Plural com verbos de movimento e de posi=?utf-8?Q?=C3=A7=C3=A3o_?=[3 Anexos]

Golda Gorb goldagorb at YAHOO.COM
Tue Aug 2 08:04:53 UTC 2011


Prezado Eduardo,

Obrigada pela pergunta!

O fenômeno de pluralidade verbal espresso por meio de foirmas supletivas 
encontra-se nas outras línguas da Amazônia (por exemplo, em Jarawara, e Karo, e 
várias outras). Tenho impressão que o contraste entre as formas do plural e do 
singular são obrigatórias com os verbos de movemnto e de posição na maioria das 
línguas onde existe esse fenômeno.

O Bob Dixon vai tratar disso no terceiro volume do livro dele, 'Basic linguistic 
theory' (Oxford UP, 2012). Estou colocando como arquivo um artigo nosso que 
acabou de ser publicado numa coletânia, Language at large (pp. 152-4, 
'Non-ergative associations between S and O') (O conteúdo do livro vem num 
arquivo a parte). O artigo trata das características sintácticas de tais verbos.

Você teria a referência para esse fenômeno em Xavante?

Um grande abraço

 Sacha
Alexandra Y. Aikhenvald, PhD, DLitt, FAHA
Professor and Research Leader (Peoples and Societies of the Tropics)
Cairns Institute James Cook University
PO Box 6811
Cairns
Queensland 4870
Australia 


mobile 0400 305315 




________________________________
From: Eduardo Ribeiro <kariri at gmail.com>
To: lista <etnolinguistica at yahoogrupos.com.br>
Sent: Tue, 26 July, 2011 10:14:07 PM
Subject: [etnolinguistica] Plural com verbos de movimento e de posição

  
Prezados,

Parece-me que uma característica comum nas línguas das terras baixas
da América do Sul é a falta de obrigatoriedade da expressão de
(concordância de) número com verbos. O Karajá é geralmente assim,
exceto no caso de verbos de movimento ('ir/vir', 'correr', etc.) e de
alguns verbos de (mudança de) posição. Neste caso, a concordância
parece ser obrigatória, e se expressa através de dois mecanismos:

-- formas supletivas (singular vs. plural)
-- a existência de um mecanismo flexional restrito a tais verbos

Outras línguas Macro-Jê apresentam uma situação semelhante (o Xavánte,
por exemplo, também tem formas supletivas para indicar número). Uma
curiosidade que tenho é se tal contraste entre obrigatoriedade (com
verbos de movimento e posição) e opcionalidade (com os demais verbos) é
algo comum nas línguas do mundo ou algo mais restrito (tanto
geográfica, quanto geneticamente).

Agradeço, desde já, por qualquer dica.

Abraços,

Eduardo

-- 
Eduardo Rivail Ribeiro, lingüista
http://wado.us

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