falta de maturidade

Lirian Monteiro liriamon at YAHOO.COM.BR
Tue Feb 21 23:19:47 UTC 2012


Não. Deselegante mesmo foi o sr., prof. Eduardo. Reconheça. Não falo por sua crítica ao trabalho da estudante/pesquisadora, não sou linguista e nem poderia questionar,  mas sim a forma pela qual a pesquisadora foi exposta em um email de grupo.  Tecer críticas, ainda que estas não nos sejam favoráveis, contribui muito para o fortalecimento do ser humano, agora, julgar o trabalho da jovem por email é bastante desagradável. Não conheço a Aline, mas não achei justa a sua atitude, e isso não significa que eu não lhe respeite, aliás admiro muito seu trabalho como pesquisador da língua Tupi. Inclusive foi no Rio Negro que ouvi falar, em forma de elogios, sobre suas atividades de pesquisa, sobretudo com os professores indígenas. Lirian R. Monteiro


--- Em ter, 21/2/12, Sergio Morales <sergiocardosomorales at yahoo.com> escreveu:

De: Sergio Morales <sergiocardosomorales at yahoo.com>
Assunto: Re: [etnolinguistica] falta de maturidade
Para: "etnolinguistica at yahoogrupos.com.br" <etnolinguistica at yahoogrupos.com.br>
Data: Terça-feira, 21 de Fevereiro de 2012, 17:31
















 



  


    
      
      
      É. Parece que trabalho de fôlego é brincar de Policarpo Quaresma. 
 Sergio Cardoso Morales
        De: Eduardo de Almeida Navarro <edalnava at yahoo.com.br>
 Para: "liriamon at yahoo.com.br" <liriamon at yahoo.com.br>; "etnolinguistica at yahoogrupos.com.br" <etnolinguistica at yahoogrupos.com.br> 
 Enviadas: Terça-feira, 21 de Fevereiro de 2012 14:13
 Assunto: [etnolinguistica] falta de maturidade
   















 



    
      
      
      
"Me poupem", “a frase é reles, clichê perfeito, chavão repetido mil vezes" (Graciliano Ramos). O Sr. Bagno está fazendo discípulos em todo o Brasil. Em português culto dir-se-ia "poupem-me". 
Não me arguam de deselegante. Deselegância, na verdade, é escrever mal assim... 
 
Eduardo de Almeida Navarro
 
 
 
 
 
 

----- Mensagem original -----
De: Lirian Monteiro <liriamon at yahoo.com.br>
Para: etnolinguistica at yahoogrupos.com.br
Cc: 
Enviadas: Terça-feira, 21 de Fevereiro de 2012 12:43
Assunto: Re: [etnolinguistica] comentário à crítica da Profa. Maria Carlota Rosa à recensão do livro de Aline Cruz

Que algumas  instituições acadêmicas e muitos acadêmicos são medianos hoje em dia é algo que não é tão difícil de se perceber, mas falar do trabalho de uma pesquisadora da forma como está sendo veículado por email é no mínimo deselegante. O que falta mesmo, e aliás não somente nos meios acadêmicos, é maturidade. 

Me poupem. 

Lirian 


--- Em seg, 20/2/12, Eduardo de Almeida Navarro <edalnava at yahoo.com.br> escreveu:

De:
 Eduardo de
 Almeida Navarro <edalnava at yahoo.com.br>
Assunto:
[etnolinguistica] comentário à crítica da Profa. Maria Carlota Rosa à recensão do livro de Aline Cruz
Para: "etnolinguistica at yahoogrupos.com.br" <etnolinguistica at yahoogrupos.com.br>
Data: Segunda-feira, 20 de Fevereiro de 2012, 21:24
















 



  


    
      
      
      

Prezada professora Carlota, 
  
O livro de
 Aline Cruz não é ótimo, não. O mal da universidade hodierna é que muitos se
 contentam com a mediania e mediania no meio acadêmico não merece louvor. Aline Cruz foi paga com dinheiro público para estudar na Europa e, portanto, não praticou nenhuma ação meritória ao escrever uma tese, e tese cheia de erros, como eu mostrei com fatos. Com efeito, idealismo é o que menos se vê na universidade de hoje, onde não se dá um passo sequer sem financiamentos, bolsas etc. Produtivismo, desinteresse pelo ensino, carreirismo, avidez por cargos burocráticos e verbas, corporativismo, essa é a universidade brasileira e a de muitos países atualmente.  
O grande problema dessas análises estruturalistas que pululam nas academias (nome honroso para uma realidade tão medíocre...) é que aderem a uma retórica da análise e da descrição em completo menoscabo da normatividade. Despreza-se o estudo dos textos escritos e encarece-se a importância de trabalhos de campo para o conhecimento das
 línguas vivas. Efetivamente, gramáticas sincrônicas importam aos especialistas, à ciência pura, mas o interesse social delas é, amiúde, muito pequeno. Elas são feitas mais para esses autores arranjarem emprego que para darem uma efetiva contribuição à sociedade. Com efeito, vários caboclos do Rio Negro relataram-me o descaso que os
pesquisadores de campo têm para com eles. Depois de escritas suas teses, nada retorna em benefício dos falantes das línguas que aqueles pesquisam. 
Se a autora do livro quer fazer Filologia (o que ela chama de "incursões diacrônicas"), então que se prepare adequadamente para isso. Com efeito, o pouco prestígio de que goza a Filologia entre os que se deixam fascinar por modismos explica-se pelo muito trabalho necessário a quem se dedica àquela: domínio de línguas clássicas, estudo diuturno dos seus textos etc. Os tempos de hoje são infensos a isso... Tempos de coisas
 rápidas, de muita informação, muito conhecimento de INTERNET, pouca profundidade e nenhuma erudição. Ser estruturalista é muito mais fácil e mais rápido que ser filólogo. É como dizia Dante : “In picciol tempo, gran dottor si feo” (“Em pouco tempo fez-se grande doutor.”). Nem mesmo a norma culta do
português é ainda respeitada nos textos especializados das Letras e da Linguística e o livro de Cruz é um bom exemplo disso... 
A senhora pode sentir alegria em ver a autora "tornar-se uma pesquisadora com um trabalho dessa envergadura". Trabalho de envergadura, na verdade, é outra coisa. Elogios fáceis como os que a senhora teceu só reforçam o espírito corporativista numa instituição dominada pelo tecnicismo e pela desumanização crescente do conhecimento.  
Atenciosamente,Eduardo de Almeida Navarro (USP)

 
 
 
 
 
 
----- Mensagem original
 -----
De: "carlota at ufrj.br" <carlota at ufrj.br>
Para: etnolinguistica at yahoogrupos.com.br
Cc: 
Enviadas: Domingo, 19 de Fevereiro de 2012 22:53
Assunto: [etnolinguistica] Livro de Aline Cruz sobre o Nheengatu

Prezado Professor:

Sua resenha ficou a nos dever a exploração dos aspectos que refere no parágrafo inicial:

que o trabalho é "contributo inegável a um campo de estudos onde são escassas as pesquisas"; 
que, "no que tange à fonologia, é certamente o estudo mais alentado que há sobre o Nheengatu"

Estou com o trabalho em mãos e concordo com o Sr.: é um
 trabalho de fôlego ( que se propõe a uma descrição da "variedade
moderna").  E
 certamente se torna de citação obrigatória  a partir de agora.

Adiciono um comentário: é com grande alegria que vejo que a menina que conheci num Encontro de Linguística ainda  aluna
de IC tenha-se
tornado uma pesquisadora com um trabalho dessa envergadura, fazendo linguística de campo. 

At.
Maria Carlota Rosa




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