[etnolinguistica] Curso Superior Indigena
Jean Paraiso Alves
jeanalves at MEC.GOV.BR
Fri Aug 8 17:42:19 UTC 2003
Notícias - Agosto/2003 - SESU (www.mec.gov.br)
Professores indígenas estão fazendo curso superior
07/08/2003 16:33
Professores das etnias Terena e Kadivéu, de cinco municípios do Mato Grosso do Sul, participam da segunda experiência brasileira na graduação de professores indígenas. O primeiro curso de graduação está sendo realizado na Universidade Estadual de Mato Grosso (unemat). Os Terena e Kadivéu fazem o curso Normal Superior oferecido pela Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (Uems), em Aquidauana, dirigido exclusivamente a professores indígenas do estado. São 29 alunos Terena e um Kadivéu.
Criado por iniciativa dos Terena que habitam os municípios de Miranda, Bodoquena, Aquidauana, Niuaque e Sidrolândia, com a participação de especialistas e da Uems, o curso é oferecido duas vezes por mês às sextas-feiras e sábados. As aulas são no Centro Educacional Rural, em Aquidauana, onde funciona uma unidade da Uems. O curso começou em março de 2001 e se estenderá até dezembro de 2004.
De acordo com Celinho Belizário, professor Terena que faz o curso Normal Superior na Uems, cada disciplina é estudada durante três encontros, o que dá seis dias de aula, mais trabalhos e pesquisas que os alunos fazem nos intervalos. Mas a principal dificuldade da turma que faz o Curso Normal Superior da Uems está no currículo, onde constam matérias como Introdução à Informática na Educação, Fundamentos Metodológicos da Língua Portuguesa, Organização Pedagógica e Administrativa - temas que estão fora do universo cultural e cotidiano dos professores indígenas que trabalham nas aldeias.
Diferente da experiência com Educação Superior Indígena em execução na Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), onde desistiram apenas dois alunos entre os 200 selecionados no vestibular, na Uems, dos 50 que passaram no vestibular em 2001, apenas 30 continuam no curso. De acordo com Maria de Lurdes Kaiuá, representante do Mato Grosso do Sul na Comissão Nacional de Professores Indígenas, do MEC, parte das desistências dos alunos Terena tem sua causa no currículo oferecido pela universidade. É um currículo, explica, de um curso convencional de graduação, que tem pouco a ver com a formação escolar indígena preconizada pelas etnias brasileiras.
Licenciatura - Para Celinho Belizário, hoje, a maior demanda das escolas indígenas no Mato Grosso do Sul é por cursos de licenciatura. Só com essa formação, explica, é que os professores indígenas poderão assumir inteiramente a condução das escolas nas aldeias. Ele, por exemplo, trabalha na Escola Municipal Pólo Coronel Nicolau Horta Barbosa, em Miranda, onde lecionam 23 professores indígenas e 10 brancos. Os brancos, diz, estão nas salas de aula porque os professores indígenas não têm a habilitação necessária para assumir todas as tarefas.
Repórter: Ionice Lorenzoni
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