<!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.01//EN" "http://www.w3.org/TR/html4/strict.dtd">
<html>
<head>
</head>







<body style="background-color: #fff;">
<span style="display:none"> </span>

<!--~-|**|PrettyHtmlStartT|**|-~-->
<div id="ygrp-mlmsg" style="position:relative;">
  <div id="ygrp-msg" style="z-index: 1;">
<!--~-|**|PrettyHtmlEndT|**|-~-->

    <div id="ygrp-text" >
      
      
      <p>Caro Andrés,<br>
<br>
Primeiro, um esclarecimento: não digo que ergatividade, para ser ergatividade, tem que ser sintática. Entendo, como você explica, a raridade da ergatividade sintática (e não é à toa que, no tronco Macro-Jê inteiro, só haja o Karirí). E não digo que a ergatividade em Jê seja menos legítima que em outros lugares. Quando digo que é epifenomenal, é simplesmente porque ainda, sincronicamente, continua ocorrendo somente com formas nominais do verbo. Se estas formas foram reanalizadas como formas verbais, aí são outros quinhentos. Mas há argumentos para isto? Talvez, nas várias outras línguas em que ergatividade tenha uma origem em nominalizações, tenha havido um passo a mais, em que tais construções se tornariam a forma canônica e se estenderiam para contextos não nominais.<br>
<br>
No mais, estou perfeitamente de acordo com você. Especialmente na questão dos particípios e na dificuldade de se distinguir adjetivos e substantivos.<br>
<br>
Abraços,<br>
<br>
Eduardo<br>
<br>
--- Em <a href="mailto:etnolinguistica%40yahoogrupos.com.br">etnolinguistica@<wbr>yahoogrupos.<wbr>com.br</a>, Andrés Pablo Salanova <kaitire@...<wbr>> escreveu<br>
><br>
> Olá Eduardo<br>
> <br>
> É, para o Jê eu já penso que a pergunta é mais interessante se ela é  <br>
> invertida: (1) em Jê setentrional, a ergatividade aparece em um  <br>
> conjunto heterogêneo de contextos, e é um entre vários tipos de  <br>
> marcação de caso não canônica, provavelmente com base semântica (i.e.,  <br>
> sujeitos dativos, genitivos ou locativos), enquanto que o alinhamento  <br>
> acusativo é típico de orações matrizes com verbos eventivos finitos;  <br>
> (2) como Ludoviko também propôs, a morfologia parece mais ir no  <br>
> sentido N -> V do que no sentido V -> N, isto é, a forma marcada do  <br>
> predicado é a forma verbal (isto não é incompatível com a sua idéia de  <br>
> que as consoantes finais das formas "longas" estão ai, e caem em um  <br>
> único ambiente, que você caracteriza em termos fonológicos, mas que eu  <br>
> acredito que precisa ser morfológico); portanto pergunto (3) porque há  <br>
> um vínculo entre finitude/eventivida<wbr>de (o termo mais marcado e mais  <br>
> específico da oposição) e o padrão acusativo?<br>
> <br>
> Lamentavelmente K-T só dá o Hixkaryana como exemplo de língua  <br>
> amazônica (o trabalho é de 1993). É bem sabido que em Quechua, uma  <br>
> língua em que as nominalizações têm uma carga funcional muito parecida  <br>
> com a que elas têm nas línguas amazônicas (i.e., quase toda  <br>
> subordinação implica uma nominalização)<wbr>, as nominalizações têm o mesmo  <br>
> padrão nominativo-acusativ<wbr>o que as orações principais. Não duvido que  <br>
> seja assim também em algumas línguas das terras baixas. Portanto  <br>
> concordo com a idéia de vincular ergatividade oracional e  <br>
> nominalizações, mas há uma série de premissas intermediárias que não  <br>
> podem ser obviadas:<br>
>    (a) as nominalizações são ergativas (falso em 50% das línguas do mundo)<br>
>    (b) as nominalizações são a única forma de subordinar (provavelmente  <br>
> falso na maioria das línguas do mundo)<br>
>    (c) categorias tais como a negação, certos marcadores aspectuais,  <br>
> etc. funcionam como predicados principais que subordinam (idem)<br>
> ------------<wbr>---<br>
>    => há ergatividade em muitos lugares, e ela se explica pelo  <br>
> encaixamento de nominalizações<br>
> <br>
> Sobre o Kariri, ele seria uma entre um pequeno número de línguas com  <br>
> ergatividade sintática (que, até onde sei, se limitam ao Dyirbal, ao  <br>
> Tsimshian, e possivelmente ao Kuikuro). Talvez também neste caso seria  <br>
> interessante inverter a pergunta e tentarmos explicar porque a  <br>
> ergatividade sintática é tão rara, isto é, porque, seja lá qual for a  <br>
> morfologia, emerge sempre uma função sintática de sujeito (o  <br>
> controlador de pronomes reflexivos e de sujeitos de orações  <br>
> encaixadas, entre outras funções) nas orações matrizes de uma língua  <br>
> dada. Em qualquer caso, não acho que seja um pré-requisito que a  <br>
> ergatividade seja sintática para ela não ser um mero epifenômeno (de  <br>
> fato, antes de que Dixon descrevesse o Dyirbal, todas as línguas  <br>
> ergativas conhecidas eram como o Mebengokre, não como o Kariri).<br>
> <br>
