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<DIV><STRONG><FONT face="Arial" size="2">Rick, </FONT></STRONG></DIV>
<DIV><STRONG><FONT face="Arial" size="2"></FONT></STRONG> </DIV>
<DIV><STRONG><FONT face="Arial" size="2">Genial! Valeu pelas informações preciosas.
</FONT></STRONG></DIV>
<DIV><STRONG><FONT face="Arial" size="2"></FONT></STRONG> </DIV>
<DIV><STRONG><FONT face="Arial" size="2">Quando eu comecei a pensar nesse assunto do
que nós hoje temos dos nossos antepassados indígenas , uma das primeiras coisas
que eu percebi foi a presença da culinária. </FONT></STRONG></DIV>
<DIV><STRONG><FONT face="Arial" size="2"></FONT></STRONG> </DIV>
<DIV><STRONG><FONT face="Arial" size="2">Os hábitos culinários são determinados pela
natureza, né? O que me ocorreu é que em tudo que diz respeito a natureza ,
dos toponímicos ao vestuário, a presença dos nossos antepassados continua
fortíssima. O camarão na moranga é novidade prá mim. Eu aqui na minha ignorância
nem sabia que o nosso jerimum era originário da América do Sul... veja vc. ,
quanto mais da contribuição dos agricultores jê para sua difusão.
</FONT></STRONG></DIV>
<DIV><STRONG><FONT face="Arial" size="2"></FONT></STRONG> </DIV>
<DIV><STRONG><FONT face="Arial" size="2">Acho sua iniciativa de um cardápio
histórico notável, e imagino que vc. tenha ainda muitas informações
interessantes sobre a presença dos hábitos culinários e da sua história na
nossa dieta, um assunto altamente relevante para minha pesquisa.
</FONT></STRONG></DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV><STRONG><FONT face="Arial" size="2">Uma coisa que não coube na canção para
qual essa pesquisa começou , foi a justiça poética do mate ter virado
bebida de praia. O mate aqui no Rio é sinônimo de praia. Cresci bebendo mate na
praia desconhecendo completamente que mate era uma coisa típica da nossa
cultura, imaginando que nas praias da Califórnia ou do Havaí todo mundo
bebia mate também. O curioso é que o mar para os guaranis, tinha um
valor simbólico muito grande, chegar ao mar era um objetivo mítico deles... que
coisa doida. ( Os especialistas me corrijam se eu estiver falando besteira,
por favor!)</FONT></STRONG></DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV><STRONG><FONT face="Arial" size="2">Aguardo então, quando vc. tiver um
tempo, mais informações. </FONT></STRONG></DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV><STRONG><FONT face="Arial" size="2"></FONT></STRONG> </DIV>
<DIV><STRONG><FONT face="Arial" size="2"></FONT></STRONG> </DIV>
<DIV><STRONG><FONT face="Arial" size="2"></FONT></STRONG> </DIV>
<DIV><STRONG><FONT face="Arial" size="2"></FONT></STRONG> </DIV>
<DIV><STRONG><FONT face="Arial" size="2"></FONT></STRONG> </DIV>
<DIV><STRONG><FONT face="Arial" size="2"></FONT></STRONG> </DIV>
<DIV><STRONG><FONT face="Arial" size="2"></FONT></STRONG> </DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV><STRONG><FONT face="Arial" size="2"></FONT></STRONG> </DIV>
<BLOCKQUOTE style="BORDER-LEFT: #000000 2px solid;">
<DIV style="FONT: 10pt arial;">----- Original Message ----- </DIV>
<DIV style="BACKGROUND: #e4e4e4;FONT: 10pt arial;"><B>From:</B>
<A title="rick@mbox1.ufsc.br" href="mailto:rick@mbox1.ufsc.br">rick@mbox1.ufsc.<wbr>br</A> </DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial;"><B>To:</B> <A title="etnolinguistica@yahoogrupos.com.br" href="mailto:etnolinguistica@yahoogrupos.com.br">etnolinguistica@<wbr>yahoogrupos.<wbr>com.br</A>
</DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial;"><B>Sent:</B> Sunday, November 23, 2008 3:56
PM</DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial;"><B>Subject:</B> Re: [etnolinguistica] Sotaques
