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    <div id="ygrp-text" >
      
      
      <p>Cara Flávia,<br>
<br>
Obrigado pelas explicações e pelos textos que me enviou em particular. Tenho certeza que terei muito a aprender com eles. Talvez, no próximo Encontro Macro-Jê, eu tente apresentar algo a respeito. E seus textos certamente serão de grande valia!<br>
<br>
Abraços,<br>
<br>
Eduardo<br>
<br>
--- Em <a href="mailto:etnolinguistica%40yahoogrupos.com.br">etnolinguistica@<wbr>yahoogrupos.<wbr>com.br</a>,  Flávia de Castro Alves <pahno@...> escreveu<br>
><br>
> Eduardo, mantive o seu texto pra contextualizar minhas respostas.<br>
> <br>
> Eduardo:<br>
> > Minha opinião é que ergatividade em Jê Setentrional "is in the<br>
> > eyes of the beholder." Alinhamento é, como você sabe, uma questão<br>
> > de mais ou menos, não de tudo ou nada (todas as línguas que<br>
> > conheço têm pelo menos um pouquinho de ergatividade)<wbr>. E, no caso<br>
> > das línguas em questão, como eu venho dizendo, ergatividade é algo<br>
> > superficial (sem conseqüências profundas em outras áreas da<br>
> > gramática da língua) e epifenomenal (sendo efeito colateral da<br>
> > nominalização)<wbr>. Há, no mínimo, tanta ergatividade quanto haveria<br>
> > em inglês e latim. O único exemplo convincente de ergatividade<br>
> > sintática que conheço em Macro-Jê continua sendo, como eu menciono<br>
> > em meu artigo para a Encyclopedia of Language and Linguistics<br>
> > (<a href="http://www.wado.us/paper:ell2">http://www.wado.<wbr>us/paper:<wbr>ell2</a>), o Karirí.<br>
> <br>
> Flávia: gostaria que você tivesse comprovado suas considerações a respeito da ausência da ergatividade em Jê <br>
> Setentrional a partir dos dados de pelo menos uma dessas línguas. Dizer de maneira tão superficial que há tanta <br>
> ergatividade nessas línguas quanto há em inglês e latim é, em palavras bem simpáticas, muito perigoso. Mesmo <br>
> porque sabe-se que nessas línguas há diferente produtividade e diversos 'graus' de ergatividade e, colocar todas elas <br>
> dentro de uma mesma generalização (de que todas construções ergativas são, na verdade, nominalizações)<wbr>, é uma <br>
> idéia bem difícil de vender.<br>
> Por outro lado, da maneira que você descreve a ergatividade em Karirí, me dei conta de que você está falando de <br>
> ergatividade sintática. De fato, as línguas Jê Setentrionais apresentam todas uma sintaxe acusativa. Até o Panará, <br>
> língua verdadeiramente ergativa morfologicamente (nesta seria bem difícil sustentar que as construções ergativas <br>
> são nominalizações, não?), também é acusativa sintaticamente.<br>
> Sabemos que línguas de sintaxe ergativa exibem necessariamente ergatividade morfológica; mas as línguas <br>
> morfologicamente ergativas não necessariamente apresentam uma sintaxe ergativa.<br>
> Mas isso não invalida o que quero mostrar aqui, tendo o Canela como representante do ramo Jê Setentrional, que <br>
> não é mais possível analisar todas as estruturas que apresentam morfologia ergativa como nominalizações.<br>
> <br>
> <br>
> Eduardo:<br>
> > Sim, eu já conhecia o artigo do Aroldo (e, inclusive, já o havia<br>
> > incluído na Bibliografia Macro-Jê:<br>
> > <a href="http://macro-je.etnolinguistica.org/item:51">http://macro-<wbr>je.etnolinguisti<wbr>ca.org/item:<wbr>51</a>). A análise dele é<br>
> > idêntica à sua? É que não tive ainda tempo de ler seu artigo do<br>
> > IJAL; e o da Ameríndia, pelo visto, ainda não está disponível<br>
> > online, está?<br>
> <br>