> Só para insistir nesta última idéia, eis aqui um exemplo interessante  <br>
> de ergatividade em francês, que devo a Anoop Mahajan, e que costumo  <br>
> apresentar sempre que falo de ergatividade a turmas francófonas. Não  <br>
> tem a ver com nominalizações, senão com particípios:<br>
>    Jean les a vues hier.   (Auxiliar TER concorda com o sujeito,  <br>
> particípio concorda com o objeto pronominal)<br>
>    Elles sont arrivées.    (Auxiliar SER concorda com o sujeito, particípio  <br>
> concorda com o sujeito)<br>
> Além da concordância, segundo Mahajan o auxiliar TER equivale a uma  <br>
> marca de ergativo no sujeito de verbos transitivos e de alguns verbos  <br>
> intransitivos "ativos". A ergatividade em várias línguas indo-árias  <br>
> também parece originar-se em estruturas similares, com um particípio  <br>
> que concorda com o primeiro argumento, e exige uma marca especial nos  <br>
> sujeitos transitivos. Alguém seria capaz de mostrar cabalmente que as  <br>
> formas nominais dos verbos em línguas amazônicas não são  <br>
> fundamentalmente particípios? Não acho, tendo em vista que nestas  <br>
> línguas a distinção entre substantivos e adjetivos é ainda mais tênue  <br>
> do que a que há entre substantivos e verbos.<br>
> <br>
> Com isto tudo só quero dizer que ergatividade é ergatividade, não há  <br>
> ergatividade mais autêntica ou menos autêntica (sim há ergatividade  <br>
> sintática, sumamente rara), e se bem acho razoável propor que a  <br>
> ergatividade sincrônica possa ter mais de uma origem diacrônica, as  <br>
> línguas Karib ou Jê não detêm o monopólio da ergatividade derivada de  <br>
> nominalizações ou particípios. Até onde sei, a origem da ergatividade  <br>
> na maioria das línguas do mundo poderia ser esta.*<br>
> <br>
> Até breve,<br>
>    Andrés<br>
> <br>
> (*Sim, sei que a construção passiva tem sido apontada como a principal  <br>
> fonte da ergatividade; porém é curioso que a construção passiva se  <br>
> forme comumente com um particípio. Porque dizer que uma passiva nestes  <br>
> casos é fundamentalmente diferente de uma nominalização?<wbr>)<br>
> <br>
> On 14/03/2010, at 14:43, Eduardo Rivail Ribeiro wrote:<br>
> <br>
> > Caro Andrés,<br>
> ><br>
> > Muito obrigado pelos comentários. Acho que o xis da questão -- e que  <br>
> > teria realmente interesse teórico -- é este mesmo: o porquê do  <br>
> > padrão absolutivo em construções nominais, mesmo quando o resto da  <br>
> > gramática não apresenta qualquer sinal de ergatividade. Daí a minha  <br>
> > referência aos trabalhos de Chomsky e Benveniste. Nesta síntese de  <br>
> > Koptjevsaja-<wbr>Tamm, há línguas das terras baixas da América do Sul em  <br>
> > que nominalizações seguem um padrão não ergativo? Fico imaginando se  <br>
> > tais características podem ter uma distribuição areal...<br>
> ><br>
> > No caso do Karirí (língua ergativa por excelência), padrões de  <br>
> > switch-reference, concordância, reflexivização, todos seguem um  <br>
> > padrão ergativo. Há algo assim em Jê? Eu, quando tiver tempo, quero  <br>
> > estudar bem os trabalhos de Luciana Dourado sobre o Panará, que  <br>
> > parece ter uma morfossintaxe mais complexa e, portanto, maiores  <br>
> > possibilidades de se testarem hipóteses quanto à profundidade da  <br>
> > ergatividade.<br>
> ><br>
> > Eu concordo que a distinção entre nomes e verbos em Jê é um tanto  <br>
> > tênue, principalmente em termos flexionais. Mas há mecanismos  <br>
> > derivacionais claros que distinguem nomes de verbos, não? Pelo que  <br>
> > eu entendo, a sufixação de -r é reconsgtruível para a proto-língua e  <br>
> > tem cognato, pelo menos, em Karajá, o que indica uma certa  <br>
> > profundidade temporal. Mesmo que haja raízes em que não haja  <br>
> > distinção superficial, morfológica, entre verbo e nome, isto não  <br>
> > anula o fato de que, para as raízes que têm formas nominais  <br>
> > diferentes, estas são, consistentemente, as que ocorrem nas  <br>
> > construções ergativas. Esta situação não é muito diferente do inglês  <br>
> > (onde a distinção, em termos derivacionais, entre nomes e verbos é  <br>
> > um tanto tênue, o que não impede que se faça distinção sintática  <br>
> > entre ambos).<br>
> ><br>
> > Talvez mais atenção deva ser dada à origem dos morfemas que se  <br>
> > seguem à forma nominal do verbo. Por exemplo, ao se dizer que o  <br>
> > futuro desencadeia ergatividade em certas línguas Jê, isto é uma  <br>
> > caracterização superficial, não estrutural, do fenômeno.  <br>
> > Ergatividade, em casos assim, seria uma conseqüência do fato de que  <br>
> > o marcador de futuro é cognato da posposição =mã, que, por sua vez,  <br>
> > pede um complemento nominal. A diferença entre estas línguas Jê e --  <br>
