UNICEF E GOVERNO REALIZAM OFICINAS COM ÍNDIO S GAVIÃO

Marilia Ferreira ferreiramarilia at YAHOO.COM.BR
Wed Jun 20 11:05:33 UTC 2007


 UNICEF E GOVERNO REALIZAM OFICINAS COM ÍNDIOS GAVIÃO
 Serão desenvolvidos materiais bilíngües, de forma participativa, para      prevenção do HIV/Aids
 
    Os  476  índios  Gavião  Parkateyé  que vivem no território indígena Mãe
    Maria,  localizado  no  município  de  Bom Jesus do Tocantins (PA) fazem
    parte  do  que  é  chamado  pela  Fundação Nacional de Saúde (Funasa) de
    Distrito  Sanitário  Guamá-Tocantins (DSEI Guatoc). Neste distrito vivem
    6.525  índios  em 51 aldeias de 29 etnias e destes, 3.799 são crianças e
    adolescentes  de  0  a 19 anos. Mas o grupo Gavião será o primeiro a ser
    beneficiado  por  uma  ação  envolvendo  Fundo  das Nações Unidas para a
    Infância   (UNICEF),  Museu  Paraense  Emilio  Goeldi  (MPEG),  Fundação
    Nacional   de  Saúde  (Funasa)  e  lideranças  indígenas,  voltado  para
    construção de estratégias de prevenção às DST, HIV/Aids.
 
 
    A  escolha  deste  grupo aconteceu a partir de uma ação, desenvolvida em
    2006,  de  distribuição  de  filtros  a  várias  etnias  do DSEI Guatoc.
    Identificou-se  um  alto  índice  de  mortalidade  infantil  por doenças
    relacionadas  à  veiculação hídrica, levando o UNICEF, em parceria com a
    Funasa,   a  destruírem  800  filtros  com  hipoclorito  a  90  aldeias,
    beneficiando 4.730 pessoas.
 
 
    Oficinas  participativas,  propostas  pelo  UNICEF, serão realizadas com
    agentes   de   saúde  indígenas,  lideranças  e  mulheres  indígenas,  a
    professora  da  aldeia  e  técnicos  da  Funasa  do  Pólo  Marabá,  para
    construção  de  uma  proposta  metodológica e material didático bilíngüe
    produzidos  pelos próprios índios. Estas oficinas estarão acontecendo em
    agosto  e  setembro  deste  ano. Também vão participar como observadores
    lideranças  das  associações  indígenas Xikrim, na qual há representação
    dos Gavião.
 
 
    Para  produzir  os  subsídios  adequados  para  o desenvolvimento destas
    oficinas,  o Museu Emílio Goeldi, por meio do antropólogo Antônio Maria,
    estará  estudando,  a  partir desta semana, a dinâmica social dos índios
    Gavião,   onde   identificará   as  vulnerabilidades  da  comunidade  às
    DST/HIV/Aids.  O  objetivo  central  da  participação  do  antropólogo é
    garantir  que  o  material  produzido  faça sentido para os índios e sua
    realidade.
 
 
    Entre os dias 12 e 30 de agosto acontece o curso de formação dos agentes
    indígenas   de  saúde  do  DSEI  Guatoc,  como  a  primeira  etapa  para
    compreensão  e  discussão  das  dinâmicas sociais dos índios Gavião. Uma
    questão  importante  identificada, por exemplo, no trabalho de prevenção
    da  DST é que é preciso dar enorme ênfase a uma ação educativa junto aos
    homens das aldeias, pois são eles que saem para as cidades.E a partir da
    primeira  semana  de  setembro se realiza a oficina para a elaboração do
    material  educativo bilíngüe, com 30 horas de duração. Vão participar do
    processo  agentes  indígenas  de saúde e suas lideranças de três aldeias
    Gavião: Parkatejê, Kwykatejê e Akrantikatejê.
 
 
    Será  a  partir  desta experiência que o UNICEF e seus parceiros esperam
    consolidar  uma  sistemática que possibilite aos índios trabalhar melhor
    os  conteúdos  de  saúde,  segundo a visão de cada povo e suas tradições
    culturais.
 
 
 Ida Pietricovsky Oliveira
 Oficial de Comunicação
 Escritório Zonal de Belém
 UNICEF Brasil
 
 Telefone:     91 3073 5700
 Fax:            91 3073 5709
 E-Mail:         ipoliveira at unicef.org
 Web:           www.unicef.org/brazil

Profa. Dra. Marília Ferreira
Universidade Federal do Pará
       
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