<html>
Caros Mônica e Eduardo:<br><br>
<x-tab>        </x-tab>Vocês
estão estranhando que eu tenha proposto dois outros candidatos à escolha
pelos sócios da ABRALIN para representar nossa associação na Comissão de
Análise de Projetos na área de educação escolar indígena do MEC e que o
tenha feito pela rede CVL e não pela Etnolingüística. Ora, na ABRALIN
temos escolhido, de dois em dois anos, nossos representantes naquela
comissão (os últimos, cujo mandato vai terminar agora, foram a Ruth
Monserrat e a Lucy Seki), e nunca houve, anteriormente, lançamento de
candidaturas através das redes de discussão na Internet. Foi o Gabas Jr.
que tomou a iniciativa de propor como candidatas a Luciana e a Filomena,
e o fez pela CVL. Como eu já tinha escolhido os nomes de minha
preferência neste momento, resolvi, depois de obter a concordância deles,
informar os sócios da ABRALIN pelo mesmo canal, a CVL, que é, aliás,
aquele que é mais conhecido dos lingüistas que não trabalham com línguas
indígenas. Nenhuma discriminação para com a Etnolingüística, que é um
fórum mais especializado e muito importante para nós.<br>
<x-tab>        </x-tab>Quanto à
concorrência de uma outra "chapa", isto é o normal e desejável
em qualquer eleição. Se eleição é um processo democrático de escolha, é
salutar a existência de opções. Para que os sócios da ABRALIN saibam
porque a minha escolha recaiu sobre a Marília e o Wilmar, pedi-lhes que
extraíssem de seus respectivos CVs e listassem as publicações e outras
atividades que demonstrassem sua experiência com a área de educação
indígena. Se as listas resultaram longas é porque a experiência e a
dedicação de ambos têm sido extensas e intensas. Agora, dizer que são
"quilométricas" é um exagero que denuncia uma precipitada
parcialidade da parte de vocês enquanto webmasters.<br>
<x-tab>        </x-tab>Abraços,
Aryon<br><br>
<br>
At 08:47 23/6/2003 -0700, you wrote:<br><br>
<blockquote type=cite class=cite cite>Caros colegas,<br>
 <br>
Aproxima-se a data para a eleição da nova diretoria da Abralin, que
ocorrerá em Assembléia da entidade a ser realizada em 15 de  julho,
na UFPE. Na mesma ocasião, deverão ser também indicados dois nomes (um
titular e um suplente) para representar a Abralin na Comissão de Análise
de Projetos na Área de Educação Escolar Indígena do MEC. Até o momento,
duas chapas disputam tais posições: a primeira (em ordem de lançamento) é
composta pelas colegas Luciana Storto (USP) e Filomena Sândalo (Unicamp)
e a segunda, pelos colegas Marília Facó (Museu Nacional) e Wilmar
D'Angelis (Unicamp).<br>
 <br>
As mensagens de lançamento de ambas as chapas (enviadas à lista CVL, mas
não a esta lista; vide 'links' abaixo) contêm informações curriculares
dos candidatos (em alguns casos, quilométricas listas de trabalhos
publicados e apresentados, projetos assessorados, etc.), mas seria
interessante saber mais a respeito das <i>opiniões</i> de ambas as chapas
com relação a questões cruciais da educação indígena no País. Mais do que
listas de trabalhos publicados e atividades de assessoria, a resposta a
tais questões seria mais informativa com relação à atuação dos candidatos
e ao tipo de contribuição que eles poderiam trazer à melhoria da
qualidade da educação indígena brasileira.<br>
 <br>
Qual seria, por exemplo, a opinião dos candidatos com relação ao papel da
educação escolar indígena em iniciativas de preservação e revitalização
lingüística? Qual seria a importância de uma ortografia fonemicamente bem
fundamentada? E qual seria a opinião dos candidatos com relação ao papel
dos chamados 'assessores lingüísticos' em projetos de educação indígena?