> > digamos -- o português não é que uma seja mais ergativa que a outra.  <br>
> > A diferença é que línguas Jê setentrionais fazem uso de  <br>
> > nominalizações em ambientes mais diversos que o português.<br>
> ><br>
> > Enfim, várias questões interessantes que não se deve deixar de lado,  <br>
> > como você diz.<br>
> ><br>
> > Abraços,<br>
> ><br>
> > Eduardo<br>
> ><br>
> ><br>
> > --- Em <a href="mailto:etnolinguistica%40yahoogrupos.com.br">etnolinguistica@<wbr>yahoogrupos.<wbr>com.br</a>, Andrés Pablo Salanova  <br>
> > <kaitire@> escreveu<br>
> > ><br>
> > > Bom dia, Eduardo.<br>
> > > Resta a questão de porque é natural que as nominalizações sejam<br>
> > > ergativas ou que haja um pouquinho de ergatividade em todas as<br>
> > > línguas. Por um lado, o padrão não é universal. Segundo a síntese<br>
> > > tipológica de Koptjevsaja-<wbr>Tamm, as nominalizações de ação são<br>
> > > ergativas em entre um terço e a metade das línguas do mundo. Em<br>
> > > inglês mesmo existe uma nominalização "ativa" (1) ao lado da<br>
> > > nominalização "passiva" (2) que mostra o padrão ergativo:<br>
> > > (1) John's destruction of the city/John's arrival.<br>
> > > (2) The destruction of the city by John/The arrival of John.<br>
> > > Por outro, as explicações que conheço (ou posso imaginar) para a<br>
> > > correlação entre nominalizações e ergatividade não são muito<br>
> > > convincentes. Alexiadou faz uma bela descrição para terminar dizendo<br>
> > > que sempre se nominaliza um verbo passivo, sem dizer porque. Dixon  <br>
> > não<br>
> > > diz nada, mas seria fácil estender a explicação "discursiva"<wbr>, de que<br>
> > > o ergativo se usa em contextos em que o controle do sujeito sobre a<br>
> > > ação é menor, algo tão circular quanto a explicação de Alexiadou.<br>
> > > Acho que é uma omissão importante ter uma teoria para a ergatividade<br>
> > > em orações finitas que não fale sobre a ergatividade em sintagmas<br>
> > > nominais. Como você diz, Ludoviko e eu acreditamos que as formas<br>
> > > verbais que ocorrem com o alinhamento ergativo são substantivos.<br>
> > > Porém, ao menos em meu caso, isto é dito num contexto em que a<br>
> > > distinção entre as partes do discurso é muito tênue, e em que a<br>
> > > maioria dos predicados mostram unicamente um comportamento nominal/<br>
> > > adjetival, salvo certos temas semanticamente eventivos, que, além do<br>
> > > comportamento nominal/adjetival, podem se combinar diretamente com a<br>
> > > dêixis temporal para se transformarem em verbos finitos. Em qualquer<br>
> > > língua (e há muitas) em que a distinção entre substantivos e verbos<br>
> > > é tão tênue assim (e provavelmente semântica e não sintática),<br>
> > > dizer que os predicados com alinhamento ergativo ou com semântica<br>
> > > estativa são nominais é quase um petitio principii.<br>
> > > Não me consta que tenhamos resultados empíricos sobre a<br>
> > > superficialidade da ergatividade de origem nominal. É possível que<br>
> > > ela nunca seja uma ergatividade sintática, mas nisto ela não seria<br>
> > > diferente da maioria das construções ergativas oracionais. Há alguma<br>
> > > outra área da sintaxe na qual teriamos que procurar conseqüências<br>
> > > profundas do alinhamento ergativo?<br>
> > > Em suma, questões interessantes que não convém por de lado.<br>
> > > Saudações,<br>
> > > Andrés<br>
> > ><br>
> > > On 13/03/2010, at 21:23, Eduardo Rivail Ribeiro wrote:<br>
> > ><br>
> > > > Olá, Flávia,<br>
> > > ><br>
> > > > Minha opinião é que ergatividade em Jê Setentrional "is in the<br>
> > > > eyes of the beholder." Alinhamento é, como você sabe, uma questão<br>
> > > > de mais ou menos, não de tudo ou nada (todas as línguas que<br>
> > > > conheço têm pelo menos um pouquinho de ergatividade)<wbr>. E, no caso<br>
> > > > das línguas em questão, como eu venho dizendo, ergatividade é algo<br>
> > > > superficial (sem conseqüências profundas em outras áreas da<br>
> > > > gramática da língua) e epifenomenal (sendo efeito colateral da<br>
> > > > nominalização)<wbr>. Há, no mínimo, tanta ergatividade quanto haveria<br>
> > > > em inglês e latim. O único exemplo convincente de ergatividade<br>
> > > > sintática que conheço em Macro-Jê continua sendo, como eu menciono<br>
> > > > em meu artigo para a Encyclopedia of Language and Linguistics (<a href="http://www.wado.us/paper:ell2">http://www.wado.<wbr>us/paper:<wbr>ell2</a><br>
> > > > ), o Karirí.<br>
> > > ><br>
> > > > Sim, eu já conhecia o artigo do Aroldo (e, inclusive, já o havia<br>
> > > > incluído na Bibliografia Macro-Jê: <a href="http://macro-je.etnolinguistica.org/item:5">http://macro-<wbr>je.etnolinguisti<wbr>ca.org/item:<wbr>5</a><br>
> > > > 1). A análise dele é idêntica à sua? É que não tive ainda tempo<br>