> Flávia: Mas não é possível acessá-lo, certo? Encontrei só a referência.  Eu pelo menos não consegui. Vou consultar o <br>
> autor sobre a possibilidade de disponibilizá<wbr>-lo eletronicamente. Me parece importante divulgá-lo.<br>
> Na análise proposta por Aroldo Andrade (2008:43): â€œConsidera-se ponto pacífico que a ergatividade nas línguas Jê se <br>
> origina em contexto de nominalização, conforme apontaram Ribeiro (2003) e Castro Alves (2004), entre outros. (...)<br>
> Apesar de reconhecer a origem nominal da ergatividade nas línguas Jê do Norte, Castro Alves (2004, 2006, entre <br>
> outros) propõe não ser mais possível analisar *todas* as estruturas que apresentam morfologia ergativa como <br>
> nominalizações. Este trabalho teve por objetivo retomar os argumentos apresentados nessa linha de pesquisa, e <br>
> acrescentar outros.†<br>
> Vale lembrar que a argumentação foi TODA construída sobre as estruturas sintáticas encontradas nos trabalhos <br>
> analisados das línguas Apinajé, Canela e Kayapó. <br>
> <br>
> Em relação aos meus artigos do IJAL e Ameríndia, pode deixar, vou enviá-los ao seu e-mail pessoal. Muita coisa foi <br>
> produzida sobre a sintaxe diacrônica dessas línguas desde a discussão que tivemos em 2004.<br>
> <br>
> <br>
> Eduardo:<br>
> > Então, o que me lembro da sua análise foi o que discutimos já há<br>
> > alguns anos, e pode ser que você tenha mudado desde então. Minha<br>
> > principal objeção, na época, era que você não admitia o caráter<br>
> > nominal dos verbos longos. Se são mesmo nomes -- como sugeria o Ludo,<br>
> > e como analisa também o Andrés --, então toda construção<br>
> > envolvendo verbos longos é (originalmente, pelo menos) nominal. E,<br>
> > se toda construção ergativa envolve um verbo longo, então a<br>
> > ergatividade é uma conseqüência do caráter nominal do "verbo",<br>
> > que, por sua vez, é uma conseqüência do fato de que os morfemas<br>
> > que o seguem -- adposições, auxiliares -- requerem uma forma<br>
> > nominal do verbo.<br>
> <br>
> Flávia: Então acho que você não entendeu direito. Eu dizia, e digo ainda hoje, que os verbos na forma â€œlonga†(isto é, <br>
> a forma não-finita), que também ocorrem em contextos de subordinação, muitas vezes ocorrem em contextos de <br>
> aparente subordinação. Em Canela, por exemplo, não há dúvidas de que muitas das construções (não exatamente <br>
> todas) que apresentam verbo não-finito foram gramaticalizadas como orações principais.  <br>
> Outra coisa importante: não é possível olhar só a forma do verbo, isoladamente, mas a construção em que ela <br>
> ocorre. Assim em Canela, o verbo forma não-finita (ou verbo forma â€œlongaâ€) pode ser encontrado tanto em <br>
> construções no alinhamento ergativo e no nominativo-absoluti<wbr>vo (isto é, ambas orações principais), como em <br>
> construções subordinadas.<br>
> <br>
> Pelo que entendo, nós dois concordamos com a origem nominal da ergatividade nas línguas Jê Setentrionais. No <br>
> entanto, discordamos uma vez que você considera a construção que contém a forma verbal não-finita ainda como <br>
> uma nominalização ergativamente organizada (S=O≠A). Eu, por outro lado, argumento em vários trabalhos â€œnão ser <br>
> mais possível analisar *todas* as estruturas que apresentam morfologia ergativa como nominalizaçõesâ€, usando aqui <br>
> novamente as palavras do Aroldo.<br>
> Enquanto você parece ter uma análise mais conservadora para essas construções, pode ser que eu leve muito a sério <br>
> o slogan que diz que 'a morfologia de hoje é a sintaxe de ontem'.<br>
> <br>
> <br>
> Eduardo:<br>
