar uma proposta de debate: até que ponto os argumentos somente lexicais, fonológicos ou morfossintáticos resultantes da aplicação do método comparativo são confiáveis em comparações de longa distância? O meu ponto de vista é que, de alguma forma, todos os domínios lingüísticos estejam necessariamente envolvidos e produzam conjuntamente as evidências de parentesco, não sendo provas cientificamente contundentes aquelas apresentadas isoladamente apenas de uma ou outra subárea. Neste sentido o trabalho de Vajda, dentre muitos,  deveria ser considerado um modelo para investigações neste campo científico.
 
obrigado pela atenção,
um abraço,
Marcelo
 
Referências:
 
Qiuju, Yu (2004). A Comparative Study of Proto-Mongolian and Proto-Sahaptian. Ph.D. dissertation. University of Regina, Saskatchewan.

Vajda, Edward (2008). A Siberian Link with Na-Dene Languages, Fairbanks: Dene-Yeniseic Symposium, http://www.uaf. edu/anlc/ docs/vajda- 2008.pdf
.
--- 11/03/10 Per tarihinde Biblioteca Digital Curt Nimuendaju <biblio at etnolinguist ica.org> şöyle yazıyor:


Kimden: Biblioteca Digital Curt Nimuendaju <biblio at etnolinguist ica.org>
Konu: [etnolinguistica] Viagem ao Redor do Brasil (Fonseca 1880, 1881)
Kime: nimuendaju at googlegr oups.com
Tarihi: 11 Mart 2010 Perşembe, 15:30


  

A Biblioteca Digital Curt Nimuendaju acaba de acrescentar a seu acervo os dois volumes (1880, 1881) de Viagem ao Redor do Brasil, de João Severiano da Fonseca (1836-1897). A obra resultou da participação de seu autor -- médico e militar, veterano da Guerra do Paraguai e irmão do futuro "generalíssimo" Deodoro -- na expedição da Comissão de Limites entre o Brasil e a Bolívia, 
que percorreu os territórios fronteiriços do velho Matto Grosso (atuais estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia) entre 1875 e 1878.

Importante para o conhecimento da história do oeste brasileiro, a obra é também uma rica fonte de dados etnolingüísticos.  Além de descrever costumes de povos indígenas com os quais a comissão entrou em contato, como os Chiquitano e os Palmela, Severiano da Fonseca inclui vocabulários de várias línguas indígenas faladas no Brasil e na Bolívia (Chiquitano, Guarayo, Palmela, Baure, Itonama
 e  Cayuvava).  A obra serve de testemunha do papel desempenhado por índios de diversas etnias ("brasileiras" ou "bolivianas" ) como auxiliares na exploração e colonização do território; um exemplo anedótico desta diversidade é o grupo de quatro remadores contratados pela comissão, que incluía falantes nativos de três línguas (Itonama, Baure e Cayuvava).

A contribuição lingüística mais importante da obra é, provavelmente, o vocabulário da língua dos Palmela, cuja inclusão na família Karib (surpreendente, dada sua localização em Rondônia) seria sugerida já pelo próprio Severiano da Fonseca (com base em 
comparações com vocabulários de línguas como o Galibi, publicados nos Glossaria de Martius (1867)).

A obra pode ser acessada no seguinte endereço:
http://biblio. etnolinguistica. org/fonseca-
 1880-viagem

Para saber mais:

Meira, Sérgio. 2006. A família lingüística Caribe (Karíb). Revista de Estudos e Pesquisas, v.3, n.1/2, p.157-174. http://www.etnoling uistica.org/ artigo:meira- 2006

Métraux, Alfred. 1942. Map of Eastern Bolivia and Western Matto Grosso. http://biblio. etnolinguistica. org/imagem: 2 

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