brasileiros</DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV id="ygrp-text">
<P>Ola Beni, tambem nao sou da etnolinguistica, mas gosto de ler as <BR>coisas
comentadas. Sou professor do Centro de Ciencias Agrarias da <BR>UFSC, em
Florianopolis, em penso nas mesmas coisas, que herança nos <BR>temos dos povos
anteriores? A minha sorte eh que tenho mais coisas <BR>concretas a mão, para
me expressar. O estado tem um rico passado <BR>arqueologico, e um rico
presente de indigenas e pequenos agricultores <BR>europeus, que mantem muitas
tradicoes indigenas. Estou esperando um <BR>restaurante adotar a minha
sequencia arqueologica, para os turistas <BR>daqui. Começa com ostra crua e ao
bafo, representando a facil dieta do <BR>homem do sambaqui, os primeiros
moradores do litoral. Em seguida <BR>aparecem os agricultores Je, que chegaram
do interior, com jirimuns e <BR>morangas, e inventaram o camarão na moranga,
fabuloso prato do <BR>litoral daqui, dispensa panela, e valoriza a moranga,
uma Cucurbita <BR>domesticada aqui no sul mesmo!. Por final, aparece o peixe
com pirão, <BR>a mandioca sendo uma introdução dos amazonicos Guarani, por
final, e <BR>sobremesa de bolo de milho, tambem Guarani.<BR>Como eu penso na
evolução da agricultura, tive a sorte de alguns anos <BR>atrás, com a
dissertação da minha aluna Marta Pedri, conhecedora de <BR>muitas etnias do
Brasil, ter a visão da contribuição culinária destes <BR>movimentos que voce
procura. Com certeza a culinaria brasileira tem <BR>muito mais diversidade do
que a lingua falada.<BR>Podemos somar coisas discutidas aqui nesta lista, como
o nome Aruak, <BR>maiz, para milho, dividindo o Brasil com o avati, dos
Guarani. <BR>Enquanto maiz ganhou o mundo para esta cultura importante, os
Guarani <BR>ganharam o mundo com jaguara, o caçador, ou jawaretê, o verdadeiro
<BR>caçador, a onça-pintada.<BR>Mas prefiro voltar a comida, onde com certeza
voce encontra, <BR>concretamente, todas as etnias passadas, contribuindo para
a fartura <BR>da mesa brasileira.<BR><BR>Rick Miller<BR><BR>Quoting Beni Borja
- Psicotronica <<A href="mailto:beni%40psicotronica.com.br">beni@psicotronica.<WBR>com.br</A>>:<BR><BR>>
Prezado Eduardo<BR>> Muitíssimo agradecido pela sua atenção. Foi ótimo
saber que o tema <BR>> também te interessa. Suas considerações foram
altamente <BR>> esclarecedoras ,embora algo decepcionantes.<BR>><BR>>
Confesso que me senti como uma criança que tem sua bola furada. <BR>> Minha
tese parecia tão bacana! Mas isso é que dá ser "intelectual <BR>> de
miolo-mole" como alguém já chamou o Caetano , numa definição que <BR>> cabe
bem para todos os artistas.<BR>><BR>> De fato, não considerei que entre
o português e as línguas indígenas <BR>> houve a língua geral, coisa que eu
sabia, entre outras fontes <BR>> pelas minhas leituras do Capistrano. Aliás
, acho que foi no <BR>> Capistrano que li que os bandeirantes chamavam de
"gente da língua <BR>> travada" as populações indígenas do interior , no
que me pareceu um <BR>> referência as línguas do ramo macro-jê ( é isso
mesmo ? ou estou <BR>> viajando na maionese mais uma vez?),<BR>><BR>>
O "travamento" a que eles se referiam , no meu delírio <BR>>
"miolo-molístico" me remeteu ao nosso querido "r" retroflexo, mas <BR>>
suas considerações revelam a inconsistência da minha
conjectura.<BR>><BR>> Na verdade a minha primeira idéia sobre esse tema
veio do sotaque <BR>> nordestino. Tenho avós potiguares e cearenses , como
vc. cresci num <BR>> ambiente "bi-lingue". Se a cultura "caipira" ainda tem
referências <BR>> presentes da cultura indígena ( meu disco favorito do
momento é "O <BR>> canto da Terra" da dupla Cacique e Pajé, conhece?), no
Nordeste a <BR>> presença da cultura indígena é totalmente
