<html><body>


<DIV>>Caro amigo Vitor,</DIV>
<DIV>Infelizmente, essa é arealidade dos povos indígenas do Brasil. Aqui no Tocantins não é muito diferente. Muitas igrejas contruídas nas aldeias. Além do que os EVAGÉLICOS se sentem donos das aldeias e dos índios.</DIV>
<DIV>Acho que a FUNAI deveria tomar um medida urgente para retirar esses povos das aldeias. Nas aldeias em que trabalho, há também a presença destes povos. Outro dia até discuti com um deles.`Pois na aldeias Apinayé, os índios estão consumindo álcool demasiadamente e falei para o pastor que ao invés de ele se prpeocupar em descrever bíblia e tornar oas indíos evangélicos, ele deveria fazer um trabalho social, npo sentido de amenizar ou coibir a venda de  bebidas alcoolicas ao indios.</DIV>
<DIV>Mas , infelizmente , esta é a realidade das aldeias no Brasil, e em especial no Tocantins.</DIV>
<DIV>Mas não desista de sua luta</DIV>
<DIV>prof. Francisco Edviges</DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV> Caros Companheiros</DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV>> Parto do princípio de que qualquer tentativa de imposição ou sugestão de </DIV>
<DIV>> mitos sagrados é uma ingerência indevida entre nossos irmãos indígenas que </DIV>
<DIV>> tanto sofreram em nome de nossos "valores" judáico-cristãos. O meu Deus é </DIV>
<DIV>> melhor que o Seu não cabe mais.</DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV>> Cito um exemplo que presenciei numa aldeia Guarani Kaiowaa em Caarapó no </DIV>
<DIV>> Mato Grosso do Sul. Um membro da aldeia/comunidade havia proposto a </DIV>
<DIV>> construção de uma maloca. Dezenas de metros de comprimento, outros tantos de </DIV>
<DIV>> largura e de altura. Há muito os Kaiowáa "não sabiam" mais construir tais </DIV>
<DIV>> malocas. O construtor viajou até encontrar um local com tal tipo de </DIV>
<DIV>> construção. Pesquisa daqui, pesquisa dalí e ele retorna à aldeia com o </DIV>
<DIV>> conhecimento para tal empreitada. Em conjunto a maloca é construida, </DIV>
<DIV>> adaptada para uma estrutura de bambu, único material disponível. Imponente, </DIV>
<DIV>> imensa, cheirando a cobertura fresca lá estava a maloca, orgulho do grupo </DIV>
<DIV>> que a construíra e de boa parte da aldeia. No centro a Curuça colonial da </DIV>
<DIV>> qual ainda se lembravam, resquício jesuítico imposto/aceito aos/pelos </DIV>
<DIV>> antigos guaranis. A inauguração seria no dia seguinte. Impasse. O capitão da </DIV>
<DIV>> aldeia não estaria presente Por que não participar de tal reapropriação </DIV>
<DIV>> culturall? Simplesmente porque além de capitão ele era pastor evangélico e </DIV>
<DIV>> se recusava a "retomar" os cultos de seu povo. O impasse estava formado </DIV>
<DIV>> todos perderam. Minha visita ocorria juntamente com uma freira que assistia </DIV>
<DIV>> à aldeia. Não resisti à pergunta. "Irmã como fica a questão catequética para </DIV>
<DIV>> este povo" Resposta. Não fica, não fazemos. Não pude assistir a inauguração </DIV>
<DIV>> e de lá saí com a certeza da incoveniência da presença de todos os </DIV>
<DIV>> "civilizados". e de que a ingerência não era melhor proposta.</DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV>> Victor A. Petrucci</DIV>
<DIV>> Campinas - Brasil</DIV>
<DIV>> ----------------------------------------------------------</DIV>
<DIV>> Visite meu site / Visit my site / Visite mi sitio </DIV>
<DIV>> http://geocities.com/indianlanguages_2000</DIV>
<DIV>> 530 línguas indígenas / lenguas indígenas / indigenous languages</DIV>
<DIV>> 28.000 palavras / palabras / words</DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV>> >From: "Renato Athias" <RENATO.ATHIAS@GMAIL.COM></DIV>
<DIV>> >Reply-To: etnolinguistica@yahoogrupos.com.br</DIV>
<DIV>> >To: etnolinguistica@yahoogrupos.com.br</DIV>
<DIV>> >Subject: [etnolinguistica] Cenário Indígena Brasileiro</DIV>
<DIV>> >Date: Thu, 13 Jul 2006 15:14:12 -0300</DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV>> >http://www.antropos.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=90&Itemid=26</DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV>> >O Cenário Indígena Brasileiro e a Atuação Missionária Evangélica</DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV>> >Por Ronaldo Lidorio</DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV>> >30/03/06</DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV>> >Nos últimos 500 anos o pensamento coletivo brasileiro não mudou a ponto de</DIV>
