chamada para publica ção/call for papers - Estudos Sobre Línguas I =?utf-8?Q?nd=C3=ADgenas_?=(volume 3) [1 Anexo]

Marcelo Jolkesky marjolkesky at YAHOO.COM.BR
Tue Mar 6 22:03:50 UTC 2012


Chamada para publicação/Call for Papers
Série/Series: Estudos sobre Línguas Indígenas/Studies on Indigenous Languages
 
Versão em Português/Portuguese version
     A série Estudos sobre Línguas Indígenas foi iniciada em 2001, por iniciativa de Ana Suelly Arruda Câmara Cabral, então Coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Línguas Indígenas (GTLI) da Associação Nacional de Pós-Graduação em Letras e Lingüística (ANPOLL) (2000-2002), em parceria com Aryon Dall’Igna Rodrigues, Coordenador do Laboratório de Línguas Indígenas da Universidade de Brasília. O primeiro volume reuniu os trabalhos apresentados no encontro do GTLI durante a XV reunião da ANPOLL, na Universidade Federal Fluminense, em Niterói, em 2000, organizada por Lucy Seki e Angel Corbera Mori (coordenadores do GTLI, biênio 1998-2000). 
O segundo volume foi acolhido pela Editora da Universidade de Brasília e foi publicado em 2005, com o título de Novos Estudos sobre Línguas Indígenas, tendo incluído trabalhos apresentados no encontro do GTLI durante a XVI reunião da ANPOLL na cidade de Gramado, RS., organizado por Ana Suelly Arruda Câmara Cabral e Aryon Dall’Igna Rodrigues. Embora não tenha estampado o número 2, esse volume foi efetivamente o segundo.
Agora retomamos a publicação da série, conforme concebida originalmente, mas editada pelo Laboratório de Línguas Indígenas da Universidade de Brasília, com os próximos volumes dedicados a temáticas mais específicas. 
     O propósito da série continua sendo o de ao mesmo tempo estimular a produção científica brasileira na área dos estudos lingüísticos voltados para as línguas nativas da América do Sul, especialmente as línguas indígenas brasileiras, e contribuir para tornar cada vez mais conhecida e reconhecida essa produção. (Estudos sobre línguas indígenas I, Apresentação, p. I). Mas, enquanto os dois primeiros volumes foram constituídos por trabalhos apresentados em sessões do GTLI da ANPOLL, a série é agora retomada sob um novo comitê editorial, constituído por pesquisadores de diversas instituições e os volumes serão organizados por dois ou três convidados escolhidos por aquele comitê.
 
Próximos volumes:
Reedição dos volumes I e II – em versões eletrônicas (agosto de 2012)
 
*Chamada para publicação
*Volume 3 - Novembro de 2012 – Alternando (in)transitividade verbal: através dos olhares das línguas indígenas sulamericanas
 
Organizadores: Márica Dâmaso Vieira (Museu Nacional / Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Pilar Valenzuela Bismarck (Professora Associada da Chapman University)
 
Editores:
Aryon D. Rodrigues (Coordenador do Laboratório de Línguas Indígenas da Universidade de Brasília)
Ana Suelly Arruda Câmara Cabral (Co-Coordenadora do Laboratório de Línguas Indígenas da Universidade de Brasília)
Jorge Domingues Lopes (Pesquisador do Laboratório de Línguas Indígenas da Universidade de Brasília)
 