rejeitada.<BR>><BR>> Meu avô Francisco, potiguar da Chapada do Apodi, de
uma família <BR>> estabelecida há séculos naquela região, era
fisionômicamente um <BR>> índio. Entretanto , rejeitava e se sentia mesmo
ligeiramente <BR>> ofendido, se alguém fizesse referência a antepassados
indígenas. <BR>> Pensei que fosse uma indiosincrasia pessoal, mas com
passar dos <BR>> anos percebi que era um traço marcante da cultura
"nordestina" a <BR>> rejeição total da cultura indígena. Algo que
implicaria que em <BR>> algum momento da história teria descido em algum
lugar do sertão <BR>> nordestino uma espaçonave com extra-terrestres de
cabeça chata.<BR>><BR>> A negação sistemática da contribuição indígena a
nossa cultura é <BR>> certamente algo com a qual vcs. estudiosos estão
acostumados ,até <BR>> porque deve ser um elemento essencial da dificuldade
das pesquisas , <BR>> mas para mim foi um choque. Foi tentando ver aonde
subsiste "o <BR>> índio" no brasileiro de hoje , que comecei a me
interessar por esse <BR>> tema. Quando os recentes estudos sobre o DNA do
brasileiro, <BR>> comprovam científicamente o que nós já vemos na cara das
pessoas , <BR>> me parece que esse é um tema à tratar em
arte.<BR>><BR>> A gente bebe mate e guaraná , fala mil palavras em
tupi-guarani , <BR>> faz festas ritualizadas em qualquer evento e acha que
índios são só <BR>> quem vive em aldeia... Os indios somos nós também, não
é?<BR>><BR>> Ou seja, eu estava tentando do meu modo meio "psicodélico"
<BR>> estabelecer uma certa continuidade cultural entre os brasileiros de
<BR>> hoje e os povos indígenas pré-descobrimento, um exercício que me
<BR>> parece fundamental para o nosso psique-nacional. Me parece que para
<BR>> vencermos definitivamente o nosso complexo de vira-lata , para que a
<BR>> nossa auto-estima não seja uma reflexo contra-fóbico do nosso
<BR>> complexo de inferioridade, para que nos sintamos confortáveis nessa
<BR>> pele "vermelha" de brasileiros , é preciso se re-encontrar com o
<BR>> índio, mesmo que seja numa invenção de passado.<BR>><BR>> Digo
isso tudo porque , apesar da minha "bola furada" continuarei <BR>> usando o
verso -línguas mortas viram sotaques" - em uma canção <BR>> (ainda inédita)
que eu fiz chamada "Viagem de Volta" ( título <BR>> surrupiado duma
coletânea organizada pelo antropólogo João Pacheco <BR>> de Oliveira sobre
a reelaboração cultural no Nordeste indígena).<BR>><BR>> Mas voltando ao
tema , e a exploração da sua boa vontade em ensinar <BR>> um ignorante.
Existem no nosso léxico centenas de palavras a que são <BR>> identificadas
como originárias do tupi-guarani , imagino que sejam <BR>> as que se
incorporaram a lingua-geral. Me pergunto , e o jê? , ficou <BR>> só nos
toponímicos? Ou existem palavras que usamos ainda hoje de <BR>> origem
jê?<BR>><BR>> Agradacendo mais uma vez a sua
generosidade,<BR>><BR>> um abraço<BR>><BR>>
Beni<BR>><BR>><BR>><BR>><BR>><BR>><BR>><BR>> -----
Original Message -----<BR>> From: Eduardo Rivail Ribeiro<BR>> To: <A href="mailto:etnolinguistica%40yahoogrupos.com.br">etnolinguistica@<WBR>yahoogrupos.<WBR>com.br</A><BR>>
Sent: Friday, November 21, 2008 6:45 PM<BR>> Subject: Re: [etnolinguistica]
Sotaques brasileiros<BR>><BR>><BR>> Prezado Beni,<BR>><BR>>
Obrigado por levantar este tema, de fato fascinante. Também andei
matutando<BR>> a respeito e cheguei mais ou menos à conclusão de que a raiz
da diversidade<BR>> dialetal do português brasileiro se deve mais à
diversidade original do<BR>> português trazido para cá (que não era
homogêneo e muito menos padronizado)<BR>> e às peculiaridades do povoamento
das diversas regiões do país do que a<BR>> fatores de substrato (ou seja, à
influência de línguas que eram faladas<BR>> antes da chegada do português).