> > > > de ler seu artigo do IJAL; e o da Ameríndia, pelo visto, ainda não<br>
> > > > está disponível online, está?<br>
> > > ><br>
> > > > Então, o que me lembro da sua análise foi o que discutimos já há<br>
> > > > alguns anos, e pode ser que você tenha mudado desde então. Minha<br>
> > > > principal objeção, na época, era que você não admitia o caráter<br>
> > > > nominal dos verbos longos. Se são mesmo nomes -- como sugeria o<br>
> > > > Ludo, e como analisa também o Andrés --, então toda construção<br>
> > > > envolvendo verbos longos é (originalmente, pelo menos) nominal. E,<br>
> > > > se toda construção ergativa envolve um verbo longo, então a<br>
> > > > ergatividade é uma conseqüência do caráter nominal do "verbo",<br>
> > > > que, por sua vez, é uma conseqüência do fato de que os morfemas<br>
> > > > que o seguem -- adposições, auxiliares -- requerem uma forma<br>
> > > > nominal do verbo.<br>
> > > ><br>
> > > > Há, por outro lado, aquelas construções em que o verbo não é<br>
> > > > seguido de nenhum "operador" (um rótulo interessante que vocês  <br>
> > usam<br>
> > > > mas que, para mim, tem valor descritivo duvidoso). A suposição sua<br>
> > > > é, se me lembro bem, que tais construções são finitas -- e,<br>
> > > > portanto, não há como analisar-se o verbo nestas construções como<br>
> > > > sendo nominal. Se for este o caso -- e pode ser que eu tenha te<br>
> > > > entendido mal --, seria uma suposição equivocada quanto a<br>
> > > > "finitude" (finiteness)<wbr>, como se toda construção finita tivesse  <br>
> > que<br>
> > > > ter um verbo -- o que não é o caso, necessariamente, nas línguas<br>
> > > > Macro-Jê e mesmo em línguas européias.<br>
> > > ><br>
> > > > ERGATIVIDADE EM PORTUGUÊS. Então, aplicando a análise de<br>
> > > > Benveniste ao português, teríamos, como em latim, um padrão<br>
> > > > absolutivo na expressão do argumento de nomes deverbais: em<br>
> > > > "destruição da cidade", "cidade" corresponde ao O; em "entrada de<br>
> > > > animais", "animais" corresponde ao S. Para exprimir o A, um<br>
> > > > argumento externo é necessário: "destruição da cidade pelo<br>
> > > > inimigo". Enfim, S=O&#8800;A. Eba, ergatividade!<br>
> > > ><br>
> > > > Imaginemos, então, que um lingüista que não conheça a história<br>
> > > > desta construção encontre usos como:<br>
> > > ><br>
> > > > Proibida e entrada de menores (S)<br>
> > > > Permitido o consumo de leite (O)<br>
> > > > Proibido o consumo de álcool (O) por menores (A)<br>
> > > > etc.<br>
> > > ><br>
> > > > Será que este lingüista hipotético analisaria "entrada" e<br>
> > > > "consumo" nestes exemplos como formas verbais finitas? E o  <br>
> > português<br>
> > > > como língua ergativa?<br>
> > > ><br>
> > > > Se puder, por favor, me envie os trabalhos que você mencionou, por<br>
> > > > email. Não poderei lê-los tão cedo, mas, assim que tiver mais<br>
> > > > tempo, gostaria de fazê-lo.<br>
> > > ><br>
> > > > Abraços,<br>
> > > ><br>
> > > > Eduardo<br>
> > > ><br>
> > > > --- Em <a href="mailto:etnolinguistica%40yahoogrupos.com.br">etnolinguistica@<wbr>yahoogrupos.<wbr>com.br</a>, Flávia de Castro Alves<br>
> > > > <pahno@> escreveu<br>
> > > > ><br>
> > > > > Olá Eduardo.<br>
> > > > > Aproveito para te perguntar uma dúvida que tenho sobre sua<br>
> > > > opinião a respeito do alinhamento ergativo nas línguas<br>
> > > > > Jê Setentrionais: pelo que foi dito na sua última mensagem sobre<br>
> > > > a Ã¢â€¢Ë›chamada ergatividade nestas línguas╡ (palavras<br>
> > > > > suas), você considera que, sincronicamente, não há alinhamento<br>
> > > > ergativo? Se sim, quais seriam essas línguas.<br>
> > > > > No caso do Canela, a partir do comportamento sintático exibido<br>
> > > > pela língua, não há outra alternativa a não ser<br>
> > > > > considerar as construções ergativas sincronicamente como<br>
> > > > orações principais.<br>
> > > > > Ainda sobre os estudos em sintaxe diacrônica do Jê Setentrional,<br>
> > > > te passo mais essa referência de um trabalho que<br>
> > > > > orientei, defendido na Unicamp em 2008 (qualificação de área):<br>
> > > > > ANDRADE, Aroldo Leal de. Percursos de gramaticalizaçã<wbr>o da<br>
> > > > ergatividade em línguas Jê setentrionais. In: BRAGGIO, S.<br>
> > > > > L. B.; SOUSA FILHO, S. M.. (Org.). Línguas e Culturas Macro- <br>
> > Jê. 1<br>
> > > > ed. Goiânia: Gráfica e Editora Vieira, 2009, v. 1, p.<br>
> > > > > 43-68.<br>
> > > > > Fico no aguardo.<br>
> > > > > Com um abraço,<br>
> > > > > Flávia<br>
> > > > ><br>
> > > > ><br>
> > > > ><br>
> > > > > On Sáb 13/03/10 03:08 , "Eduardo Rivail Ribeiro" kariri@ sent:<br>
> > > > > > Cara Maísa,<br>
> > > > > > A mensagem da Flávia me fez lembrar de uma outra possível<br>
