Revista de Estudos da Linguagem da UFMG: N=?ISO-8859-1?Q?=FAmero_tem=E1tico_sobre_l=EDnguas_ind=EDgenas_?=(vol.18, n.1, jan/julho 2010)

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Fri Mar 4 03:13:20 UTC 2011


A pedido de Marília Facó Soares (Museu Nacional/UFRJ) e Fábio Bonfim
Duarte(Poslin/FALE/UFMG), temos a satisfação de encaminhar a mensagem
abaixo, anunciando a publicação de número temático sobre línguas
indígenas da Revista de Estudos da Linguagem da UFMG (vol.18,
n.1/jan/julho de 2010).

____________________

Caros colegas,

Acaba de aparecer o número temático sobre línguas indígenas da Revista
de Estudos da Linguagem da UFMG (vol.18, n.1/jan/julho de 2010).
Classificado como A1 pelo Qualis/CAPES, esse periódico traz, no número
em questão, as contribuições mencionadas abaixo.

01. Vowel Acoustics in Pirahã (Fernando O. de Carvalho - Universidade
Federal do Rio de Janeiro e Universidade de Brasília)

02.  Sequenciamento de sonoridade e contorno nasal em línguas Macro-Jê
(Gean Nunes Damulakis - Universidade Federal do Rio de Janeiro)

03. Ensurdecimento vocálico em Zo'é (Ana Suelly Arruda Câmara Cabral -
LALI, PPGL-UnB/CNPq; Aryon Rodrigues - LALI, PPGL-UnB; Fernando Orphão
de Carvalho -  LALI, PPGL-UnB)

04. Etnolinguística e etno-história Tupí: desfragmentando o olhar (Beatriz Carretta Corrêa-da-Silva - PPGL, LALI/IL, UnB)

05. Reflexões sobre os empréstimos do tipo loanblend e direto na
língua xerente akwén (Silvia Lucia Bigonjal Braggio - Universidade
Federal de Goiás)

06. Natureza do caso ergativo e dativo em línguas Jê e suas
consequências para a Teoria de Caso (Fábio Bonfim Duarte -
Universidade Federal de Minas Gerais; Isadora Barcelos Silva -
Universidade Federal de Minas Gerais)

07. Os núcleos aplicativos e as línguas indígenas brasileiras (Marcia
Maria Damaso Vieira - Museu Nacional/UFRJ)

08. A orientação e o aspecto verbal em Sateré-Mawé (Tupi) (Dulce do
Carmo Franceschini  - UFU / UNB-LALI)

09-  Categorias funcionais e conhecimento enciclopédico ou sintaxe e
significado no domínio verbal: noções aspectuais e expressão da
causatividade em Ticuna (Marília Facó Soares - Museu Nacional/UFRJ -
CNPq)


Também disponíveis no endereço http://relin.letras.ufmg.br/revista/english/volume.php , o conjunto de
artigos acima é precedido da seguinte apresentação na versão em papel,
assinada por Marília Facó Soares e Fábio Bonfim Duarte:

"Os artigos aqui selecionados constituem uma amostra das preocupações
que impulsionam estudos atuais sobre línguas indígenas brasileiras.
Sob distintas angulações teóricas, os artigos recobrem várias
especialidades da Linguística, exemplificando produção recente nos
campos da fonética, da fonologia, da morfologia e da sintaxe, da
morfossemântica, da linguística histórico-comparativa, da
etnolinguística, da sociolinguística e do contato linguístico.
O artigo “Vowel acoustics in Pirahã”, de Fernando O. de Carvalho,
alinha-se com uma preocupação de entender o estatuto das vogais no
conjunto das línguas naturais. A abordagem possui um viés tipológico,
comparando-se os resultados alcançados com aqueles correspondentes às
descobertas mais gerais a respeito da acústica de vogais – o que
coloca o artigo na rota daqueles que efetuam uma contribuição a
comparações interlinguísticas. Já no artigo “Sequenciamento de
sonoridade e contorno nasal em línguas Macro-Jê”, de Gean Nunes
Damulakis, discute-se o estatuto da restrição de sonoridade em línguas
que permitem a existência de segmentos de contorno nasal. O autor
aborda determinados tratamentos da sonoridade e levanta a hipótese de
que a violação da restrição de sonoridade em línguas com contorno
nasal ocorre no âmbito intrassegmental, o que faz com que tal violação
aparente escape ao escopo da própria escala de sonoridade.

