Disserta=?iso-8859-1?Q?=E7=E3o_de_Mestrado_=28_L=EDngua_?=Karitiana)

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Mon Nov 5 13:36:20 UTC 2012


Olá, Ivan,

Parabéns pela dissertação, e obrigado por compartilhá-la conosco. Aproveitei para incluí-la em nosso banco de teses e dissertações:

http://www.etnolinguistica.org/tese:silva-2011c

E divulgá-la em nossa conta no Twitter:

https://twitter.com/etnolinguistica/status/265438035276099584

Abraços,

Eduardo
(p/ moderadores, Etnolinguistica.Org)

--- Em etnolinguistica at yahoogrupos.com.br, ivan rocha <irocha3 at ...> escreveu
>
> 
> 
> Gostaria de disponibilizar a minha dissertação de mestrado sobre a estrutura argumental da língua Karitiana, defendida em setembro de 2012 no programa de pós-graduação em Linguística, USP, sob orientação da professora Luciana Storto.
> 
> 
> Link para o trabalho no banco de dissertações e teses USP:
> 
> http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-12092012-120027/pt-br.php
> 
> 
> Crísticas e comentários serão bem-vindos!
> 
> Atenciosamente,
> 
> Ivan
> 
> 
> Resumo em português:
> 
> Esta dissertação tem por objetivo
> descrever a estrutura argumental da língua Karitiana (grupo Tupi, família
> Arikém, aproximadamente 400 falantes) em uma perspectiva descritiva e teórica.
> Nesse trabalho, buscou-se o desafio de descrever as classes verbais da língua
> com base em uma teoria formal: a teoria de estrutura argumental de Hale e
> Keyser (2002). O trabalho encontra-se dividido em duas partes. Na parte I,
> descreve-se a morfossintaxe das classes verbais. Na parte II, foram analisadas,
> em termos de estrutura argumental, as evidências morfossintáticas notadas no
> padrão verbal. A segunda parte, ainda, oferece uma análise preliminar para a
> estrutura passiva impessoal em Karitiana, dentro da teoria Gerativa. A
> transitivização, a passivização, a construção de cópula e o padrão de
> concordância funcionam como evidências morfossintáticas para descrever classes
> verbais na língua. Todos os verbos intransitivos podem ser afetados pela
> causativização sintética (transitivização) através de um morfema causativo que
> permite a adição de um argumento externo (o sujeito agente ou causa) a uma
> sentença intransitiva, tornando-a transitiva. Através do morfema de passiva
> impessoal em Karitiana, é possível transformar um verbo biargumental em
> monoargumental, apagando o sujeito original da sentença transitiva. O morfema
> de passiva é adicionado apenas a um verbo minimamente biargumental ou a um
> verbo intransitivo que tenha sido antes transitivizado via . A construção de
> cópula nesta língua apresenta uma estrutura bioracional (S Copula minioração)
> em que a cópula toma como complemento uma minioração. No núcleo desta
> minioração, pode entrar apenas um verbo intransitivo, um adjetivo ou um nome. O
> padrão de concordância ergativo-absolutiva é o último diagnóstico utilizado
> como evidência de valência na língua. Com base nestas evidências, foram
> descritas três classes verbais: uma classe de verbos intransitivos (formada por
> 3 subclasses: composta de intransitivos comuns, de intransitivos com objeto
> oblíquo e sujeito experienciador e, por último, a subclasse de intransitivos
> locativos), uma classe de verbos transitivos e uma terceira classe composta por
> verbos bitransitivos. Esta última tem um objeto direto com papel semântico ALVO
> e um objeto indireto, marcado obliquamente (com a posposição ty) com papel
> TEMA. Os verbos intransitivos com objeto oblíquo apresentam um comportamento
> especial, comportando-se, morfossintaticamente e em termos de alternância, como
> os demais intransitivos, mas projetando em sua estrutura um complemento
> oblíquo, o que leva a considerar que eles são sintaticamente intransitivos e
> semanticamente transitivos. Concluimos que todos os verbos intransitivos nesta
> língua têm o comportamento de verbos inacusativos do tipo alternante. Na
> proposta de Hale e Keyser, os verbos são formados, estrutural e
> hierarquicamente, a partir de duas estruturas básicas (monádica e diádica)
> nucleadas pelos núcleos verbais (V1 e V2). Deste modo, os verbos do Karitiana
> descritos como intransitivos são analisados como verbos diádicos compostos, em
> conformidade com suas propriedades alternantes. Os verbos intransitivos com
> objeto oblíquo e aqueles verbos intransitivos locativos foram analisados como
> verbos diádicos compostos com complemento oblíquo (P-complemento). Os verbos
> bitransitivos são analisados como diádicos básicos. Apenas os verbos
> transitivos em Karitiana podem ser analisados como verbos monádicos.
> 
> Título em inglês:
> Argument structure in Karitiana:
> theoretical and descriptive challenges
> Palavras-chave em inglês Argument
> structure
> Causativization
> Karitiana
> Passives
> Verb classes
>  
> Ivan Rocha
>


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