> > > > > > sugestão de leitura -- um pequeno texto que escrevi em 2003<br>
> > > > > > sugerindo uma hipótese sobre a origem da "ergatividade" em<br>
> > > > línguas<br>
> > > > > > Jê Setentrionais:<br>
> > > > > > <a href="http://www.wado.us/paper:ergatividade">http://www.wado.<wbr>us/paper:<wbr>ergatividade</a><br>
> > > > > > Já me intrigava então o fato de que as análises que eu havia<br>
> > > > > > visto sobre a chamada ergatividade nestas línguas pareciam<br>
> > > > ignorar<br>
> > > > > > um fato evidente: que tal alinhamento era, simplesmente, uma<br>
> > > > > > conseqüência do caráter nominal das construções envolvidas --<br>
> > > > > > já que as mesmas envolvem as chamadas "formas longas" dos  <br>
> > verbos,<br>
> > > > > > que são, afinal, nomes.<br>
> > > > > > Assim, a situação em Jê Setentrional seria idêntica, em<br>
> > > > > > princípio, ao que se vê no latim e no inglês (cuja<br>
> > > > > > nominalizações também seguem um padrão absolutivo), como<br>
> > > > > > descritos, respectivamente, em dois textos clássicos: o artigo<br>
> > > > sobre<br>
> > > > > > o genitivo latino, de Benveniste; e "Remarks on  <br>
> > Nominalization"<wbr>,<br>
> > > > de<br>
> > > > > > Chomsky.<br>
> > > > > > Talvez haja alguma utilidade em consultar este textinho --  <br>
> > pelo<br>
> > > > > > menos pelas referências a estes dois textos fundamentais e a  <br>
> > um<br>
> > > > > > terceiro, importante para o assunto em questão: um artigo de<br>
> > > > > > Ludoviko dos Santos propondo (pela primeira vez?) que os tais<br>
> > > > verbos<br>
> > > > > > longos seriam, de fato, formas nominais.<br>
> > > > > > Como no caso do Karajá -- em que um "split" ativo-estativo foi<br>
> > > > > > proposto com base no comportamento de descritivos, que são, na<br>
> > > > > > verdade, nomes --, este assunto demonstra a importância de se<br>
> > > > > > estabelecer bem critérios para distinguir nomes de verbos,<br>
> > > > papéis<br>
> > > > > > semânticos e gramaticais, etc., antes de se partir para a<br>
> > > > análise<br>
> > > > > > de sistemas de alinhamento. Do contrário, corre-se o risco  <br>
> > de se<br>
> > > > > > fazer "translation-<wbr>based linguistic analysis".<br>
> > > > > > Abraços,<br>
> > > > > > Eduardo<br>
> > > > > > --- Em <a href="mailto:etnolinguistica%40yahoogrupos.com.br">etnolinguistica@<wbr>yahoogrupos.<wbr>com.br</a>, Flávia de Castro  <br>
> > Alves<br>
> > > > > > escreveu<br>
> > > > > > ><br>
> > > > > > > Olá Maísa.<br>
> > > > > > > Eu tenho trabalhado com a nominalização (oracional) e sua<br>
> > > > > > relação com os sistemas de alinhamento em Canela (Jê<br>
> > > > > > > Setentrional)<wbr>, mais especificamente o alinhamento ergativo  <br>
> > e um<br>
> > > > > > outro, que tenho descrito como nominativo-<br>
> > > > > > > absolutivo (neste, houve a perda da categoria ergativo).  <br>
> > Indico<br>
> > > > > > abaixo alguns trabalhos meus sobre esse tema.<br>
> > > > > > > Havendo interesse, posso disponibilizá<wbr>-los eletronicamente.<br>
> > > > > > ><br>
> > > > > > > 1) Castro Alves, Flávia de. No Prelo. Evolution of case- <br>
> > marking<br>
> > > > > > in Timbira. International Journal of American<br>
> > > > > > > Linguistics, October, 2010. 82pp.<br>
> > > > > > ><br>
> > > > > > > 2) Gildea, Spike & Castro Alves, Flávia de. No Prelo.<br>
> > > > > > Nominative-Absoluti<wbr>ve: Counter-Universal Split Ergativity in  <br>
> > Jê<br>
> > > > > > > and Cariban. Gildea, Spike & Francesc Queixalós (eds.).<br>
> > > > > > Ergativity in Amazonia (Typological Studies in Language, 89).<br>
> > > > > > > Amsterdam: John Benjamins Publishing Company. pp. 263-318.  <br>
> > April<br>
> > > > > > 15, 2010.<br>
> > > > > > ><br>
> > > > > > > 3) Castro Alves, Flávia de. 2010 Complement clauses in  <br>
> > Canela,<br>
> > > > > > atualmente submetido à publicação.<br>
> > > > > > ><br>
> > > > > > > 4) Castro Alves, Flávia de. 2008. O papel das nominalizações<br>
> > > > na<br>
> > > > > > evolução do alinhamento ergativo nas línguas Jê:<br>
> > > > > > > dimensões funcionais e estruturais. AMERINDIA 32. pp.11-25.<br>
> > > > > > ><br>
> > > > > > > Além disso, uma dissertação de mestrado foi defendida semana<br>
> > > > > > passada no meu programa de pós-graduação (PPGL<br>
> > > > > > > / UnB). Logo logo deve estar disponível. De qualquer forma,<br>
> > > > você<br>
> > > > > > pode entrar em contato com o autor. Segue a<br>
> > > > > > > referência:<br>
> > > > > > > Título:<br>
> > > > > > > As nominalizações na sintaxe da língua Krahô (Jê)<br>
> > > > > > > Autor:<br>
> > > > > > > Maxwell Gomes Miranda<br>
> > > > > > ><br>
> > > > > > > Com um abraço,<br>
> > > > > > > Flávia<br>
> > > > > > ><br>
> > > ><br>
> > > ><br>
> > ><br>
> ><br>
> ><br>
> ><br>
><br>
<br>
</p>