Talvez o desenvolvimento de línguas gerais<BR>> baseadas no Tupí da Costa,
e que acabaram sendo adotadas por todos <BR>> os grupos<BR>> étnicos que
compunham a sociedade colonial na maior parte da América<BR>> portuguesa,
tenha prevenido que línguas indígenas regionais tivessem um<BR>> impacto
maior no português que, mais tarde, se tornaria a língua<BR>>
predominante.<BR>><BR>> Não que eu tenha feito uma pesquisa aprofundada
do assunto, levando em<BR>> consideração todos os dialetos do português
brasileiro. Meu interesse diz<BR>> respeito principalmente ao chamado
"dialeto caipira" (meu dialeto nativo),<BR>> que é falado justamente em
regiões colonizadas inicialmente pelos<BR>> bandeirantes paulistas. Como
estes falavam, então, a Língua Geral Paulista,<BR>> uma pergunta natural
seria se o dialeto caipira teria recebido uma<BR>> influência Tupí maior
(quando comparado com, digamos, o português do Rio).<BR>><BR>> Por
exemplo, seria o chamado "r caipira" (ou seja, a pronúncia <BR>> retroflexa
do<BR>> "r" em posição de coda silábica), que é a característica mais
marcante (e<BR>> discriminada) do português caipira, um resquício de alguma
língua indígena?<BR>> Como a Língua Geral Paulista era difundida nestas
regiões, seria o suspeito<BR>> ideal. Mas é bastante improvável, não só
porque o Tupí da Costa (e<BR>> provavelmente suas descendentes, as línguas
gerais) não tinha tal <BR>> pronúncia,<BR>> mas porque uma explicação
interna é ainda mais plausível: o lingüista Brian<BR>> Head, que foi
professor da Unicamp e está agora, se não me engano, em<BR>> Portugal, tem
um artigo bastante interessante sobre o desenvolvimento do "r<BR>> caipira"
a partir de fatores internos do próprio português. [Vou ver se<BR>>
encontro o artigo por aqui, para aqueles que se
interessarem.<WBR>]<BR>><BR>> Como tem sido demonstrado por vários
autores (por exemplo, Naro & Scherre),<BR>> muitas das características
que se imaginam serem tipicamente brasileiras e<BR>> até indício de
"crioulização" em alguns dialetos do português brasileiro já<BR>> ocorriam
em Portugal, antes da "descoberta"<WBR>. Muitos são resultados de<BR>>
tendências características no desenvolvimento das línguas românicas,
nos<BR>> dois lados do Atlântico. No caso do dialeto caipira, os mesmos
fatores que<BR>> favoreceram no início o uso da Língua Geral Paulista (ou
seja, isolamento,<BR>> fluxo menor de imigrantes portugueses) favoreceram a
preservação de<BR>> arcaísmos e o desenvolvimento de características
peculiares, longe das<BR>> tendências padronizantes que porventura
ocorressem na costa e na metrópole.<BR>> Em um artigo que escrevi há algum
tempo sobre o assunto, menciono uma coisa<BR>> que sempre achei
interessante, desde menino (já que, como descendente de<BR>> mineiros e
baianos, cresci em "lar bilingüe"): o português falado <BR>> em
regiões<BR>> que sofreram miscigenação mais intensa tende a ser mais
próximo ao <BR>> "padrão".<BR>> É que regiões de fácil acesso e
economicamente prósperas (Belém e Salvador,<BR>> por exemplo), que mais
necessitaram mão-de-obra indígena ou africana, foram<BR>> também as que
mais atraíram um fluxo contínuo de imigrantes portugueses.<BR>><BR>> É
claro que, quando falo em "influências" acima, tenho em mente
influências<BR>> estruturais, na fonologia, na morfologia e na sintaxe (ou,
até, na<BR>> semântica). Neste aspecto, especificamente, não há nada que se
possa em<BR>> definitivo atribuir a influências indígenas. O léxico,
naturalmente, é<BR>> outra história. Além do número enorme de termos de
origem Tupí que<BR>> sobrevivem no português falado no país inteiro, há
aqueles que tendem a ser<BR>> mais comuns onde a influência cultural
indígena teve um impacto maior -- a<BR>> cultura caipira sendo uma delas.