Escrito por Ana Suelly Arruda Câmara Cabral, Aryon D’all’Igna
Rodrigues e Fernando O. de Carvalho, o artigo “Ensurdecimento vocálico
em Zo’é” retoma a questão da natureza e do condicionamento do
ensurdecimento vocálico descrito por Cabral (2000) para o Zo’é. Como o
desvozeamento vocálico  não é atestado em outras línguas da família
Tupí-Guaraní, o artigo apresenta uma hipótese sobre a sua origem em
Zo’é, procurando reunir evidências que fundamentem o seu
desenvolvimento “a partir do contato dos falantes desta língua com
grupos Karib da região norte do rio Amazonas para onde os Zo’é
migraram”.  Por sua vez, o artigo “Desfragmentando o olhar:
etnolinguística e etno-história Tupi”, de Beatriz Carretta
Corrêa-da-Silva, volta-se para o estado atual da pesquisa
histórico-comparativa acerca do Proto-Tupi. Sob esse olhar, a autora
coloca à disposição do leitor não só o percurso que levou a um maior
conhecimento das relações entre línguas Tupi, mas também aspectos da
reconstrução do sistema fonológico, da reconstrução do léxico e de
parte da gramática do Proto-Tupi. Já em “Reflexões sobre os
empréstimos do tipo loanblend e direto pela língua xerente akwén da
língua portuguesa, a situação sociolinguística e a migração”, Silvia
Lucia Bigonjal Braggio busca discutir o papel de determinados tipos de
empréstimo (os loanblends e os diretos), além da situação linguística
que sustenta a sua existência e dos fatores que levaram à sua
possibilidade na língua indígena focalizada.

De autoria de Fabio Bonfim Duarte e Isadora Barcelos Silva, o artigo
“Natureza do Caso ergativo e dativo e suas consequências para a Teoria
do Caso” discute a realização do ergativo em línguas do tronco
Macro-Jê e sua equivalência em termos de Caso - se Caso inerente ou
estrutural. A conclusão maior é a de que o Caso ergativo, nas línguas
em tela, corresponde a Caso estruturalmente valorado por uma
posposição, não sendo, portanto, um Caso inerentemente atribuído. Com
essas conclusões, o artigo abre caminho para que se reveja o que se
identifica, tradicionalmente, como ergatividade em línguas Macro-Jê. A
existência de tipos de estruturas aplicativas em determinadas línguas
indígenas brasileiras é o tema de “Os núcleos aplicativos e as línguas
indígenas brasileiras”, escrito por Marcia Damaso Vieira. Ao
investigar construções aplicativas, o trabalho realizado não só
contribui para o estudo morfológico e sintático das línguas
mencionadas, mas também realiza contribuição teórica, ao se deter
sobre o papel dos núcleos funcionais no licenciamento de argumentos e,
ao identificar, no âmbito da família linguística Tupi-Guarani, dois
tipos de estruturas aplicativas ainda não reconhecidos por outros
investigadores dessas línguas. No artigo “A orientação e o aspecto
verbal em Sateré-Mawé (Tupi)”, Dulce Franceschini aborda verbos de
processo da língua Sateré-Mawé  – membro único da família Mawé do
tronco Tupi.  Por meio de análise morfossemântica, a autora (re)agrupa
classes verbais, mostra como o sistema se organiza em torno das
categorias de voz e aspecto e discute o valor dessas duas categorias
semânticas na língua estudada.

Por fim, o artigo “Categorias funcionais e conhecimento enciclopédico
ou sintaxe e significado no domínio verbal: noções aspectuais e
expressão da causatividade em Ticuna”, de Marília Facó Soares, busca
apresentar uma discussão articulada de teorias recentes e influentes,
de orientação minimalista, sobre a estrutura interna do sintagma
verbal (Harley 2002, 2006; Pilkkänen 2002). Ao tratar das propriedades
de diferentes morfemas verbais do Ticuna à luz de teorias recentes
sobre as propriedades do chamado “v-zinho”, o artigo não só apresenta
vários fatos da língua focalizada, mas também busca elucidar questões
importantes da teoria do “v-zinho”: natureza categorial dos elementos
selecionados, correlação com domínios de processos gramaticais e de
“idiomatização” de construções complexas.
Resultantes de apresentações e discussões no interior do Grupo de
Trabalho Línguas Indígenas que se reuniu , em julho de 2008, na
Universidade Federal de Goiás, durante o XXIII Encontro Nacional de
Pós-graduação e Pesquisa em Letras e Linguística (ANPOLL), os
trabalhos aqui apresentados refletem um momento importante da pesquisa
com línguas indígenas realizada no Brasil, permitindo uma discussão
empiricamente interessante e teoricamente pertinente."

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