    </div>
     

    <!--~-|**|PrettyHtmlStart|**|-~-->
    <div style="color: #fff; height: 0;">__._,_.___</div>

        
  
   
    <div id="ygrp-actbar" style="clear: both; margin-bottom: 10px; white-space: nowrap; color: #666; padding-top: 15px;">
      <div>
        <a href="mailto:kariri@gmail.com?subject=Re: ergatividade em línguas Jê setentrionais" style="margin-right: 0; padding-right: 0;">
           <span style="font-weight: 700;"></span></a> |
        <a href="mailto:etnolinguistica@yahoogrupos.com.br?subject=Re: ergatividade em línguas Jê setentrionais">
           <span style="font-weight: 700;">através de email</span></a> |
                  <a href="http://br.groups.yahoo.com/group/etnolinguistica/post;_ylc=X3oDMTJwdGNmZmZ1BF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzg5NzgzNTgEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTEzNDQ4BG1zZ0lkAzI0MTkEc2VjA2Z0cgRzbGsDcnBseQRzdGltZQMxMjY4NjExMzU1?act=reply&messageNum=2419">Responder <span style="font-weight: 700;">através da web</span></a> |
                <a href="http://br.groups.yahoo.com/group/etnolinguistica/post;_ylc=X3oDMTJlbWZjMm9lBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzg5NzgzNTgEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTEzNDQ4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTI2ODYxMTM1NQ--" style="font-weight: 700;">Adicionar um novo tópico</a>
      </div>

                <a href="http://br.groups.yahoo.com/group/etnolinguistica/message/2409;_ylc=X3oDMTM0ZXRrODJjBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzg5NzgzNTgEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTEzNDQ4BG1zZ0lkAzI0MTkEc2VjA2Z0cgRzbGsDdnRwYwRzdGltZQMxMjY4NjExMzU1BHRwY0lkAzI0MDk-">Mensagens neste tópico</a>
          (<span style="font-weight: 700;">6</span>)
          </div> 
<!------- Start Nav Bar ------>
<!-- |**|begin egp html banner|**| -->
<!-- |**|end egp html banner|**| -->

<!-- |**|begin egp html banner|**| -->
<div id="ygrp-vital" style="background-color: #e0ecee; font-family: Verdana; font-size: 10px; margin-bottom: 10px; padding: 10px;">
      <span id="vithd" style="font-weight: bold; color: #333; text-transform: uppercase; ">Atividade nos últimos dias:</span>

