Sons palatais
Pedro Viegas Barros
peviegas2003 at YAHOO.COM.BR
Sat Mar 5 03:10:00 UTC 2011
Estimados colegas,
Siendo la lateral palatal (o palatalizada) un fonema relativamente raro en las lenguas del mundo, resulta extraordinariamente llamativo lo frecuente que es en las lenguas andinas: en efecto, se encuentra como fonema al menos en Quechua, Aimara, Cholón, Mochica, Esmeraldeño, Kamsá, Uru-Chipaya, Puquina (y Callahuaya), Amuesha o Yanesha' (de la familia Arawak), Cha'palaachi y Guambiano (de la familia Barbacoa), Huarpe y Mapudungun (pueden verse los inventarios fonológicos, por ejemplo, en el libro The languages of the Andes de W. Adelaar y P. Muysken). En Proto-Quechua la lateral palatal es una consonante frecuente, mientras que -por el contrario- la no palatal es de aparición de aparición muy rara. En Mochica parece que existieron dos laterales palatales distintas, una sonora y otra sorda.
Esto está en agudo contraste con lo que ocurre en la región amazónica, donde la lateral palatal parece virtualmente ausente.
Entre las lenguas de la región chaqueña, existen laterales palatales a nivel fonológico en las siguientes lenguas Guaicurúes medidionales: Toba (actual), Mocoví, Pilagá y Ñachilamole'k (pero no -según la interpretación de Elena Najlis- en Abipón, y aparentemente tampocó en el Toba antiguo registrado por Barcena hacia 1595). En estas lenguas se trata de un fonema que surgió (paralelamente a otras palatalizaciones de consonantes dentales) del contacto de una lateral dental con *i o con *y, lo que es a veces transparente hasta en la morfofonémica actual,
En la familia linguística Alakaluf hay una correspondencia entre Kawésqar y : Alakaluf Central l : Alakaluf del Sur l para la cual se puede reconstruir una lateral palatal (o palatalizada) en Proto-Alakaluf, que se habría vocalizado en Kawésqar.
Cordialmente,
J. Pedro Viegas Barros
--- Em sex, 4/3/11, Eduardo Rivail Ribeiro <kariri at gmail.com> escreveu:
De: Eduardo Rivail Ribeiro <kariri at gmail.com>
Assunto: [etnolinguistica] Re: Sons palatais
Para: etnolinguistica at yahoogrupos.com.br
Data: Sexta-feira, 4 de Março de 2011, 18:19
Prezado Gabriel,
No último encontro da SSILA (Pittsburgh, janeiro último), o colega Lev Michael (UC Berkeley) apresentou um levantamento de inventários fonológicos contrastando as línguas das terras baixas e das terras altas da América do Sul. Se entendi bem, a líquida palatal é mesmo extremamente rara nas terras baixas. Eu não me lembro, de memória, de nenhuma língua Macro-Jê que a tenha, mas certamente outros colegas na lista terão acesso a informações mais seguras (o Lev também é assinante da lista).
Mas, claro, a líquida palatal é um fonema geralmente raro nas línguas do mundo. Mesmo nas línguas românicas, é uma inovação, e tende a ser instável não apenas em português. A "explicação" que se dá, de que a vocalização se deve a influência indígena, me lembra o caso do <r> caipira, também geralmente atribuído a influência indígena, mesmo que não haja evidências para tanto (Brian Head tem uma explicação perfeitamente plausível para o <r> caipira, tendo a ver com a própria dinâmica interna da língua portuguesa).
Aproveitando a ocasião, gostaria de saber que você ou outros colegas na lista poderiam me informar quando teria sido a primeira menção a este processo de vocalização do <lh>.
Abraços,
Eduardo
--- Em etnolinguistica at yahoogrupos.com.br, Gabriel de Ávila Othero <gab.othero at ...> escreveu
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> Prezados colegas.
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> Estou lendo um trabalho sobre a "líquida" palatal de a[lh]o (como tb em o[lh]o, joe[lh]o, etc.), e, lá pelas tantas, aparece um trecho que me deixou com dúvidas. Diz o trabalho que a palatal é pronunciada como [y] -- ou seja, é vocalizada -- (como em a[y]o, o[y]o, joe[y]o, etc.) em PB provavelmente por causa da inflência de línguas indígenas brasileiras que não apresentam a líquida palatal em seu inventário fonético.
>
> Minha dúvida principal é a seguinte (apesar de eu não ter gostado da explicação em si): há registro de alguma língua indígena brasileira que conte com essa consoante palatal em seu inventário fonético?
>
> Agradeço pelos esclarecimentos.
>
> Um abraço,
>
> Gabriel
>
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