> > Há, por outro lado, aquelas construções em que o verbo não é<br>
> > seguido de nenhum "operador" (um rótulo interessante que vocês usam<br>
> > mas que, para mim, tem valor descritivo duvidoso). A suposição sua<br>
> > é, se me lembro bem, que tais construções são finitas -- e,<br>
> > portanto, não há como analisar-se o verbo nestas construções como<br>
> > sendo nominal. Se for este o caso -- e pode ser que eu tenha te<br>
> > entendido mal --, seria uma suposição equivocada quanto a<br>
> > "finitude" (finiteness)<wbr>, como se toda construção finita tivesse que<br>
> > ter um verbo -- o que não é o caso, necessariamente, nas línguas<br>
> > Macro-Jê e mesmo em línguas européias.<br>
> <br>
> Flávia: Na minha análise do Canela, o termo operador, do ponto de vista da construção da argumentação, serve <br>
> apenas para levantar o problema. Não descreve nada, só mostra que o leitor deve ficar atento a ele. Depois, na <br>
> apresentação da descrição propriamente dita, analiso tais itens como auxiliares. Vale lembrar que essas construções <br>
> não são (mais, porque historicamente foram) nominalizações ergativamente organizadas.<br>
> Por outro lado, as construções ergativamente organizadas, mas sem a ocorrência do operador, expressam o passado <br>
> recente, em Canela pelo menos. Aqui de novo, trago argumentos sintáticos (como controle e co-referência) que <br>
> mostram que tais estruturas não se configuram mais como nominalizações. A finitude nunca foi o argumento <br>
> decisivo para a minha análise.<br>
> <br>
> <br>
> Eduardo:<br>
> > ERGATIVIDADE EM PORTUGUÊS. Então, aplicando a análise de<br>
> > Benveniste ao português, teríamos, como em latim, um padrão<br>
> > absolutivo na expressão do argumento de nomes deverbais: em<br>
> > "destruição da cidade", "cidade" corresponde ao O; em "entrada de<br>
> > animais", "animais" corresponde ao S. Para exprimir o A, um argumento<br>
> > externo é necessário: "destruição da cidade pelo inimigo". Enfim,<br>
> > S=O≠A. Eba, ergatividade!<br>
> <br>
> Flávia: A produtividade dessas construções em português e em Canela nem se compara. A gente encontra uma do <br>
> português pra cada cem do Canela, possivelmente mais. É só contar na produção espontânea.<br>
> Por outro lado, pra mim pelo menos, construções como essas em português são super marcadas (S=O≠A). Em <br>
> Canela, esse é o padrão (S=O≠A) na expressão do passado recente.<br>
> Mas será que essas construções do português controlam apagamento, co-referência, reflexivo etc.??? Não, porque <br>
> são nominais. Em Canela, sim, porque foram gramaticalizadas como orações principais. <br>
> O trabalho que apresentei no encontro Macro-Jê de 2005 apresenta  e que está publicado:<br>
> CASTRO ALVES, Flávia de. 2008 . Propriedades formais do sujeito em Canela. In Telles, S.  e Paula, A. S. (Org.) . <br>
> Topicalizando Macro-Jê. Recife: Nectar.<br>
> Minha análise dos sistemas de alinhamento em Canela está subsidiado pelas propriedades de comportamento e <br>
> controle descritas nesse artigo.<br>
> <br>
> <br>
> Eduardo:<br>
> > Imaginemos, então, que um lingüista que não conheça a história<br>
> > desta construção encontre usos como:<br>
> > Proibida e entrada de menores (S)<br>
> > Permitido o consumo de leite (O)<br>
> > Proibido o consumo de álcool (O) por menores (A)<br>
> > etc.<br>
> > Será que este lingüista hipotético analisaria "entrada" e<br>
> > "consumo" nestes exemplos como formas verbais finitas? E o português<br>
> > como língua ergativa?<br>
> <br>
> Flávia: Primeira pergunta: no caso do Canela, não me lembro de ter me referido ao que eu chamo de formas não-<br>