    <ul style="list-style-type: none; margin: 0; padding: 0; display: inline;">
            <li style="border-right: 1px solid #000; font-weight: 700; display: inline; padding: 0 5px; margin-left: 0;">
      <span class="cat"><a href="http://br.groups.yahoo.com/group/etnolinguistica/members;_ylc=X3oDMTJmbG8yNWVhBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzg5NzgzNTgEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTEzNDQ4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZtYnJzBHN0aW1lAzEyNjg2MTEzNTU-?o=6" style="text-decoration: none;">Novos usuários</a></span>
      <span class="ct" style="color: #ff7900;">2</span>
    </li>
                                              </ul>
    
  <div style="clear: both; padding-top: 2px; color: #1e66ae;">
    <a href="http://br.groups.yahoo.com/group/etnolinguistica;_ylc=X3oDMTJlZGRmb2o0BF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzg5NzgzNTgEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTEzNDQ4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTI2ODYxMTM1NQ--" style="text-decoration: none;">Visite seu Grupo</a>
  </div>
</div>

      <div id="ygrp-grfd" style="font-family: Verdana; font-size: 12px; padding: 15px 0;">
      
<!-- |**|begin egp html banner|**| -->

      -----------------------------------------------------------------<BR>
Nosso website reúne links para diversos recursos online,<BR>
incluindo:<BR>
<BR>
*Teses (www.etnolinguistica.org/teses)<BR>
*Periódicos (www.etnolinguistica.org/periodicos)<BR>
*Línguas indígenas na mídia (www.etnolinguistica.org/imprensa)<BR>
*Outros websites de interesse (www.etnolinguistica.org/sites)<BR>
<BR>
Para sugerir novos links ou corrigir links desatualizados, <BR>
escreva para links@etnolinguistica.org. Para informar-se sobre novos acréscimos ao website, visite <a href="http://twitter.com/etnolinguistica">http://twitter.com/etnolinguistica</a><BR>
<BR>
O uso dos recursos da lista Etnolingüística baseia-se no<BR>
reconhecimento e aceitação de suas diretrizes. Para conhecê-las,<BR>
visite www.etnolinguistica.org/normas<BR>
------------------------------------------------------------------      
<!-- |**|end egp html banner|**| -->

    </div>
  
<div id="ft" style="font-family: Arial; font-size: 11px; margin-top: 5px; padding: 0 2px 0 0; clear: both;">
  <a href="http://br.groups.yahoo.com/;_ylc=X3oDMTJkN2tqaTFoBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzg5NzgzNTgEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTEzNDQ4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxMjY4NjExMzU1" style="float: left;"><img src="http://l.yimg.com/a/i/us/yg/logo/br.gif" height="19" width="141" alt="Yahoo! Grupos" style="border: 0;"/></a>
  <div style="color: #747575; float: right;">Trocar para: <a href="mailto:etnolinguistica-traditional@yahoogrupos.com.br?subject=Mudar Formato de Envio: Tradicional" style="text-decoration: none;">Só Texto</a>, <a href="mailto:etnolinguistica-digest@yahoogrupos.com.br?subject=Envio de email: Resenha" class="margin-rt" style="text-decoration: none;">Resenha Diária</a> • <a href="mailto:etnolinguistica-unsubscribe@yahoogrupos.com.br?subject=Sair do grupo" style="text-decoration: none;">Sair do grupo</a> • <a href="http://br.yahoo.com/info/utos.html" style="text-decoration: none;">Termos de uso</a></div>
</div>

<!-- |**|end egp html banner|**| -->

  </div> <!-- ygrp-msg -->

  <!-- Sponsor -->
  <!-- |**|begin egp html banner|**| -->
  <div id="ygrp-sponsor" style="width:160px; float:right; clear:none; margin:0 0 25px 0; background: #fff;">

<!-- Start Recommendations -->
<div id="ygrp-reco">
     </div>
<!-- End Recommendations -->



  </div>   <!-- |**|end egp html banner|**| -->

  <div style="clear:both; color: #FFF; font-size:1px;">.</div>
</div>

  <img src="http://geo.yahoo.com/serv?s=97490437/grpId=8978358/grpspId=2137113448/msgId=2419/stime=1268611355/nc1=1/nc2=2/nc3=3" width="1" height="1"> <br>

<div style="color: #fff; height: 0;">__,_._,___</div>
<!--~-|**|PrettyHtmlEnd|**|-~-->

</body>

<!--~-|**|PrettyHtmlStart|**|-~-->
<head>
  <style type="text/css">
  <!--
  #ygrp-mkp {
  border: 1px solid #d8d8d8;
  font-family: Arial;
  margin: 10px 0;
  padding: 0 10px;
}

#ygrp-mkp hr {
  border: 1px solid #d8d8d8;
}

#ygrp-mkp #hd {
  color: #628c2a;
  font-size: 85%;
  font-weight: 700;
  line-height: 122%;
  margin: 10px 0;
}

#ygrp-mkp #ads {
  margin-bottom: 10px;
}

#ygrp-mkp .ad {
  padding: 0 0;
}

#ygrp-mkp .ad a {
  color: #0000ff;
  text-decoration: none;
}
  #ygrp-sponsor #ygrp-lc {
  font-family: Arial;
}

