<html><body>
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<DIV><FONT face=Arial size=2>
<P align=center>REUNIÃO DO GERI</P>
<P align=center>GRUPO DE ESTUDOS EM RELAÇÕES INTERÉTNICAS</P>
<P align=center></P>
<P align=center>sexta-feira, 22 de agosto, às 16:00 horas, na sala de reuniões B, DAN/UnB</P>
<P align=center></P>
<P align=center>Língua, Cultura e Pré-História: Exemplos do Karajá</P>
<P align=center>Professor Eduardo Rivail Ribeiro</P>
<P align=center>University of Chicago, Museu Antropológico/UFG</P>
<P align=justify></P>
<P align=justify>Este trabalho, baseado no estudo de aspectos da língua Karajá (Macro-Jê), trata de algumas das contribuições que a lingüística pode oferecer para uma melhor compreensão da cultura e da história dos povos indígenas brasileiros. A importância do conhecimento lingüístico para os estudos etnográficos, enfatizada por Franz Boas (1911) e seus discípulos, tem sido em geral pouco valorizada nos estudos antropológicos dos Karajá. Esta falta de diálogo interdisciplinar tem sido prejudicial a ambas as áreas.</P>
<P align=justify>Alguns resultados desta prática - especialmente no que diz respeito à falta de cuidado ao se considerarem as distinções entre as falas feminina e masculina, uma peculiaridade fascinante da língua Karajá (Ribeiro 2001) - serão descritos e analisados. Além da importância do conhecimento lingüístico para o estudo da cultura, a lingüística pode também fornecer evidências importantes para o conhecimento da história, ajudando a preencher lacunas deixadas pela falta de evidências documentais ou arqueológicas (comum</P>
<P align=justify>em climas tropicais úmidos, que dificultam a preservação de materiais perecíveis como madeira e tecidos). Enquanto o método comparativo pode revelar importantes aspectos da pré-história, através da reconstrução de vocábulos referentes a práticas culturais (Rodrigues 1988) e a elementos do habitat de populações pré-históricas, o estudo de empréstimos lingüísticos pode fornecer pistas importantes sobre a natureza de contatos culturais pré-históricos. A possibilidade de se reconstruírem vocábulos culturais para o hipotético ancestral das línguas (Macro-) Jê atuais será discutida. Além disso, serão analisados alguns empréstimos Tupí-Guaraní em Karajá, bem como a existência de alguns empréstimos Karajá em línguas Tupí-Guaraní, delineando-se algumas das implicações que estes teriam para o estudo da difusão de elementos culturais na região do Araguaia-Tocantins (Ribeiro 2001/2002).</P>
<P> </P>
<P align=center><STRONG>Textos mencionados na bibliografia estão disponíveis no endereço </STRONG><A href="http://www.geocities.com/avepalavra/GERI"><STRONG>http://www.geocities.com/avepalavra/GERI</STRONG></A></P>
<P align=center> </P>
<P><STRONG>Algumas leituras sugeridas:</STRONG></P>
<P align=justify>Boas, Franz. 1911. Introdução ao Handbook of American Indian Languages. Washington: Smithsonian Institution.</P>
<P align=justify></P>
<P align=justify>Sapir, Edward. Sapir, Edward. 1936. Internal linguistic evidence suggestive of the northern origin of the Navaho. American Anthropologist 38.2.224-235.</P>
<P align=justify></P>
<P align=justify>Ribeiro, Eduardo Rivail. 2001. Female versus male speech in Karajá.Trabalho apresentado no encontro da Society for the Study of the Indigenous Languages of the Americas (SSILA)/4th Workshop on American Indigenous Languages. Santa Barbara, 6 de julho de 2001. [Uma versão ampliada deste trabalho foi incluída como um capítulo da minha tese de doutorado.]</P>
<P align=justify></P>
<P align=justify>Ribeiro, Eduardo Rivail. 2001/2002. Empréstimos Tupí-Guaraní em Karajá. Revista do Museu Antropológico, v.5/6 (2001/2002), p. 75-100. Goiânia: Editora da UFG.</P>
<P align=justify></P>
<P align=justify>Rodrigues, Aryon. 1988. Proto-Tupí evidence for agriculture. Trabalho apresentado no I International Congress of Ethnobiology, Belém, July 1988.</P></FONT></DIV></XBODY></DIV></DIV><BR><BR>---------------------------------------------<br>Coordenação da lista 'Etnolingüística'<br>Seção de Etnolingüística<br>Museu Antropológico, Universidade Federal de Goiás<br>Avenida Universitária, 1166, Setor Universitário<br>74605-010 Goiânia, Goiás, BRASIL<br>http://www.etnolinguistica.org<p><hr SIZE=1>
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