É claro que a produção de material escrito em língua indígena, por si só,
não é suficiente para evitar que uma língua desapareça. Mas, ao mesmo
tempo, nenhum lingüista em sã consciência negaria que a produção de
materiais escritos em língua indígena desempenha um papel importante em
seu fortalecimento e revitalização. Em vários casos, crianças que não
falam a língua indígena virão a aprendê-la na escola (pelo menos em
parte). Portanto, embora certos lingüistas pareçam dar pouca importância
a questões ortográficas, a existência de uma ortografia fonologicamente
correta pode vir a ser fundamental para o aprendizado da língua. Uma
ortografia deficiente, que ignore as peculiaridades fonológicas da língua
e a aproxime, artificialmente, da língua majoritária, é no mínimo
irresponsável.<br>
 <br>
Níveis de alfabetização obtidos são, em geral, usados como argumentos
para se avaliar o progresso de um programa. Mas pouco se diz a respeito
do que acontece com o alfabetizado <i>depois</i> de sua experiência
escolar. Não é difícil encontrar adultos que não conseguem mais escrever
em sua língua, mesmo depois de terem sido 'alfabetizados' na escola
indígena. A menos que se tornem professores (um mercado de trabalho que,
apesar de estar em expansão, dificilmente absorveria <i>todos</i> os
alfabetizados), haverá pouco ou nenhum uso para a língua indígena
escrita. Até que ponto a produção de material didático tem contribuído
para a criação de uma tradição de escrita que ultrapasse os limites da
escola? Que estratégias, na opinião dos candidatos, podem ser usadas para
ampliar o uso da escrita, caso necessário?<br>
 <br>
Estas são apenas algumas das questões que merecem ser discutidas e
levadas em consideração na escolha dos representantes da Abralin no MEC;
convidamos os demais colegas a apresentarem outras questões que
considerarem pertinentes. Presume-se que a existência de duas chapas
indique diversidade de idéias -- o que é saudável, sempre. Se, no final,
resultar que ambas as chapas compartilham as mesmas opiniões e defendem
as mesmas idéias, ficamos, então, com mais uma pergunta incômoda: por que
duas chapas, e não apenas uma?<br>
 <br>
Sinceramente,<br>
 <br>
Mônica Veloso Borges<br>
Eduardo Rivail Ribeiro<br>
(moderadores da lista 'Etnolingüística')<br>
 <br>
PS. Para ler mais sobre ambas as chapas, clique nas conexões 
abaixo:<br>
<a href="http://br.groups.yahoo.com/group/etnolinguistica/files/Chapa_1.pdf">http://br.groups.yahoo.com/group/etnolinguistica/files/Chapa_1.pdf</a><br>
<a href="http://br.groups.yahoo.com/group/etnolinguistica/files/Chapa_2.pdf" eudora="autourl">http://br.groups.yahoo.com/group/etnolinguistica/files/Chapa_2.pdf</a><br>
 <br><br>
<br>
Seção de Etnolingüística<br>
Museu Antropológico, Universidade Federal de Goiás<br>
Avenida Universitária, 1166, Setor Universitário<br>
74605-010 Goiânia, Goiás, BRASIL<br><br>
"Linguista sum: linguistici nihil a me alienum puto."<br>
(Roman Jakobson, 1896 - 1982)<br><br>
<br>
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DF ESGOMA MGMSMT PA PBPE PIPRRJRN RORR RSSCSESPTO <br><br>
<br><br>
<tt>Visite a página do grupo Etnolingüística, no endereço
<a href="http://br.groups.yahoo.com/group/etnolinguistica/.">http://br.groups.yahoo.com/group/etnolinguistica/.</a><br>
Submeta textos para discussão, contribua com a "Biblioteca
Virtual", sugira conexões que venham a ser do interesse dos membros
do grupo.  Enfim, participe! Para uma lista de dicas e normas para o
uso da lista, favor dirigir-se ao endereço
<a href="http://www.geocities.com/linguasindigenas/lista/.">http://www.geocities.com/linguasindigenas/lista/.</a><br><br>
Para cancelar sua assinatura deste grupo, envie um e-mail para: 
<br>
etnolinguistica-unsubscribe@yahoogrupos.com.br<br><br>
</tt><br><br>
<tt>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito aos
<a href="http://br.yahoo.com/info/utos.html">Termos do Serviço
Yahoo!</a>.</tt> <br>
---<br>
Incoming mail is certified Virus Free.<br>
Checked by AVG anti-virus system
(<a href="http://www.grisoft.com/" eudora="autourl">http://www.grisoft.com</a>).<br>
Version: 6.0.488 / Virus Database: 287 - Release Date:
5/6/2003</blockquote></html>