hum versus whisper language

Geraldo Faria faria_geraldo at HOTMAIL.COM
Sun Sep 19 04:06:20 UTC 2010


Mais um pouco de tempero nesta sopa!

 

Quanto a asserção de que não há a possibilidade fonética de whisper language em línguas tonais, talvez seja de fato limitado ao licenciamento fonológico do Pirahã. Contudo tenho indagado aqui na Ásia, tanto em Mandarim como em Cantonês, (e numa outra língua própria de Shanghai) - e com outros colegas falantes de outras línguas tonais asiáticas, e me foi relatado por todos que não há problema algum em se comunicar através de whisper. Há whisper, hum ... como em qualquer outra língua ocidental. Já whistle...

 

Um outro fator interessante, também ligado ao whisper/hum language, é que somente homens whistle.






To: etnolinguistica at yahoogrupos.com.br
From: rafaeln at gmail.com
Date: Sat, 18 Sep 2010 15:32:06 +0000
Subject: [etnolinguistica] Re: a língua assoviada dos bororo


  



Sobre os comentários anteriores, o interesse especial na língua assobiada dos Bororo e Karajá consistiria no fato de que essas não são línguas tonais, ao contrário, por exemplo, do Pirahã.

--- Em etnolinguistica at yahoogrupos.com.br, "Eduardo Rivail Ribeiro" <kariri at ...> escreveu
>
> Prezados,
> 
> O assunto "fala assobiada" foi levantado antes aqui na lista por Julien Meyer (Universitat Politecnica de Catalunya). Dêem uma olhada na mensagem original dele (e nas respostas que se seguiram):
> 
> http://lista.etnolinguistica.org/1330
> 
> Eu também estaria interessado em saber mais a respeito deste assunto, principalmente entre os Karajá e os Krahô, também mencionados na literatura.
> 
> Algum outro colega que estuda o Karajá já ouviu algo a respeito? E os especialistas em Timbíra?
> 
> Abraços,
> 
> Eduardo
> 
> 
> --- Em etnolinguistica at yahoogrupos.com.br, Antonio Marcos Pereira <antoniomarcospereira@> escreveu
> >
> > Tem razão, Geraldo: Everett comenta uma tal de "hum speeech" Pirahã e logo
> > na sequencia fala tb de uma "whistle speech". Isso era a única coisa que eu
> > saberia dizer a respeito da pergunta do Rafael.
> > 
> > Agora, difícil pensar em alguém mais persona non grata no MIT que Everett,
> > hein? Só se a disputa for com o pessoal da semântica gerativa. :-)
> > 
> > Sorte em seu trabalho, Rafael - lamento não poder contribuir mais.
> > 
> > Antonio
> > 
> > Em 17 de setembro de 2010 09:12, Geraldo Faria
> > <faria_geraldo@>escreveu:
> > 
> > >
> > >
> > > Rafael Nonato,
> > >
> > > Daniel Everett também relata fato idêntico entre os Pirahã. Ele fez PosDoc
> > > aí no MIT, se não me engano, e você ler um pouco mais nas publicações dele,
> > > ou no livro *Don't Sleep, there are snakes *2008 (páginas 185-6, 189)*, *ou
> > > até mesmo entrando em contato com ele.
> > >
> > > Sem mais,
> > > Geraldo
> > >
> > >
> > > ------------------------------
> > > To: etnolinguistica at yahoogrupos.com.br; nevins.andrew@
> > > From: rafaeln@
> > > Date: Thu, 16 Sep 2010 21:06:23 -0400
> > > Subject: [etnolinguistica] a língua assoviada dos bororo
> > >
> > >
> > >
> > > Olá todos.
> > >
> > > Recentemente um colega me chamou a atenção para um texto escrito em 86
> > > sobre a língua assobiada dos caçadores Bororo e Karajá
> > > <http://www.ssa-sag.ch/bssa/pdf/bssa50_04.pdf>. Eu trabalho faz alguns
> > > anos com os Bororo da aldeia Córrego Grande, mas nunca ouvi falar da
> > > sua língua assoviada fora desse texto. Meu principal consultor, Dario
> > > Brame, afirma que no passado os caçadores empregavam uma linguagem
> > > assoviada, mas descreveu-a de forma diferente à descrita no texto de
> > > Desidério Aytai. Aytai descreve uma correspondência entre / segmentos
> > > falados e assoviados, e segundo Brame tratava-se apenas de usar certos
> > > cantos de pássaros como mensagens pré-combinadas entre os caçadores. É
> > > verdade que Aytai também notou que a altura das vogais assobiadas
> > > correspondia mais bem a uma melodia fixa que a um correlato
> > > lingüístico qualquer, e pode bem ser que ambos estejam corretos, e que
> > > as mensagens assobiadas fossem disfarçadas melodicamente como cantos
> > > de pássaros.
> > >
> > > Aytai diz no texto que possuía gravações da língua assoviada dos
> > > Bororo, que ele tinha conseguido direto com o padre salesiano César
> > > Albisetti. Será que alguém na lista saberia sobre o possível destino
> > > dessas gravações? Aytai faleceu em 98, e talvez os Salesianos ainda
> > > guardem essas gravações, mas eu não saberia a quem me dirigir.
> > >
> > > abraços
> > >
> > > --
> > > Rafael Nonato
> > > Aluno de doutorado do Departamento de Lingüística do MIT
> > >
> > > 
> > >
> > 
> > 
> > 
> > -- 
> > Antonio Marcos Pereira
> > Prof Adjunto I
> > Departamento de Letras Vernáculas
> > Universidade Federal da Bahia
> > Av. Barão de Jeremoabo, 147 - Ondina
> > Salvador Bahia Brasil
> > 40170-290
> > 00 55 71 32836237
> > 00 55 71 91259485
> >
>




 		 	   		  
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