> finitas como 'finitas', o que seria, no mínimo, contraditório. O que fiz foi me referir muitas vezes às formas não-<br>
> finitas como formas 'etimologicamente não-finitas', mas isso em contextos bastante específicos (no caso da <br>
> reconstrução sintática). Talvez outro autor tenha feito isso, mas certamente não fui eu. Mesmo porque nunca <br>
> trabalho com a forma verbal isolada, sempre dentro das construções que a contêm.<br>
> Segunda pergunta: se ele tiver só essa amostra dos dados, certamente sim. Ou se, desafortunadamente, esse <br>
> linguista, com pouquíssimo conhecimento da língua, não se preocupou em investigar a sintaxe da língua. Ele então <br>
> cometeu o pecado de fazer uma generalização tendo apenas um conhecimento superficial da língua.<br>
> <br>
> <br>
> Eduardo:<br>
> > Se puder, por favor, me envie os trabalhos que você mencionou, por<br>
> > email. Não poderei lê-los tão cedo, mas, assim que tiver mais<br>
> > tempo, gostaria de fazê-lo.<br>
> <br>
> Flávia: já estou enviando. Você precisa mesmo conhecê-los.<br>
> <br>
> <br>
> <br>
> <br>
> <br>
> <br>
> <br>
> <br>
> On Sáb 13/03/10 23:23 , "Eduardo Rivail Ribeiro" kariri@... sent:<br>
> > Olá, Flávia,<br>
> > Minha opinião é que ergatividade em Jê Setentrional "is in the<br>
> > eyes of the beholder." Alinhamento é, como você sabe, uma questão<br>
> > de mais ou menos, não de tudo ou nada (todas as línguas que<br>
> > conheço têm pelo menos um pouquinho de ergatividade)<wbr>. E, no caso<br>
> > das línguas em questão, como eu venho dizendo, ergatividade é algo<br>
> > superficial (sem conseqüências profundas em outras áreas da<br>
> > gramática da língua) e epifenomenal (sendo efeito colateral da<br>
> > nominalização)<wbr>. Há, no mínimo, tanta ergatividade quanto haveria<br>
> > em inglês e latim. O único exemplo convincente de ergatividade<br>
> > sintática que conheço em Macro-Jê continua sendo, como eu menciono<br>
> > em meu artigo para a Encyclopedia of Language and Linguistics<br>
> > (<a href="http://www.wado.us/paper:ell2">http://www.wado.<wbr>us/paper:<wbr>ell2</a>), o Karirí.<br>
> > Sim, eu já conhecia o artigo do Aroldo (e, inclusive, já o havia<br>
> > incluído na Bibliografia Macro-Jê:<br>
> > <a href="http://macro-je.etnolinguistica.org/item:51">http://macro-<wbr>je.etnolinguisti<wbr>ca.org/item:<wbr>51</a>). A análise dele é<br>
> > idêntica à sua? É que não tive ainda tempo de ler seu artigo do<br>
> > IJAL; e o da Ameríndia, pelo visto, ainda não está disponível<br>
> > online, está?<br>
> > Então, o que me lembro da sua análise foi o que discutimos já há<br>
> > alguns anos, e pode ser que você tenha mudado desde então. Minha<br>
> > principal objeção, na época, era que você não admitia o caráter<br>
> > nominal dos verbos longos. Se são mesmo nomes -- como sugeria o Ludo,<br>
> > e como analisa também o Andrés --, então toda construção<br>
> > envolvendo verbos longos é (originalmente, pelo menos) nominal. E,<br>
> > se toda construção ergativa envolve um verbo longo, então a<br>
> > ergatividade é uma conseqüência do caráter nominal do "verbo",<br>
> > que, por sua vez, é uma conseqüência do fato de que os morfemas<br>
> > que o seguem -- adposições, auxiliares -- requerem uma forma<br>
> > nominal do verbo.<br>
> > Há, por outro lado, aquelas construções em que o verbo não é<br>
> > seguido de nenhum "operador" (um rótulo interessante que vocês usam<br>
> > mas que, para mim, tem valor descritivo duvidoso). A suposição sua<br>
