[etnolinguistica] Exposição: 'Arte e Cultura Karajá' (Goiânia, 18 a 20 de abril)

[Setor de Etnolingüística/MA]

Arte e Cultura Karajá na Semana do Índio em Goiânia

Nos dias 18, 19 e 20 de abril o Complexo Cultural Chafariz e a Assembléia Legislativa de Goiás recebem a Exposição “Arte e Cultura Karajá”. A exposição contará com a presença de um grupo de índios Karajá que vão expor e vender artesanato, narrar mitos, confeccionar cerâmica, desenhar, fazer pintura corporal; enfim, interagir com o público, oportunizando momentos de interculturalidade entre os Karajá e a população goianiense.

O evento é gratuito, aberto a toda a comunidade e acontece durante os três dias no Chafariz (Praça Universitária) das 8 às 18 horas e na Assembléia Legislativa (Alameda dos Buritis) das 14 às 18 horas. No caso de escolas, o agendamento de turmas de alunos deve ser feito anteriormente através do telefone da FUNAI 545-9157 (c/ Rosângela). A exposição conta com o apoio da FUNAI, da Faculdade de Letras/UFG, do Museu Antropológico/UFG, da Secretaria Municipal de Cultura e da Assembléia Legislativa de Goiás.

A atividade faz parte das ações do Projeto de Educação e Cultura Indígena Maurehi, que se desenvolve na aldeia de Buridina, no município de Aruanã, Goiás, desde 1994, sob Coordenação da profª Maria do Socorro Pimentel da Silva (Faculdade de Letras/UFG e Museu Antropológico/UFG). Esse trabalho é resultado de um esforço interinstitucional, envolvendo a Universidade Federal de Goiás, a Fundação Nacional do Índio e a Secretaria de Estado da Educação de Goiás.

Ações e resultados do Projeto Maurehi

As discussões iniciais sobre um trabalho de fortalecimento da língua e cultura Karajá em Buridina foram solicitadas pelo cacique Maurehi em 1993. A primeira grande ação do Projeto de Educação e Cultura Indígena Maurehi foi a participação dos indígenas de Buridina no Hetohokÿ, ritual de iniciação masculina, em Santa Isabel do Morro, aldeia Karajá localizada na Ilha do Bananal, no Estado do Tocantins.

A convivência dos Karajá de Buridina com os de Santa Isabel do Morro foi de importância capital na implantação do projeto. Despertou nos jovens orgulho pela sua cultura e pela sua língua. Eles viveram momentos culturais muito importantes de uso da língua Karajá. Muitos, praticamente a maioria, nunca tinham participado de um ritual, nem mesmo tinham-no visto. O uso da língua materna, em todos os momentos de interação, de informação e de transmissão de conhecimento, foi outro fator observado por eles.

No retorno para casa, estavam todos felizes, motivados e dispostos a colocar em prática o plano de reavivamento cultural e lingüístico almejado pela comunidade. Trabalho que têm contado com apoio de especialistas Karajá de todas as aldeias, como, por exemplo, dos narradores de mitos, dos cantores, pintores, artesãos. Essa troca de conhecimento fortalece o povo Karajá na sua luta por uma educação específica e diferenciada, pelo desenvolvimento de seus projetos econômicos e pela adoção de uma política de vitalização de sua língua e cultura maternas. Nessa perspectiva é que foram pensadas as ações da Exposição “Arte e Cultura Karajá” em Goiânia nos próximos dias 18, 19 e 20.

CONTATOS COM A COMISSÃO ORGANIZADORA:
Profª Maria do Socorro (Coordenadora)
521-1406 (Fac. de Letras/UFG) / 9616-1593 (celular)
Mazé Alves (Assembléia Legislativa)
221-3290
Marisa Damas / Maria Joana Cruvinel (Museu Antropológico)
209-6010

[Fonte: http://museu.ufg.br/noticias.htm]


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Setor de Etnolingüística, Museu Antropológico
Universidade Federal de Goiás
Avenida Universitária, 1166, Setor Universitário
74605-010 Goiânia, Goiás, BRASIL





		
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