<DIV>> >gerar uma diferença visível em termos de abordagem e interação com o</DIV>
<DIV>> >indígena e sua sociedade. No cenário leigo o índio ainda é visto por alguns</DIV>
<DIV>> >como selvagem, por vezes como herói, ignorante ou, ainda, como </DIV>
<DIV>> >representante</DIV>
<DIV>> >de uma cultura superior e pura. Poucos pararam para escutá-lo nos últimos</DIV>
<DIV>> >cinco séculos, e havia muito a ser dito.</DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV>> >No meio acadêmico fala-se sobre a desmistificação da identidade indígena.</DIV>
<DIV>> >Creio que precisamos primeiramente desmistificar a nós mesmos, repensar</DIV>
<DIV>> >nossas expectativas em relação a essa sociedade com a qual convivemos por</DIV>
<DIV>> >séculos sem compreendê-la, e passar a interpretá-la de forma igualitária na</DIV>
<DIV>> >dignidade e respeitosa nas diferenças.</DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV>> >Calcula-se que havia 1,5 milhão2 de indígenas no Brasil do século 16, os</DIV>
<DIV>> >quais, irreparavelmente, somam hoje não mais de 350 mil. Infelizmente essa</DIV>
<DIV>> >realidade etnofágica vai muito além das estatísticas e das palavras, pois é</DIV>
<DIV>> >composta por faces, vidas, histórias e culturas milenares, as quais têm</DIV>
<DIV>> >sofrido ao longo dos séculos a devassa dos conquistadores, a forte </DIV>
<DIV>> >imposição</DIV>
<DIV>> >socioeconômica e perdas sociais tremendas. Permita-me redefinir os termos</DIV>
<DIV>> >desta afirmação. Os conquistadores não são os outros. Somos nós.</DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV>> >A sociedade indígena ainda vive hoje sob o perigo de extinção. Não</DIV>
<DIV>> >necessariamente extinção populacional, mas igualmente severa, quando se</DIV>
<DIV>> >perde língua, história, cultura e direito de ser diferente e pensar</DIV>
<DIV>> >diferente convivendo em um território igual.</DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV>> >Segundo Lévy-Strauss, a perda lingüística é um dos sinais de declínio de</DIV>
<DIV>> >identidade étnica e decadência de uma nação. Ao observarmos tal sinal,</DIV>
<DIV>> >percebemos quão desolador é o cenário. Michael Kraus afirma que 27% das</DIV>
<DIV>> >línguas sul-americanas não são mais aprendidas pelas crianças. 3 Isso</DIV>
<DIV>> >significa que um número cada vez maior de crianças indígenas perde seu </DIV>
<DIV>> >poder</DIV>
<DIV>> >de comunicação a cada dia.</DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV>> >Aryon Rodrigues estima que, na época da conquista, eram faladas </DIV>
<DIV>> >1.273línguas,</DIV>
<DIV>> >4 ou seja, perdemos 85% de nossa diversidade lingüística em 500 anos.</DIV>
<DIV>> >Luciana Storto chama a atenção para o Estado de Rondônia, onde 65% das</DIV>
<DIV>> >línguas estão seriamente em perigo por não serem mais aprendidas pelas</DIV>
<DIV>> >crianças e por terem um ínfimo número de falantes.</DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV>> >Precisamos perceber que a perda lingüística está associada a perdas</DIV>
<DIV>> >culturais complexas, como a transmissão do conhecimento, formas artísticas,</DIV>
<DIV>> >tradições orais, perspectivas ontológicas e cosmológicas. No processo de</DIV>
<DIV>> >transição, quando a língua materna cai em desuso, normalmente há o que</DIV>
<DIV>> >podemos chamar de "geração perdida": um vácuo cultural atinge uma geração</DIV>
<DIV>> >inteira. Ou seja, no processo de perda lingüística e migração para o</DIV>
<DIV>> >português, os grupos indígenas passam por um processo de adaptação quando </DIV>
<DIV>> >já</DIV>
<DIV>> >não têm mais fluência na língua materna nem aprenderam o suficiente o</DIV>
<DIV>> >português para uma comunicação mais profunda. Tal processo em média não </DIV>
<DIV>> >dura</DIV>
<DIV>> >menos que três décadas. Esse é um momento de perigo, em que a identidade</DIV>
<DIV>> >indígena é autoquestionada e muitos valores e, sobretudo, seu poder de</DIV>
<DIV>> >comunicação e transmissão de conhecimento são perdidos. Perdem-se também os</DIV>
<DIV>> >sonhos.</DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV>> >Na tentativa de repensar a realidade de nossos irmãos indígenas é preciso</DIV>
<DIV>> >filtrar a informação sobre a atuação missionária evangélica em relação a</DIV>