Mas isto, parece-me, não é o que vem à<BR>> mente quando se fala em
"sotaques diferentes".<BR>><BR>> No caso do léxico, sim, acham-se
exemplos de influências indígenas <BR>> locais no<BR>> português de
certos lugares onde índios e não índios conviveram (ou ainda<BR>>
convivem). Por exemplo, em São Félix do Araguaia, não é incomum que um
não<BR>> índio use palavras Karajá como kòhã 'cachaça' ou kutura 'peixe'. E
<BR>> me lembro<BR>> de um bate-papo com Lucy Seki, maior especialista
em Krenák, em que ela<BR>> mencionava o uso de palavras como curuca
'criança' no português de áreas<BR>> tradicionalmente Krenák (cf. Krenák
kruk) -- se não me falha a memória (é<BR>> isso mesmo,
Lucy?).<BR>><BR>> Bem, espero que esta conversa não pare por aqui.
Alguém saberia de exemplos<BR>> de influências exercidas por línguas
regionais em certos dialetos do<BR>> português brasileiro?<BR>><BR>>
Abraços,<BR>><BR>> Eduardo<BR>><BR>> ----- Original Message
-----<BR>> From: Beni Borja - Psicotronica<BR>> To: <A href="mailto:etnolinguistica%40yahoogrupos.com.br">etnolinguistica@<WBR>yahoogrupos.<WBR>com.br</A><BR>>
Sent: Thursday, November 20, 2008 8:52 AM<BR>> Subject: [etnolinguistica]
Sotaques brasileiros<BR>><BR>> Prezados Professores, Doutores e Sabidos
em geral,<BR>><BR>> Com a cara-de pau que a internet me faculta , me
atrevo a invadir esse<BR>> espaço de doutas discussões para propor uma
questão que me aflige.<BR>><BR>> Sou um mero músico/ ompositor popular ,
leigo por completo nas artes e<BR>> manhas da etno-linguística, mas um
profundo curioso sobre a intercessão<BR>> entre as linguas e a
história.<BR>><BR>> Num colóquio etílico recente com um amigo,
discutíamos sobre os diversos<BR>> sotaques do Brasil. Inspirado por Baco
fiz a temerária afirmação que os<BR>> nossos diversos sotaques regionais,
tem sua gênese nas línguas indígenas<BR>> faladas naquelas regiões antes do
aparecimento do português.<BR>><BR>> É com certeza uma afirmação que tem
a leviandade típica dos ignorantes, que<BR>> despreza a enorme complexidade
da presença indígena antes da invasão<BR>> portuguesa e as dificuldades de
estabelecer um nexo causal entre o <BR>> português<BR>> falado hoje e as
línguas faladas pelos índios.<BR>><BR>> Mas não obstante essas
dificuldades , teria a minha tese algum farrapo de<BR>> evidência para
sustentá-la??<BR>><BR>> Agradecendo desde já a "ajuda dos
universitários" que por ventura receba,<BR>><BR>>
abraços<BR>><BR>> Beni
Borja<BR>><BR>><BR>><BR>><BR>><BR><BR>------------<WBR>---------<WBR>---------<WBR>---------<WBR>---------<WBR>---------<WBR>-<BR>This
message was sent using IMP, the Internet Messaging Program.<BR><BR></P></DIV><!--End group email --></BLOCKQUOTE>
</p>
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