A cr=?Windows-1252?Q?=EDtica_?=do Prof. Eduardo de Almeida Navarro

Victor Petrucci vicpetru at HOTMAIL.COM
Wed Feb 22 13:15:24 UTC 2012


Caro Dietrich

Muito bem colocado. Eu que "não sou nada" endosso suas argumentações e fiquei igualmente chocado ao ler o e-mail inicial. Tive vontade de polemizar mas não o fiz.

Um abraço

Victor A. Petrucci

To: etnolinguistica at yahoogrupos.com.br
From: dietriw at uni-muenster.de
Date: Wed, 22 Feb 2012 10:08:06 +0100
Subject: [etnolinguistica] A crítica do Prof. Eduardo de Almeida Navarro


















 



  


    
      
      
      A discussão aberta dos últimos dias tornou-se absurda e desagradável. A

atitude do senhor crítico, sim, é deselegante e mostra uma falta de

maturidade. Sua crítica é imprópria porque feita em público, às costas de uma

jovem pesquisadora, e porque feita por parte de um "tupinólogo" que é

filólogo, mas não linguista, que não quer um trabalho de linguística, mas de

filologia. Isso se evidencia mais que nada na sua atitude exaltada - e por

isso inaceitável - de "normatividade".

O trabalho que ele critica é um trabalho de linguística ! O autor da resenha

pública critica um trabalho de linguística para fazer uma crítica geral da

linguística e montar uma polêmica, em várias páginas da sua resenha, contra

Aryon Rodrigues, que é verdadeiro linguista e grande autoridade na linguística

histórica e descritiva do Tupinambá, e evidentemente seu concorrente na

matéria. Isso é um procedimento injusto.

A tese de Aline da Cruz não é mediocre, absolutamente não; é uma obra valiosa,

baseada em trabalho de campo, como deve ser, não em textos escritos de pessoas

que não são falantes nativos.

As falhas óbvias têm que ser emendadas, mas trata-se de falhas que não

desvalorizam os grandes méritos da obra de Aline da Cruz, a primeira descrição

científica do Nheengatú atual. Eu conheço a Aline, tive troco de emails com

ela sobre questões metodológicas e de detalhe. Ela estava, na Holanda, em mãos

de grandes especialistas de línguas indígenas sul-americanas e de teoria

linguística. A Holanda hoje é o centro europeu da pesquisa linguística de

línguas indígenas.



Eu não sou brasileiro, talvez não competente para interferir em polêmicas

entre brasileiros, porém tenho conhecimentos não só de Tupinambá ("Tupi

antigo"), mas também de línguas Tupi em geral e Tupí-Guaraní em especial. Eu

sei o que é filologia - até sou sócio correspondente da Academia Brasileira de

Filologia -, mas não gosto de confusões entre filologia e linguística, que são

disciplinas com objetos e objetivos diferentes.



Atenciosamente,



Wolf Dietrich

(catedrático emérito de linguística românica da Universidade de Münster,

Alemanha)



    
     

    
    






   		 	   		  
-------------- next part --------------
An HTML attachment was scrubbed...
URL: <http://listserv.linguistlist.org/pipermail/etnolinguistica/attachments/20120222/c5db6156/attachment.htm>


More information about the Etnolinguistica mailing list