Chamada: "Descri ção de línguas indígenas: focalização e t =?ISO-8859-1?Q?opicaliza=E7=E3o=22_=28Uberl=E2ndia=2C_?=nov/2011)

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A pedido das organizadoras, encaminhamos a chamada para inscrições de
trabalhos para o GT "Descrição de línguas indígenas: focalização e
topicalização", proposto por Ana Suelly Cabral (UnB) e Dulce Franceschini
(UFU) como parte do III Simpósio Internacional de Letras e Linguística
(SILEL).

Promovido pelo Instituto de Letras e Linguística da Universidade Federal de
Uberlândia, o SILEL ocorrerá de 23 a 25/11/2011.  As inscrições poderão ser
feitas até dia *11 de julho de 2011* no site
http://www.ileel.ufu.br/silel2011/

Segue a descrição do GT:


*GT "Descrição de línguas indígenas: focalização e topicalização"*

A lentidão com que se tem desenvolvido a pesquisa científica das línguas
indígenas no Brasil revela-se extremamente grave quando se verifica que
essas línguas, desde o descobrimento do Brasil pelos europeus, têm estado
continuamente submetidas a um processo de extinção. Das aproximadamente 180
línguas indígenas faladas no Brasil atualmente, cerca de 156 (87%) são
faladas por menos de 1.000 pessoas, o que, em qualquer parte do mundo, é
considerado um fator de alto risco para a sobrevivência de uma língua.
 Essas línguas fortemente ameaçadas de extinção necessitam, portanto,
urgentemente, de pesquisas, assim como de fortes ações sociais de apoio a
seus falantes, que, como comunidades humanas, estão igualmente ameaçados de
extinção cultural e, em não poucos casos, de extinção física. As tarefas que
têm hoje os lingüistas brasileiros de documentar, analisar, comparar e
tentar reconstruir a história filogenética das línguas sobreviventes é,
portanto, uma tarefa de caráter urgentíssimo (cf. Aryon D. Rodrigues, site
UNB/LALI).

O presente Grupo de Trabalho (GT) privilegia, portanto, as línguas indígenas
brasileiras, sem deixar de lado as demais línguas indígenas da América.
Neste GT pretende-se promover o debate sobre aspectos importantes da
estrutura discursivo-pragmática das línguas indígenas, estudadas sob a ótica
de diferentes métodos e teorias. Alguns desses aspectos são a focalização e
a topicalização, os quais estão vinculados às estratégias argumentativas e
ao conteúdo informacional do enunciado/texto. Diferentes estratégias podem
ser usadas pelas línguas para indicar que uma expressão é
focalizada/topicalizada, dentre outras, (a) estratégias morfossintáticas,
como uso de morfemas indicadores de foco ou deslocamento de posição dos
elementos topicalizados/focalizados; (b) estratégias prosódicas, como a
entonação, ou (c) a atuação concomitante de duas ou mais estratégias.  Com
este GT, pretende-se, portanto,  estimular os estudos voltados para a
descrição de aspectos discursivo-pragmáticos das línguas indígenas,
sobretudo em relação aos processos de focalização e topicalização.

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