Contribui ção para a etimologia dos brasileirismos (Rodrigues 1958)

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Fri Oct 8 17:21:18 UTC 2010


O Tupinambá (ou Tupí Antigo), falado na maior parte da costa
brasileira quando da chegada dos europeus, é a língua indígena que
mais interesse desperta entre os brasileiros, devido ao papel que
desempenhou na história do país e à influência que teve no português
brasileiro.  Este interesse -- entre lingüistas e não-lingüistas --
traduz-se comumente em tentativas amadorísticas de se determinarem
"etimologias" para os vocábulos de origem supostamente Tupinambá.
Tais esforços, feitos sem um conhecimento profundo da gramática e do
léxico Tupinambá, comumente resultam em análises fantasiosas, sem o
devido respaldo lingüístico e histórico.

À medida que fontes originais sobre o Tupinambá se tornam mais
acessíveis, graças à internet, tais exercícios etimológicos tendem a
se multiplicar.  Poucos são, no entanto, os trabalhos que lidam com as
questões metodológicas inerentes a tais exercícios, servindo de guia
para aqueles que se interessam pelo assunto.  Suprindo esta lacuna, a
Biblioteca Digital Curt Nimuendaju acrescentou recentemente a seu
acervo o artigo "Contribuição para a etimologia dos brasileirismos",
de Aryon Rodrigues (1958):

http://biblio.etnolinguistica.org/rodrigues-1958-brasileirismos

Leitura indispensável para todos os que se interessam pelo português brasileiro e, em particular, pelos tupinismos, o artigo foi publicado originalmente na Revista Portuguesa de Filologia, sendo, assim, pouco acessível ao público brasileiro.

Analisando centenas de termos da fauna brasileira, de origem
Tupinambá, o artigo estabelece critérios essenciais para o estudo
científico da etimologia dos tupinismos, entre eles a necessidade de
atestação documental e de se evitar a confusão entre o Tupinambá e
línguas aparentadas (incluindo as línguas gerais dele descendentes).
Precedendo o vocabulário etimológico, inclui-se uma lista bastante
útil dos sufixos derivacionais e qualificativos mais comuns, como o
similitivo -ran e o aumentativo -usu ~ -wasu. A análise baseia-se em
fontes sobre o Tupinambá produzidas durante os séculos XVI e XVII,
como as obras de Claude d'Abeville, Jean de Léry e George Marcgrave.

**Para saber mais:**

Métraux, Alfred. 1948. The Tupinamba. In Steward, Julian H. (ed.),
Handbook of South American Indians, Vol. 3: The tropical forest
tribes, p. 193-198. Smithsonian Institution, Bureau of American
Ethnology, Bulletin 143. Washington: Government Publishing Office.
http://www.etnolinguistica.org/hsai:vol3p95-133

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