<DIV>> >eles. A contribuição evangélica, na tentativa de relacionamento com a</DIV>
<DIV>> >sociedade indígena nacional, teve início com a influência holandesa no</DIV>
<DIV>> >século 16 e permanece hoje representada por um grande número de </DIV>
<DIV>> >organizações</DIV>
<DIV>> >que tenta reduzir os prejuízos sofridos. Isso se traduz em um sem-número de</DIV>
<DIV>> >biografias daqueles que deram a vida, na impossibilidade de darem mais, </DIV>
<DIV>> >para</DIV>
<DIV>> >minimizar alguns dos efeitos do extermínio social indígena de séculos.</DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV>> >Dentro de um vasto universo de ações sociopolíticas percebemos que a força</DIV>
<DIV>> >evangélica missionária se destacou especialmente em três áreas: preservação</DIV>
<DIV>> >lingüística (com a grafia e conseqüente preservação de diversas línguas — e</DIV>
<DIV>> >muito ainda está sendo feito); educação (tanto na língua materna, com forte</DIV>
<DIV>> >destaque, quanto na educação formal em programas governamentais); e saúde</DIV>
<DIV>> >(tanto de base, nas comunidades, quanto também organizacional, em clínicas </DIV>
<DIV>> >e</DIV>
<DIV>> >hospitais). Permita-me pontuar: o evangelho jamais será motivo de alienação</DIV>
<DIV>> >social ou imposição de credo. É, ao contrário, motivação para uma contínua</DIV>
<DIV>> >tentativa de se recuperar as perdas humanas nos segmentos mais sofridos.</DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV>> >Ainda há muito a ser feito. É necessário caminhar.</DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV>> >Notas</DIV>
<DIV>> >[1] FONSECA, Ernesto. *Breve história da colonização*. Lisboa: 1897.</DIV>
<DIV>> >2 Antropólogos da ALAB falam em 5 milhões.</DIV>
<DIV>> >3 KRAUSS, Michael. *The world's languages in crisis*.</DIV>
<DIV>> >4 RODRIGUES, Aryon. Línguas indígenas — 500 anos de descobertas e perdas.</DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV>> -------------------------------------------------------------</DIV>
<DIV>> IV Encontro da Associação Brasileira de Estudos Crioulos e Similares</DIV>
<DIV>> Goiânia, 18 a 20 de outubro de 2006</DIV>
<DIV>> Participe! Para maiores informações, visite</DIV>
<DIV>> http://www.letras.ufg.br/abecs.html</DIV>
<DIV>> -------------------------------------------------------------</DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV>> O uso dos recursos do grupo Etnolingüística baseia-se no reconhecimento e aceitação de suas diretrizes. Para conhecê-las, visite http://geocities.com/linguasindigenas/normas </DIV>
<DIV>> Links do Yahoo! Grupos</DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV>> <*> Para visitar o site do seu grupo na web, acesse:</DIV>
<DIV>> http://br.groups.yahoo.com/group/etnolinguistica/</DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV>> <*> Para sair deste grupo, envie um e-mail para:</DIV>
<DIV>> etnolinguistica-unsubscribe@yahoogrupos.com.br</DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV>> <*> O uso que você faz do Yahoo! Grupos está sujeito aos:</DIV>
<DIV>> http://br.yahoo.com/info/utos.html</DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV>> </DIV>
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IV Encontro da Associação Brasileira de Estudos Crioulos e Similares<BR>
Goiânia, 18 a 20 de outubro de 2006<BR>
Participe! Para maiores informações, visite<BR>
<a href="http://www.letras.ufg.br/abecs.html">http://www.letras.ufg.br/abecs.html</a><BR>
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O uso dos recursos do grupo Etnolingüística baseia-se no reconhecimento e aceitação de suas diretrizes. Para conhecê-las, visite <a href="http://geocities.com/linguasindigenas/normas">http://geocities.com/linguasindigenas/normas</a> </tt>
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<li>Para visitar o site do seu grupo na web, acesse:<br><a href="http://br.groups.yahoo.com/group/etnolinguistica/">http://br.groups.yahoo.com/group/etnolinguistica/</a><br> 
<li>Para sair deste grupo, envie um e-mail para:<br><a href="mailto:etnolinguistica-unsubscribe@yahoogrupos.com.br?subject=Unsubscribe">etnolinguistica-unsubscribe@yahoogrupos.com.br</a><br> 
<li>O uso que você faz do Yahoo! Grupos está sujeito aos <a href="http://br.yahoo.com/info/utos.html">Termos do Serviço do Yahoo!</a>.
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