"m ãe da roça"

Pedro costapppr at GMAIL.COM
Wed Nov 7 10:18:45 UTC 2012


O puxirum, ajuri ou mutirão

Com a área preparada, chega a época de plantio de roça, o que ocorre em
meados de outubro ou com as primeiras chuvas de novembro e para os antigos,
assim como para os jovens que seguem as tradições, o primeiro dia após a
queimada deve-se “fazer a mãe da roça. É um ditado que os velhos falavam.
Quando queima o roçado você vai lá e enterra algumas manivas, se ela vier
bonita, a roça vai dar muita batata.” E, assim, se perpetua a crença.
Assim, também, há aqueles em cuja a força natural e divina é uma referência
para plantar: “plantar por volta de 25 de outubro é muito bom. Vem a chuva
de todos os santos e não falha maniva.” Já algumas famílias plantam só em
dezembro e na escassez do papel moeda – “porque a gente não tem ganho pra
pagar na diária” – os moradores se reúnem e formam o puxirum, mutirão ou
ajuri.

http://www.uel.br/grupo-estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais10/Artigos_PDF/Glaucio_de_Matos.pdf


*A prática do puxirum no plantio da roça *
*
*
Gláucio Campos Gomes de Matos (FEF/UFAM/ Doutorando FEF/UNICAMP)
Maria Beatriz Rocha Ferreira, Phd / FEF/UNICAMP (Orientadora)

Resumo
O trabalho tem como objeto de estudo a prática do puxirum no plantio da
roça.
Desenvolvido em Comunidades Rurais de Boa Vista do Ramos, a cerca de 17
horas de
Manaus por via fluvial, em barco de linha. O puxirum, é o auxílio mútuo ou
troca de
dia. É prática costumeira na região e desenvolvida em atividades de
derrubar a mata,
construção de casa e em outras que necessitam da participação de pessoas,
dentre elas o plantio da roça, a qual é foco de nosso  estudo. Os
procedimentos etnográficos, com
pesquisa participante, fotografias, conversas, nos possibilitaram
compreender a
importância do puxirum no cotidiano dessas comunidades rurais.

Em 6 de novembro de 2012 15:00, <rick at mbox1.ufsc.br> escreveu:

> **
>
>
> Prezados colegas,
>
> Procuro informações sobre o uso do termo "mãe da roça" ou seu
> equivalente em outras línguas. A mãe da roça é um desenho ou
> escultura, muitas vezes de jacaré ou arraia, no meio da roça de
> coivara, plantado, principalmente, com manivas de mandioca. Ao mesmo
> tempo o ritual serve como proteção da roça, e para ampliar a
> diversidade genética da mandioca, desde que se insere dentro de um
> ciclo de coivara-capoeira-queima-coivara.
>
> Agradeço por qualquer informação queme ajuda a conhecer a
> abrangência desta prática e em quais etnias se concentra esta práticas.
>
> Atenciosamente, Rick Miller
> Laboratório de Biotecnologia Neolítica,
> Universidade Federal de Santa Catarina
>
> ----------------------------------------------------------
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>
>  
>



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Paulo Pedro P. R. Costa
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