Era a culpada, responsável, duma responsabilidade.

[Rui Marques]

Charcos, nuvens, praias, cruzamentos de estradas, todos os lugares por onde tínhamos passado, eram lugares para pedir desculpa por viver, pontos cardeais que indicavam rotas para sucumbir, abalando, desaparecendo, na fita distância sem fim. Uma culpa repelente, a culpa maior que nós, sórdida como um suicídio lento, e no entanto, condescendendo comigo mesma, eu continuava a existir. (...)
O vale da Paixão,  Lisboa, 1998, p.170.
“ como se fosse a asa duma ave a bater num lugar remoto do corpo, acima da cintura.
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