> > é, se me lembro bem, que tais construções são finitas -- e,<br>
> > portanto, não há como analisar-se o verbo nestas construções como<br>
> > sendo nominal. Se for este o caso -- e pode ser que eu tenha te<br>
> > entendido mal --, seria uma suposição equivocada quanto a<br>
> > "finitude" (finiteness)<wbr>, como se toda construção finita tivesse que<br>
> > ter um verbo -- o que não é o caso, necessariamente, nas línguas<br>
> > Macro-Jê e mesmo em línguas européias.<br>
> > ERGATIVIDADE EM PORTUGUÊS. Então, aplicando a análise de<br>
> > Benveniste ao português, teríamos, como em latim, um padrão<br>
> > absolutivo na expressão do argumento de nomes deverbais: em<br>
> > "destruição da cidade", "cidade" corresponde ao O; em "entrada de<br>
> > animais", "animais" corresponde ao S. Para exprimir o A, um argumento<br>
> > externo é necessário: "destruição da cidade pelo inimigo". Enfim,<br>
> > S=O≠A. Eba, ergatividade!<br>
> > Imaginemos, então, que um lingüista que não conheça a história<br>
> > desta construção encontre usos como:<br>
> > Proibida e entrada de menores (S)<br>
> > Permitido o consumo de leite (O)<br>
> > Proibido o consumo de álcool (O) por menores (A)<br>
> > etc.<br>
> > Será que este lingüista hipotético analisaria "entrada" e<br>
> > "consumo" nestes exemplos como formas verbais finitas? E o português<br>
> > como língua ergativa?<br>
> > Se puder, por favor, me envie os trabalhos que você mencionou, por<br>
> > email. Não poderei lê-los tão cedo, mas, assim que tiver mais<br>
> > tempo, gostaria de fazê-lo.<br>
> > Abraços,<br>
> > Eduardo<br>
> > --- Em <a href="mailto:etnolinguistica%40yahoogrupos.com.br">etnolinguistica@<wbr>yahoogrupos.<wbr>com.br</a>,  Flávia de Castro Alves <br>
> > escreveu<br>
> > ><br>
> > > Olá Eduardo.<br>
> > > Aproveito para te perguntar uma dúvida que tenho sobre sua<br>
> > opinião a respeito do alinhamento ergativo nas línguas <br>
> > > Jê Setentrionais: pelo que foi dito na sua última mensagem sobre<br>
> > a â€œchamada ergatividade nestas línguas†(palavras <br>
> > > suas), você considera que, sincronicamente, não há alinhamento<br>
> > ergativo? Se sim, quais seriam essas línguas.<br>
> > > No caso do Canela, a partir do comportamento sintático exibido<br>
> > pela língua, não há outra alternativa a não ser <br>
> > > considerar as construções ergativas sincronicamente como<br>
> > orações principais.<br>
> > > Ainda sobre os estudos em sintaxe diacrônica do Jê Setentrional,<br>
> > te passo mais essa referência de um trabalho que <br>
> > > orientei, defendido na Unicamp em 2008 (qualificação de área):<br>
> > > ANDRADE, Aroldo Leal de. Percursos de gramaticalizaçã<wbr>o da<br>
> > ergatividade em línguas Jê setentrionais. In: BRAGGIO, S. <br>
> > > L. B.; SOUSA FILHO, S. M.. (Org.). Línguas e Culturas Macro-Jê.<br>
> > 1 ed. Goiânia: Gráfica e Editora Vieira, 2009, v. 1, p. <br>
> > > 43-68. <br>
> > > Fico no aguardo.<br>
> > > Com um abraço,<br>
> > > Flávia<br>
> > > <br>
> > > <br>
> > > <br>
> > > On Sáb 13/03/10 03:08 , "Eduardo Rivail Ribeiro" kariri@ sent:<br>
> > > > Cara Maísa,<br>
> > > > A mensagem da Flávia me fez lembrar de uma outra possível<br>
> > > > sugestão de leitura -- um pequeno texto que escrevi em 2003<br>
> > > > sugerindo uma hipótese sobre a origem da "ergatividade" em<br>
> > línguas<br>
> > > > Jê Setentrionais:<br>
> > > > <a href="http://www.wado.us/paper:ergatividade">http://www.wado.<wbr>us/paper:<wbr>ergatividade</a><br>
> > > > Já me intrigava então o fato de que as análises que eu havia<br>
> > > > visto sobre a chamada ergatividade nestas línguas pareciam<br>