Comitê editorial:
Abdelhak Razky (Professor do Centro de Letras e Comunicação da Universidade Federal do Pará)
Aryon D. Rodrigues (Coordenador do Laboratório de Línguas Indígenas da Universidade de Brasília)
Ana Suelly Arruda Câmara Cabral (Vice-Coordenadora do Laboratório de Línguas Indígenas da Universidade de Brasília)
Dulce do Carmo Franceschini (Professora da Universidade Federal de Uberlândia)
Enilde Leite de Jesus Faulstich (Professora do Departamento de Lingüística, Línguas Clássicas e Vernácula - LIV / UnB, Coordenadora do Centro de Estudos Lexicais e Terminológicos (Centro Lexterm))
Lyle Richard Campbell (Professor do Departmento de Linguística, Universidade do Havaí em Manoa)
Márcia Dâmaso Vieira (Professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Marília Facó Soares (Professora do Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Pilar Valenzuela Bismarck (Professora Associada da Chapman University)
Terezinha de Jesus Machado Maher (Professora da Universidade Estadual de Campinas, Unicamp)
Wilmar D’Angellis (Professor do Departamento de Linguística da Universidade de Campinas)
Zlatka Guéntcheva (Directrice de recherche émérite, LACITO, Paris-France)
 
Assistentes de Edição
Fernando Orphão de Carvalho (Pesquisador do Laboratório de Línguas Indígenas – Universidade de Brasília e doutorando em lingüística na Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Marcelo Jolkesky (Pesquisador do Laboratório de Línguas Indígenas  e doutorando na Universidade de Brasília)
Sanderson Castro Soares de Oliveira (Pesquisador do Laboratório de Línguas Indígenas e doutorando em linguística Universidade de Brasília)
Maxwell Gomes Miranda (Pesquisador do Laboratório de Línguas Indígenas e doutorando na Universidade de Brasília)
 
 
Editoração e arte gráfica (versões eletrônicas e impressas):
Jorge Domingues Lopes (Pesquisador do Laboratório de Línguas Indígenas, Professor da Universidade Federal do Pará, Campus Tocantins-Cametá e doutorando em lingüística na Universidade de Brasília)
 
ENDEREÇO PARA SUBMISSÃO DE ARTIGOS:
lali at unb.br e lali at laliunb.com.br 
 
 
Os artigos deverão ser enviados em duas versões, uma em DOC (Word) e outra em Pdf.
Os artigos podem ser escritos em Português, espanhol, Inglês ou em francês.
Serão considerados apenas artigos originais revisados por seus respectivos autores.
A composição dos artigos deverá observar as normas de padronização de Chicago.
 
*DATA LIMITE PARA SUBMISSÃO DE ARTIGOS: 30 de junho de 2012
 
Brasília, 1 de março de 2012
 
Aryon D. Rodrigues 
Ana Suelly Arruda Câmara Cabral
Jorge Domingues Lopes 
 
 
* SOBRE O PRÓXIMO VOLUME A SER EDITADO (VERSÃO IMPRESSA):
 
*Alternando (in)transitividade verbal: através dos olhares das línguas indígenas sulamericanas
 