#ygrp-sponsor #ygrp-lc #hd {
  margin: 10px 0px;
  font-weight: 700;
  font-size: 78%;
  line-height: 122%;
}

#ygrp-sponsor #ygrp-lc .ad {
  margin-bottom: 10px;
  padding: 0 0;
}

  a {
    color: #1e66ae;
  }

  #actions {
    font-family: Verdana;
    font-size: 11px;
    padding: 10px 0;
  }

  #activity {
    background-color: #e0ecee;
    float: left;
    font-family: Verdana;
    font-size: 10px;
    padding: 10px;
  }

  #activity span {
    font-weight: 700;
  }

  #activity span:first-child {
    text-transform: uppercase;
  }

  #activity span a {
    color: #5085b6;
    text-decoration: none;
  }

  #activity span span {
    color: #ff7900;
  }

  #activity span .underline {
    text-decoration: underline;
  }

  .attach {
    clear: both;
    display: table;
    font-family: Arial;
    font-size: 12px;
    padding: 10px 0;
    width: 400px;
  }

  .attach div a {
    text-decoration: none;
  }

  .attach img {
    border: none;
    padding-right: 5px;
  }

  .attach label {
    display: block;
    margin-bottom: 5px;
  }

  .attach label a {
    text-decoration: none;
  }
  
  blockquote {
    margin: 0 0 0 4px;
  }

  .bold {
    font-family: Arial;
    font-size: 13px;
    font-weight: 700;
  }

  .bold a {
    text-decoration: none;
  }

  dd.last p a {
    font-family: Verdana;
    font-weight: 700;
  }

  dd.last p span {
    margin-right: 10px;
    font-family: Verdana;
    font-weight: 700;
  }

  dd.last p span.yshortcuts {
    margin-right: 0;
  }

  div.attach-table div div a {
    text-decoration: none;
  }

  div.attach-table {
    width: 400px;
  }

  div.file-title a, div.file-title a:active, div.file-title a:hover, div.file-title a:visited {
    text-decoration: none;
  }

  div.photo-title a, div.photo-title a:active, div.photo-title a:hover, div.photo-title a:visited {
    text-decoration: none;
  }

  div#ygrp-mlmsg #ygrp-msg p a span.yshortcuts {
    font-family: Verdana;
    font-size: 10px;
    font-weight: normal;
  }

  .green {
    color: #628c2a;
  }

  .MsoNormal {
    margin: 0 0 0 0;
  }

  o {
    font-size: 0;
  }

  #photos div {
    float: left;
    width: 72px;
  }

  #photos div div {
    border: 1px solid #666666;
    height: 62px;
    overflow: hidden;
    width: 62px;
  }

  #photos div label {
    color: #666666;
    font-size: 10px;
    overflow: hidden;
    text-align: center;
    white-space: nowrap;
    width: 64px;
  }

  #reco-category {
    font-size: 77%;
  }

  #reco-desc {
    font-size: 77%;
  }

  .replbq {
    margin: 4px;
  }

  #ygrp-actbar div a:first-child {
   /* border-right: 0px solid #000;*/
    margin-right: 2px;
    padding-right: 5px;
  }

  #ygrp-mlmsg {
    font-size: 13px;
    font-family: Arial, helvetica,clean, sans-serif;
    *font-size: small;
    *font: x-small;
  }

  #ygrp-mlmsg table {
    font-size: inherit;
    font: 100%;
  }

  #ygrp-mlmsg select, input, textarea {
    font: 99% Arial, Helvetica, clean, sans-serif;
  }

  #ygrp-mlmsg pre, code {
    font:115% monospace;
    *font-size:100%;
  }

  #ygrp-mlmsg * {
    line-height: 1.22em;
  }

  #ygrp-mlmsg #logo {
    padding-bottom: 10px;
  }

  #ygrp-mlmsg a {
    color: #1E66AE;
  }

  #ygrp-msg p a {
    font-family: Verdana;
  }

  #ygrp-msg p#attach-count span {
    color: #1E66AE;
    font-weight: 700;
  }

  #ygrp-reco #reco-head {
    color: #ff7900;
    font-weight: 700;
  }

  #ygrp-reco {
    margin-bottom: 20px;
    padding: 0px;
  }

  #ygrp-sponsor #ov li a {
    font-size: 130%;
    text-decoration: none;
  }

  #ygrp-sponsor #ov li {
    font-size: 77%;
    list-style-type: square;
    padding: 6px 0;
  } 

  #ygrp-sponsor #ov ul {
    margin: 0;
    padding: 0 0 0 8px;
  }

  #ygrp-text {
    font-family: Georgia;
  }

  #ygrp-text p {
    margin: 0 0 1em 0;
  }

  #ygrp-text tt {
    font-size: 120%;
  }

  #ygrp-vital ul li:last-child {
    border-right: none !important; 
  } 
  -->
  </style>
</head>

<!--~-|**|PrettyHtmlEnd|**|-~-->
</html>
<!-- end group email -->