> > ignorar<br>
> > > > um fato evidente: que tal alinhamento era, simplesmente, uma<br>
> > > > conseqüência do caráter nominal das construções envolvidas<br>
> > --<br>
> > > > já que as mesmas envolvem as chamadas "formas longas" dos<br>
> > verbos,<br>
> > > > que são, afinal, nomes.<br>
> > > > Assim, a situação em Jê Setentrional seria idêntica, em<br>
> > > > princípio, ao que se vê no latim e no inglês (cuja<br>
> > > > nominalizações também seguem um padrão absolutivo), como<br>
> > > > descritos, respectivamente, em dois textos clássicos: o artigo<br>
> > sobre<br>
> > > > o genitivo latino, de Benveniste; e "Remarks on Nominalization"<wbr>,<br>
> > de<br>
> > > > Chomsky.<br>
> > > > Talvez haja alguma utilidade em consultar este textinho -- pelo<br>
> > > > menos pelas referências a estes dois textos fundamentais e a um<br>
> > > > terceiro, importante para o assunto em questão: um artigo de<br>
> > > > Ludoviko dos Santos propondo (pela primeira vez?) que os tais<br>
> > verbos<br>
> > > > longos seriam, de fato, formas nominais.<br>
> > > > Como no caso do Karajá -- em que um "split" ativo-estativo foi<br>
> > > > proposto com base no comportamento de descritivos, que são, na<br>
> > > > verdade, nomes --, este assunto demonstra a importância de se<br>
> > > > estabelecer bem critérios para distinguir nomes de verbos,<br>
> > papéis<br>
> > > > semânticos e gramaticais, etc., antes de se partir para a<br>
> > análise<br>
> > > > de sistemas de alinhamento. Do contrário, corre-se o risco de<br>
> > se<br>
> > > > fazer "translation-<wbr>based linguistic analysis".<br>
> > > > Abraços,<br>
> > > > Eduardo<br>
> > > > --- Em <a href="mailto:etnolinguistica%40yahoogrupos.com.br">etnolinguistica@<wbr>yahoogrupos.<wbr>com.br</a>,  Flávia de Castro<br>
> > Alves <br>
> > > > escreveu<br>
> > > > ><br>
> > > > > Olá Maísa.<br>
> > > > > Eu tenho trabalhado com a nominalização (oracional) e sua<br>
> > > > relação com os sistemas de alinhamento em Canela (Jê <br>
> > > > > Setentrional)<wbr>, mais especificamente o alinhamento ergativo e<br>
> > um<br>
> > > > outro, que tenho descrito como nominativo-<br>
> > > > > absolutivo (neste, houve a perda da categoria ergativo).<br>
> > Indico<br>
> > > > abaixo alguns trabalhos meus sobre esse tema. <br>
> > > > > Havendo interesse, posso disponibilizá<wbr>-los eletronicamente.<br>
> > > > > <br>
> > > > > 1) Castro Alves, Flávia de. No Prelo. Evolution of<br>
> > case-marking<br>
> > > > in Timbira. International Journal of American <br>
> > > > > Linguistics, October, 2010. 82pp.<br>
> > > > > <br>
> > > > > 2) Gildea, Spike & Castro Alves, Flávia de. No Prelo.<br>
> > > > Nominative-Absoluti<wbr>ve: Counter-Universal Split Ergativity in Jê<br>
> > <br>
> > > > > and Cariban. Gildea, Spike & Francesc Queixalós (eds.).<br>
> > > > Ergativity in Amazonia (Typological Studies in Language, 89). <br>
> > > > > Amsterdam: John Benjamins Publishing Company. pp. 263-318.<br>
> > April<br>
> > > > 15, 2010.<br>
> > > > > <br>
> > > > > 3) Castro Alves, Flávia de. 2010 Complement clauses in<br>
> > Canela,<br>
> > > > atualmente submetido à publicação.<br>
> > > > > <br>
> > > > > 4) Castro Alves, Flávia de. 2008. O papel das<br>
> > nominalizações na<br>
> > > > evolução do alinhamento ergativo nas línguas Jê: <br>
> > > > > dimensões funcionais e estruturais. AMERINDIA 32. pp.11-25.<br>
> > > > > <br>
> > > > > Além disso, uma dissertação de mestrado foi defendida<br>
> > semana<br>
> > > > passada no meu programa de pós-graduação (PPGL <br>