Este volume visa a reunir artigos sobre mudança de valência verbal em línguas indígenas da América do Sul, produzidos por pesquisadores de diferentes abordagens teóricas, tais como: Gerativista, Tipológica e Funcionalista, dentre outras. Os artigos constituirão uma grande contribuição para questões de ordem descritiva e teórica relacionadas ao tema central do livro, por apresentarem reflexões sobre  dados  inéditos  de um vasto conjunto de línguas.
A noção de valência verbal está associada ao número de argumentos exigido pelo predicado, com base em seu significado. Um verbo como  correr, por exemplo, exige apenas um argumento-  o corredor. Já um verbo como beijar necessita de dois argumentos para completar o seu significado.  Existem, porém, processos que afetam a estrutura argumental inicial do predicado, alterando não só a transitividade da construção, mas também as relações gramaticais dos argumentos. Esses processos podem reduzir ou aumentar a valência verbal.
Os processos que envolvem redução de argumentos são de dois tipos: (i) aqueles que afetam o sujeito/agente.[1] Nas passivas, anti-causativas,[2] reflexivas  e médias, o objeto/paciente se torna o sujeito e o sujeito/agente da forma transitiva ou é rebaixado para a condição de adjunto  ( no caso das passivas) ou é eliminado  totalmente ( nos demais casos) : O copo foi quebrado (por José ) /  o copo quebrou(-se)/ este copo quebra fácil; e (ii) aqueles que eliminam o objeto/paciente ou o rebaixam para a condição de adjunto, como acontece, por exemplo,  nas construções anti-passivas  verificadas apenas  em línguas com sistema de caso ergativo. Em alguns tipos de  incorporação nominal, o objeto/paciente se incorpora ao verbo, formando um predicado composto. Neste caso, a construção torna-se intransitiva e apenas o sujeito/ agente é realizado sintaticamente. Este tipo de intransivitização verbal é encontrado em Tupinambá (
 Tupi-Guarani)[3]:  a-î-potar ja’e) ( 1sg-3-querer panela)/’eu quero  panela’/ a-já’e)-potar ( 1sg-panela-querer/ ‘eu quero panela’).   
 Outros processos de mudança de valência têm a propriedade de aumentar o número de argumentos. Dentre as construções derivadas por esses processos, podemos citar: (i) as causativas[4] em que um argumento agente/causador é acrescentado: O copo quebrou/ José fez o copo quebrar /  José quebrou o copo ; (ii) as aplicativas em que um novo objeto é licenciado. Existem  aí duas possibilidades:  um adjunto adquire o estatuto de objeto direto ou o objeto indireto/beneficiário se torna um objeto direto, conforme ilustram as orações com dative shift do Inglês : John gave a book to Mary/  John gave Mary a book; e (iii) as estruturas com alçamento de possuidor em que o possuidor do sintagma genitivo se realiza como um  objeto direto independente, ao passo que o nominal possuído se incorpora ao verbo .Este tipo de construção é verificado em Tupinambá:  a-î-meeng xeruba kysé (1sg-3-dar meu pai faca) ‘eu dei a roça do meu pai’/ 
 a-î-kysé-meeng  xeruba ( 1sg-3-faca-dar   meu pai)/ ‘eu dei faca ao meu pai’. [5]
A maneira como a alternância é codificada varia de língua para língua. Em algumas delas, a mudança de valência tem expressão morfológica. Em outras, a alternância é realizada através de  formas perifrásticas/ analíticas. Há também casos em que a alternância não traz nenhuma modificação morfológica ou sintática à estrutura.
O fenômeno da alternância de valência é  importante, visto que envolve  aspectos gramaticais de interesse para qualquer modelo  teórico adotado:  transitividade verbal, relações gramaticais e expressão de caso e processos de derivação. Além disso, tal fenômeno abrange uma questão teórica  fundamental para todas as abordagens lingüísticas: a relação entre léxico, morfologia e sintaxe. 
Há também  várias  questões  específicas relacionadas às construções e aos  processos de mudança de valência que precisam ser  investigadas para que o fenômeno sob investigação  seja melhor descrito e analisado. Mencionamos abaixo algumas dessas questões:
(i)                            Os tipos de passivas existentes. São reportados na literatura inúmeros tipos de passivas, como as regulares, as passivas- reflexivas e as passivas impessoais. Há línguas que admitem a co-ocorrência de passivas regulares e passivas-reflexivas, por exemplo. Qual é, então, a diferença  entre esses dois tipos de construção?  Qualquer tipo de verbo  transitivo  pode ter as duas possibilidades de passivização? Se não tiver, qual fator condiciona o emprego de uma  forma  ou de outra?  
(ii)                         Também é reportada na literatura a existência de passivas anti-impessoais (cf. Ura,2000), encontradas em línguas como o Javanês. Neste tipo de passiva, apesar de o objeto/paciente adquirir propriedades de sujeito, o sujeito da forma ativa não é rebaixado para a condição de adjunto. A construção se mantém transitiva, mas as propriedade do sujeito são divididas entre dois argumentos. Quais propriedades do sujeito são transferidas para o objeto? Quais propriedades  são mantidas pelo sujeito da forma ativa?  O que motivaria essa transferência de propriedades?
(iii)                       Assim como acontece nas passivas anti-impessoais, existem outros processos que alteram apenas as relações gramaticais dos argumentos, mas não afetam a valência verbal?
(iv)                       A chamada alternância causativa/anti-causativa ( Pedro abriu a porta/ A porta abriu) seria, de fato,  derivada por processos de mudança de valência? Para alguns investigadores,como Hale e Keyser (1993), a causativa se deriva da anti-causativa. Para outros, como Levin e Rappaport (1995), a causativa é a forma básica para a derivação da anti-causativa. Há ainda uma outra proposta de análise, defendida por seguidores da Morfologia Distribuída ( Marantz, 1997; Pylkkänen, 2008) ,segundo a qual  uma forma não se deriva da outra. De acordo com tal proposta, os casos de alternância envolvem uma raiz verbal  que ora se realiza como verbo causativo ora como verbo anti-causativo, de acordo com os morfemas gramaticais com os quais co-ocorre na sintaxe. Com base nos dados empíricos, qual dessas três propostas parece ser mais plausível?
(v)                         O acréscimo de morfologia causativa ao verbo está sempre associado ao licenciamento de um argumento agente/ causador? Segundo Pylkkänen, (2008), existem línguas, como o Finlandês,  em que a presença do afixo  causativo pode não alterar  a valência verbal.Neste caso, a função do afixo causativo é apenas introduzir a semântica causativa. Desta forma, a introdução do agente/causador está dissociada do significado causativo. 
(vi)                       Nos casos em que o agente/causador  das estruturas causativas for  realizado fonologicamente,  qual   é a função gramatical que assume?  É um sujeito no caso nominativo ou ergativo ou um adjunto no caso oblíquo? Se a língua permitir as duas possibilidades, quais são as condições de uso de cada uma?
(vii)                    A língua exibe mais de  um tipo de construção aplicativa?   Se exibir, qual a diferença entre eles? Quais são os papéis semânticos que os objetos aplicativos podem ter? Há restrições quanto aos tipos de verbos que podem participar da alternância aplicativa?Quais são essas restrições?
(viii)                  Existem outros  processos que eliminam ou rebaixam o objeto/paciente  da  estrutura argumental inicial?
 
