a l íngua assoviada dos bororo

Eduardo Rivail Ribeiro kariri at GMAIL.COM
Fri Sep 17 22:33:46 UTC 2010


Prezados,

O assunto "fala assobiada" foi levantado antes aqui na lista por Julien Meyer (Universitat Politecnica de Catalunya). Dêem uma olhada na mensagem original dele (e nas respostas que se seguiram):

http://lista.etnolinguistica.org/1330

Eu também estaria interessado em saber mais a respeito deste assunto, principalmente entre os Karajá e os Krahô, também mencionados na literatura.

Algum outro colega que estuda o Karajá já ouviu algo a respeito? E os especialistas em Timbíra?

Abraços,

Eduardo


--- Em etnolinguistica at yahoogrupos.com.br, Antonio Marcos Pereira <antoniomarcospereira at ...> escreveu
>
> Tem razão, Geraldo: Everett comenta uma tal de "hum speeech" Pirahã e logo
> na sequencia fala tb de uma "whistle speech". Isso era a única coisa que eu
> saberia dizer a respeito da pergunta do Rafael.
> 
> Agora, difícil pensar em alguém mais persona non grata no MIT que Everett,
> hein? Só se a disputa for com o pessoal da semântica gerativa. :-)
> 
> Sorte em seu trabalho, Rafael - lamento não poder contribuir mais.
> 
> Antonio
> 
> Em 17 de setembro de 2010 09:12, Geraldo Faria
> <faria_geraldo at ...>escreveu:
> 
> >
> >
> > Rafael Nonato,
> >
> > Daniel Everett também relata fato idêntico entre os Pirahã. Ele fez PosDoc
> > aí no MIT, se não me engano, e você ler um pouco mais nas publicações dele,
> > ou no livro *Don't Sleep, there are snakes *2008 (páginas 185-6, 189)*, *ou
> > até mesmo entrando em contato com ele.
> >
> > Sem mais,
> > Geraldo
> >
> >
> > ------------------------------
> > To: etnolinguistica at yahoogrupos.com.br; nevins.andrew at ...
> > From: rafaeln at ...
> > Date: Thu, 16 Sep 2010 21:06:23 -0400
> > Subject: [etnolinguistica] a língua assoviada dos bororo
> >
> >
> >
> >  Olá todos.
> >
> > Recentemente um colega me chamou a atenção para um texto escrito em 86
> > sobre a língua assobiada dos caçadores Bororo e Karajá
> > <http://www.ssa-sag.ch/bssa/pdf/bssa50_04.pdf>. Eu trabalho faz alguns
> > anos com os Bororo da aldeia Córrego Grande, mas nunca ouvi falar da
> > sua língua assoviada fora desse texto. Meu principal consultor, Dario
> > Brame, afirma que no passado os caçadores empregavam uma linguagem
> > assoviada, mas descreveu-a de forma diferente à descrita no texto de
> > Desidério Aytai. Aytai descreve uma correspondência entre / segmentos
> > falados e assoviados, e segundo Brame tratava-se apenas de usar certos
> > cantos de pássaros como mensagens pré-combinadas entre os caçadores. É
> > verdade que Aytai também notou que a altura das vogais assobiadas
> > correspondia mais bem a uma melodia fixa que a um correlato
> > lingüístico qualquer, e pode bem ser que ambos estejam corretos, e que
> > as mensagens assobiadas fossem disfarçadas melodicamente como cantos
> > de pássaros.
> >
> > Aytai diz no texto que possuía gravações da língua assoviada dos
> > Bororo, que ele tinha conseguido direto com o padre salesiano César
> > Albisetti. Será que alguém na lista saberia sobre o possível destino
> > dessas gravações? Aytai faleceu em 98, e talvez os Salesianos ainda
> > guardem essas gravações, mas eu não saberia a quem me dirigir.
> >
> > abraços
> >
> > --
> > Rafael Nonato
> > Aluno de doutorado do Departamento de Lingüística do MIT
> >
> >   
> >
> 
> 
> 
> -- 
> Antonio Marcos Pereira
> Prof Adjunto I
> Departamento de Letras Vernáculas
> Universidade Federal da Bahia
> Av. Barão de Jeremoabo, 147 - Ondina
> Salvador Bahia Brasil
> 40170-290
> 00 55 71 32836237
> 00 55 71 91259485
>


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