[etnolinguistica] Imprensa: 'Luzia' mexicana agita ocupação da América

Christiane de Oliveira oxumcominhasan at YAHOO.COM
Thu Sep 16 12:30:00 UTC 2004


Só um comentário a respeito da objeção do Prof. Wilmar D´Angelis ao uso do verbo "descobrir" naquela afirmação feita no artigo da Folha:

Quando se fala sobre a "aparência" entre os espécimens, o critério utilizado são as comparações entre as estruturas das respectivas caixas cranianas, o que, de fato, indica concretamente se o espécimen é de origem mongolóide, ou caucasiana, ou africana, etc.  Naturalmente que a aparência do rosto do indivíduo a quem pertenceu a caixa craniana em questão só pode ser obtida através de uma projeção, feita a partir das particularidades daquele crânio, especificamente;  mas não é a aparência do rosto o instrumento utilizado para se decidir se dois espécimens são ou não semelhantes.  O que se utiliza são as propriedades estruturais do crânio propriamente dito.  Portanto, não está incorreto o uso da palavra "descobrir", neste caso.

Christiane

"Wilmar R. D'Angelis" <dangelis at unicamp.br> wrote:
Um problema de todas as reportagens e divulgações que se tem feito dessa questão e correlatas são afirmações como a da matéria abaixo transcrita, quando diz coisas como:  "descobriram que eles não tinham nada das feições mongolóides(asiáticas) dos índios americanos." O problema está no verbo "descobrir". O correto é: hipotetizaram,
sugeriram nova interpretação, etc. Não há infalibilidade no método (o provável, aliás, pode ser o contrário: a tendência é que haja). Desconfio que Luiza "revista" tem mais servido para promoção do que para ciência.

Wilmar

		
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