  Acreditamos que os artigos deste volume trarão uma grande contribuição para a investigação do fenômeno da alternância de valência verbal, através da revelação de novos dados e das reflexões sobre estes.   
 
Referências
 
Baker, M. 1988. Incorporation: a Theory of grammatical function 
Changing. Chicago: University of Chicago Press.
Comrie, B. 1989.Language universals and linguistic typology. Oxford:Brasil Blackwell.
Givón, T. 1994. Voice and inversion. Filadelfia: John Benjamins.
Hale, K. e Keyser, J. 1993. On argument structure and the lexical expression of syntactic relations. In: K. Hale e J. Kayser (eds). The view from Building 20. Cambridge, Mass.: MIT.
Harley, H.2006. On the causative construction. In: Miyagawa,S. e Saito, M. 
(eds) The handbook of Japanese Linguistics.Oxford: Oxford University Press.
Harley,H. e Noyer,2000. R. Licensing in the non-linguistic lexicon. In: Bert, P. (ed)The lexicon-encyclopaedia interface.Amsterdan: Elsevier.
Jelinek, E. 1990. Grammatical relations and coindexing in inverse systems.
In: K. Dziwiretetal (ed.) Grammatical relations: a cross-theoretical Perspective.Standford, Calif: SLA.
Keenan, E. 1985. Passive in the world’s languages. In: Shopen, T. (ed) 
Language typology and syntactic description. Cambridge: Cambridge Universty Press.
Levin, B. e Rappaport, M. 1995. Unaccusativity. Cambridge: Mass.: MIT.
Marantaz, A.1997. No scape from syntaxUniversity Penn WPL, vol.4.2
Payne, D. 1993. The Tupí-Guarani Inverse.In: Fox, B e Hopper, P (eds)
Form and Function. Filadélfia: John Benjamins.
Payne,D. 1997. Describing morphosyntax: a guide for field linguistics.
Cambridge: Cambridge University Press.
Pylkkänen, L. 2008.Introducing arguments. Linguistic Inquiries Monographs.
Cambridge, Mass.: MIT. 
Ura, H. 2000. Checking Theory and Grammatical Functions in Universal
Grammar. Oxford: Oxford University Press.