> > > > > / UnB). Logo logo deve estar disponível. De qualquer forma,<br>
> > você<br>
> > > > pode entrar em contato com o autor. Segue a <br>
> > > > > referência:<br>
> > > > > Título:<br>
> > > > > As nominalizações na sintaxe da língua Krahô (Jê)<br>
> > > > > Autor:<br>
> > > > > Maxwell Gomes Miranda<br>
> > > > > <br>
> > > > > Com um abraço,<br>
> > > > > Flávia<br>
> > > > > <br>
> >           <br>
> > ------------<wbr>---------<wbr>----<br>
> > E-mail verificado pelo Terra Anti-Spam.<br>
> > Para classificar esta mensagem como spam ou não spam, clique<br>
> > aqui.<br>
> > Verifique periodicamente a pasta Spam para garantir que apenas<br>
> > mensagens<br>
> > indesejadas sejam classificadas como Spam. <br>
> > ------------<wbr>---------<wbr>----<br>
> > Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra.<br>
> > Atualizado em 14/03/2010<br>
> > <br>
> ><br>
><br>
<br>
</p>

    </div>
     

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      <div>
        <a href="mailto:kariri@gmail.com?subject=Re: ergatividade em línguas Jê setentrionais" style="margin-right: 0; padding-right: 0;">
           <span style="font-weight: 700;"></span></a> |
        <a href="mailto:etnolinguistica@yahoogrupos.com.br?subject=Re: ergatividade em línguas Jê setentrionais">
           <span style="font-weight: 700;">através de email</span></a> |
                  <a href="http://br.groups.yahoo.com/group/etnolinguistica/post;_ylc=X3oDMTJwajQ4dWVkBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzg5NzgzNTgEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTEzNDQ4BG1zZ0lkAzI0MjAEc2VjA2Z0cgRzbGsDcnBseQRzdGltZQMxMjY4NjExNTk1?act=reply&messageNum=2420">Responder <span style="font-weight: 700;">através da web</span></a> |
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      </div>

                <a href="http://br.groups.yahoo.com/group/etnolinguistica/message/2417;_ylc=X3oDMTM0Z2lmaWNzBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzg5NzgzNTgEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTEzNDQ4BG1zZ0lkAzI0MjAEc2VjA2Z0cgRzbGsDdnRwYwRzdGltZQMxMjY4NjExNTk1BHRwY0lkAzI0MTc-">Mensagens neste tópico</a>
          (<span style="font-weight: 700;">2</span>)
          </div> 
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      <span id="vithd" style="font-weight: bold; color: #333; text-transform: uppercase; ">Atividade nos últimos dias:</span>

    <ul style="list-style-type: none; margin: 0; padding: 0; display: inline;">
            <li style="border-right: 1px solid #000; font-weight: 700; display: inline; padding: 0 5px; margin-left: 0;">
      <span class="cat"><a href="http://br.groups.yahoo.com/group/etnolinguistica/members;_ylc=X3oDMTJmaGEwNm1vBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzg5NzgzNTgEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTEzNDQ4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZtYnJzBHN0aW1lAzEyNjg2MTE1OTU-?o=6" style="text-decoration: none;">Novos usuários</a></span>
      <span class="ct" style="color: #ff7900;">2</span>
    </li>
                                              </ul>
    
  <div style="clear: both; padding-top: 2px; color: #1e66ae;">
    <a href="http://br.groups.yahoo.com/group/etnolinguistica;_ylc=X3oDMTJldTB0dHFxBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzg5NzgzNTgEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTEzNDQ4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTI2ODYxMTU5NQ--" style="text-decoration: none;">Visite seu Grupo</a>
  </div>
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