a l íngua assoviada dos bororo

Antonio Marcos Pereira antoniomarcospereira at GMAIL.COM
Fri Sep 17 18:10:32 UTC 2010


Tem razão, Geraldo: Everett comenta uma tal de "hum speeech" Pirahã e logo
na sequencia fala tb de uma "whistle speech". Isso era a única coisa que eu
saberia dizer a respeito da pergunta do Rafael.

Agora, difícil pensar em alguém mais persona non grata no MIT que Everett,
hein? Só se a disputa for com o pessoal da semântica gerativa. :-)

Sorte em seu trabalho, Rafael - lamento não poder contribuir mais.

Antonio

Em 17 de setembro de 2010 09:12, Geraldo Faria
<faria_geraldo at hotmail.com>escreveu:

>
>
> Rafael Nonato,
>
> Daniel Everett também relata fato idêntico entre os Pirahã. Ele fez PosDoc
> aí no MIT, se não me engano, e você ler um pouco mais nas publicações dele,
> ou no livro *Don't Sleep, there are snakes *2008 (páginas 185-6, 189)*, *ou
> até mesmo entrando em contato com ele.
>
> Sem mais,
> Geraldo
>
>
> ------------------------------
> To: etnolinguistica at yahoogrupos.com.br; nevins.andrew at gmail.com
> From: rafaeln at gmail.com
> Date: Thu, 16 Sep 2010 21:06:23 -0400
> Subject: [etnolinguistica] a língua assoviada dos bororo
>
>
>
>  Olá todos.
>
> Recentemente um colega me chamou a atenção para um texto escrito em 86
> sobre a língua assobiada dos caçadores Bororo e Karajá
> <http://www.ssa-sag.ch/bssa/pdf/bssa50_04.pdf>. Eu trabalho faz alguns
> anos com os Bororo da aldeia Córrego Grande, mas nunca ouvi falar da
> sua língua assoviada fora desse texto. Meu principal consultor, Dario
> Brame, afirma que no passado os caçadores empregavam uma linguagem
> assoviada, mas descreveu-a de forma diferente à descrita no texto de
> Desidério Aytai. Aytai descreve uma correspondência entre / segmentos
> falados e assoviados, e segundo Brame tratava-se apenas de usar certos
> cantos de pássaros como mensagens pré-combinadas entre os caçadores. É
> verdade que Aytai também notou que a altura das vogais assobiadas
> correspondia mais bem a uma melodia fixa que a um correlato
> lingüístico qualquer, e pode bem ser que ambos estejam corretos, e que
> as mensagens assobiadas fossem disfarçadas melodicamente como cantos
> de pássaros.
>
> Aytai diz no texto que possuía gravações da língua assoviada dos
> Bororo, que ele tinha conseguido direto com o padre salesiano César
> Albisetti. Será que alguém na lista saberia sobre o possível destino
> dessas gravações? Aytai faleceu em 98, e talvez os Salesianos ainda
> guardem essas gravações, mas eu não saberia a quem me dirigir.
>
> abraços
>
> --
> Rafael Nonato
> Aluno de doutorado do Departamento de Lingüística do MIT
>
>   
>



-- 
Antonio Marcos Pereira
Prof Adjunto I
Departamento de Letras Vernáculas
Universidade Federal da Bahia
Av. Barão de Jeremoabo, 147 - Ondina
Salvador Bahia Brasil
40170-290
00 55 71 32836237
00 55 71 91259485
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