 
English version
 
*Call for papers
 
*Series: Studies on Indigenous Languages
 
     The series Estudos sobre Línguas Indígenas has started in 2001 as an initiative of Ana Suelly Arruda Câmara Cabral, then coordinator of the Workgroup on Indian Languages (GTLI) of the National Association for Graduate Studies in Literature and Linguistics (ANPOLL) (2000-2002), in association with Aryon Dall’Igna Rodrigues, coordinator of the Laboratory of Indian Languages of the University of Brasilia. The first volume featured the papers presented at the GTLI in the XVth meeting of ANPOLL at the Universidade Federal Fluminense, Niterói, in 2000, organized by Lucy Seki and Angel Corbera Mori (coordinators of GTLI, 1998-2000). The second volume has been accepted for publication by the publisher of the University of Brasilia and has included papers presented at the GTLI in the XVIth meeting of ANPOLL in Gramado, RS. The second volume was published in 2005 under the title ‘Novos Estudos Sobre Línguas Indígenas’, even though no explicit
 indication of its status as the second volume in the series was given by the editors.
     Now this series is being retaken as it was originally conceived, but from now on to be published by the Laboratório de Línguas Indígenas of the University of Brasília and with the next volumes dedicated to more specific themes.
     The purpose of the series is the same announced previously: at the same time to stimulate the scientific production in the field of linguistic studies on the native languages of South America, more especially those of Brazil, to reach a wider audience of interested readers and fellow researchers in the field of South American native languages. But while the two first volumes have had only contributions presented in the meetings of the GTLI of ANPOLL, the series is now retaken with contributions of invited authors as well as with contributions of individual submissions. Each volume will be organized by invited researchers in cooperation with the editors of the Series.
 
 
Next volumes to be published:
Re-edition of volumes I and II – on-line versions (August 2012)
 
*Call for papers
*Printed volume:
*Volume 3- *Deadline for submissions: November 2012 
Alternating verbal (in)transitivity : through the eyes of south-american indigenous languages
 
Invited organizers:
Márica Dâmaso Vieira (Museu Nacional / Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Pilar Valenzuela  Bismarck (Associate Professor of the Chapman University)
 
Editors:
Aryon D. Rodrigues (Coordinator of the Laboratório de Línguas Indígenas, University of Brasilia)
Ana Suelly Arruda Câmara Cabral (Vice-Coordinator of Laboratório de Línguas Indígenas,  University of Brasilia)
Jorge Domingues Lopes (Researcher at the Laboratório de Línguas Indígenas, University of Brasília)
 
Editorial committee:
Abdelhak Razky (Professor at the Centro de Letras e Comunicação, Universidade Federal do Pará)
 
Aryon D. Rodrigues (Coordinator of the Laboratório de Línguas Indígenas, University of Brasília)
Ana Suelly Arruda Câmara Cabral (Vice-coordinator of the Laboratório de Línguas Indígenas, University of Brasília)
Dulce do Carmo Franceschini (Professor at the Universidade Federal de Uberlândia)
Enilde Leite de Jesus Faulstich (Professor at the Departamento de Lingüística, Línguas Clássicas e Vernácula - LIV / UnB, Coordenator of the Centro de Estudos Lexicais e Terminológicos (Centro Lexterm))
Lyle Richard Campbell (Professor at the Department of Linguistics, University of Hawaii at Manoa)
Márcia Dâmaso Vieira (Professor at the Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Marília Facó Soares (Professor at the Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Pilar Valenzuela Bismarck (Associate Professor at the Chapman University)
Terezinha de Jesus Machado Maher (Professora at the Universidade de Campinas, Unicamp)
Wilmar D’Angellis (Professor at the Departamento de Linguística da Universidade de Campinas)
Zlatka Guéntcheva (Directrice de recherche émérite, LACITO, Paris-France)
 
