Beitr äge zur Phonetik der Karajá-Sprache (Kunike 1916)

Eduardo Rivail Ribeiro kariri at GMAIL.COM
Fri Sep 10 11:12:25 UTC 2010


Prezados,

Ontem, folheando o catálogo da Lincom, notei que eles agora estão republicando trabalhos antigos que entraram em domínio público. Um deles é este trabalho de Kunike (1916) sobre o Karajá. Em princípio, seria uma atitude louvável da editora, ao pôr em circulação um trabalho há muito esgotado (afinal, não fosse a falta de grana e espaço e outras considerações logísticas, eu geralmente preferiria livros "de verdade" a cópias xerox ou arquivos digitais).

No entanto, vejo alguns problemas com este tipo de republicação. Como tais trabalhos estão em domínio público, eventualmente se tornarão disponíveis online, gratuitamente (se ainda não estão). A menos que se trate de uma publicação que acrescente algo ao conteúdo original, aumentando sua utilidade para o público atual -- uma edição anotada, por exemplo, ou uma tradução --, eu não vejo sentido -- científico, pelo menos -- em publicar-se um livro assim, por mais barato que fosse (o que não é o caso da Lincom). Como, por causa de minha pesquisa com o Karajá, eu já havia encontrado este trabalho de Kunike online (Google Books), resolvi extraí-lo e torná-lo disponível na Biblio Nimuendaju (uma versão posterior do mesmo trabalho, publicado no JSA, está disponível no site Persée):

http://biblio.etnolinguistica.org/kunike-1916-beitrage

Enfim, há também um problema de confiabilidade. Eu não vi os livros da Lincom, portanto não sei dizer se se trata de publicações facsimilares.  Caso não sejam, eu ficaria com um pé atrás.  Dada a facilidade, hoje em dia, de se fazerem reproduções facsimilares das edições originais, eu acho que esta é maneira preferível de se republicarem obras em nossa área, que contenham dados lingüísticos. Qualquer colega que tenha trabalhado com dados coletados antes do uso generalizado do IPA (especialmente por gente minuciosa como Fritz Krause e Curt Nimuendaju) sabe do que estou falando.  Ou seja, quem confiaria em um trabalho de retranscrição de um texto original, cheio de diacríticos, a menos que tal trabalho seja feito sob o cuidado de alguém com conhecimento da língua?

Tudo isto, enfim, para sugerir que os colegas da área informem os bibliotecários de suas respectivas instituições para que evitem republicações pouco cuidadosas, já que é sempre possível que haja alternativas melhores (e mais baratas).

Só isso.  Abraços,

Eduardo

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> Digital Curt Nimuendaju:
> 
> Beiträge zur Phonetik der Karajá-Sprache. (Brasilien.)
> por Hugo Kunike, 1916
> http://biblio.etnolinguistica.org/kunike-1916-beitrage
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