Rede de Culturas Populares
Marcelo Manzatti
marcelo.manzatti at TERRA.COM.BR
Wed Nov 8 19:56:16 UTC 2006
Caros colegas listeiros, sabendo do interesse de vocês pelas culturas populares reforço o convite para participarem da maior lista de imeios da internet sobre o assunto, a Rede de Culturas Populares. Criada no âmbito do II Seminário Nacional de Políticas Públicas para as Culturas Populares, com pouco mais de 2 meses de existência, já congrega cerca de 1100 membros de todo o Brasil e do exterior envolvidos com a questão.
Para aderir, basta enviar uma mensagem para:
culturaspopularesBR-subscribe at yahoogrupos.com.br
Um abraço,
Marcelo Manzatti
Moderador
REDE DAS CULTURAS POPULARES
Nós, membros das 27 delegações estaduais presentes ao II Seminário Nacional de Políticas Públicas para as Culturas Populares e ao I Encontro Sul-Americano de Culturas Populares 2006, baseados nas diretrizes priorizadas pelos participantes do I Seminário Nacional, realizado em 2005, vimos a público, lançar as bases para a constituição da Rede das Culturas Populares.
Nossa rede é uma comunidade sem hierarquias e sem chefes e, como tal, pressupõe identidades e padrões a serem acordados permanentemente pelo coletivo. É a própria rede que vai gerar os padrões a partir dos quais os envolvidos deverão conviver. O que unirá os diferentes membros da rede é o conjunto de valores e objetivos que eles estabelecerão em comum acordo, interconectando ações e projetos. A rede só existirá quando em movimento.
O alicerce da rede será a vontade de seus membros. A colaboração entre os integrantes deve ser uma premissa do trabalho. Na rede, a informação circulará livremente, emitida de pontos diversos, sendo encaminhada de maneira não linear a outros pontos, que também serão emissores de informação. O importante nesses fluxos será a realimentação do sistema: retorno, consideração e legitimidade das fontes serão essenciais para a participação colaborativa e até mesmo para avaliação dos resultados alcançados.
A rede não tem um único centro. Cada ponto da rede em atividade constitui-se como um centro que se articula com os demais, sustentando-a.
A rede não concorre com a estrutura das entidades já existentes e se propõe a interagir e dialogar com elas, além de fortalecê-las.
Nossa rede também se articulará com as inúmeras redes já existentes.
As redes são formas extremamente poderosas de organização social no mundo contemporâneo. Vivemos em contato profundo com nossas raízes, mas atuantes no presente e com olhos também voltados para um futuro melhor.
De início, propomos a sua estruturação com a definição dos facilitadores que iniciarão o processo de articulação dos pontos da rede através do endereço eletrônico:
culturaspopularesBR at yahoogrupos.com.br
Os objetivos:
· Criar um espaço permanente de reflexão, debate e proposição de políticas públicas, que integre os diferentes grupos, comunidades, movimentos culturais e sociais, fóruns de economia solidária, entidades e outros integrantes do universo das culturas populares, de forma independente e auto-gerida;
· Intensificar a mobilização, a comunicação e a troca de experiências entre os membros e fazer circular informações referentes às nossas lutas e demandas;
· Atualizar permanentemente a agenda de eventos realizados nas mais diversas regiões do país e a circulação de produtos e serviços gerados pelos artistas populares e os demais trabalhadores do setor;
· Capacitar os membros para o processo de atuação em rede, facilitação e acesso aos recursos tecnológicos necessários;
· Estimular a capacitação pelas entidades locais e regionais dos mestres, lideranças comunitárias e espirituais para a elaboração e gestão de projetos, facilitando o acesso direto aos recursos públicos destinados às culturas populares;
· Criar os mais diversos grupos de trabalho, virtuais e/ou presenciais que potencializem as ações de interesse dos membros da rede, dentre outras.
Projetamos seu crescimento em dois grandes eixos:
· Eixo geográfico:
Respeitando as características próprias das localidades, comunidades, municípios e regiões culturais do país e as possibilidades de presença física de seus participantes em reuniões periódicas.
A Rede estabelecerá seus nós a partir das estruturas já constituídas dos Fóruns estaduais de Cultura Popular, das Comissões Estaduais de Folclore, dos Fóruns de Economia Solidária, dos Movimentos Culturais e Sociais, da Rede dos Pontos de Cultura e de outras redes pré-existentes. A partir daí, novos nós serão estabelecidos pelo trabalho e pelas estratégias definidas localmente e regionalmente pelos membros e facilitadores regionais e locais;
· Eixo das expressões culturais:
Este eixo articulará os agentes a partir de suas afinidades estéticas, políticas, ritualísticas e étnicas - foliões de reis com foliões de reis, artesãos com artesãos, congadeiros com congadeiros, repentistas com repentistas e, assim por diante.
A rede poderá caminhar para a construção de uma estrutura mínima de facilitação, que será melhor discutida e amadurecida através do debate entre seus membros, mas que já deve, de saída, incorporar os mestres populares e articuladores indígenas:
Os desafios
· Superar a falta de oportunidade de uma vivência democrática e participativa em processos de decisão;
· A necessidade de formação continuada dos agentes envolvidos para interação em rede;
· Facilitar o acesso aos meios de comunicação (internet, televisão, rádio, rádio comunitárias, videoconferências e outras mídias acessadas por diferentes comunidades), promovendo a inclusão digital.
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