Editorial assistentes
Fernando Orphão de Carvalho (Researcher of the Laboratório de Línguas Indígenas – Universidade de Brasília/ Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Marcelo Jolkesky (Researcher of the Laboratório de Línguas Indígenas – Universidade de Brasília)
Maxwell Gomes Miranda (Researcher of the Laboratório de Línguas Indígenas – Universidade de Brasília)
Sanderson Castro Soares de Oliveira (Researcher of the Laboratório de Línguas Indígenas – Universidade de Brasília)
 
 
Editing and cover art (on-line and printed version):
Jorge Domingues Lopes (Researcher of the Laboratório de Línguas Indígenas – Universidade de Brasília)
 
Papers for publications should be sent to:
lali at unb.br and lali at laliunb.com.br 
 
The papers should be sent in two versions: a doc. (Word) and a Pdf version.
The papers may be written in any of the following languages: Portuguese, Spanish, English or French.
Only original and revised papers will be accepted for publication.
References cited in the manuscripts must follow The Chicago Manual Style
Deadline for submissions: June 30th 
 
 
Brasília, March 2nd 2012
 
Aryon D. Rodrigues 
Ana Suelly Arruda Câmara Cabral
Jorge Domingues Lopes 
About Volume 3:
ALTERNATING VERBAL (IN)TRANSITIVITY : THROUGH THE EYES OF SOUTH-AMERICAN INDIGENOUS LANGUAGES
 
This volume aims at reuniting a number of papers on verb valence change in South American indigenous languages. The papers, written by researches with different theoretical backgrounds (generative grammar, language typology, and functionalism, among others) will constitute an important contribution to descriptive and theoretical issues related to the central theme of the book, since they will present reflections about new data from a variety of  native languages.
The phenomenon of valence change is important due to the fact that it  involves grammatical aspects of interest to any theory, such as: verbal transitivity, intransitive verbal classes, grammatical relations and case marking, types of derivational processes, and the role of functional morphemes in argument structure realization. Besides that, the phenomenon also includes a fundamental theoretical issue: the relation between lexicon, morphology, and syntax.
In general terms, we can say that verbal valence is associated to the number of arguments required by a predicate. A verb like run, for instance, requires just one argument - the runner. A verb like devour needs  two arguments to complete its meaning - the devourer and the devoured element. There are, however, processes which affect the initial argument structure of the predicate by changing not only its transitivity status but also the grammatical relations assumed by its original arguments. These processes can either reduce or enlarge the verb valence.
The processes which reduce arguments are of two types: (i) those which affect the subject/agent, such as passive ones (The glass was broken by Joseph), inchoative ones (The glass broke),[1] reflexive ones (Joseph shaved himself), and middle ones (These glasses break easily). In these constructions the object/patient becomes the subject and the former subject is demoted to the condition of an adjunct (in the case of passives)[2] or is totally eliminated (in the other cases); and (ii) those which eliminate the object/patient or demote it to the status of an adjunct, as it happens in the antipassives found in ergative languages. In Eskimo,[3] the antipassive morpheme detransitivizes the verb  by demoting the object/patient[4]: arna-p niqi-Ø niri-vaa (woman-erg meat-abs. eat-3) 'The woman ate the meat'; arnaq-Ø niqi-mik niri-NNIG-piq (woman-abs meat-oblq eat-ant-3sg) 'The woman ate part of the meat'. Another detransitivization process which affects the
 object/patient ís found in some cases of noun-incorporation, where only the subject/agent is syntactically realized. This type of noun-incorporation is observed in languages such as Tupinambá (Tupi-Guarani): a-î-potar já?e) (1sg-3-want pan) 'I want ?/ a-já?e)-potar (1sg-pan-want) 'I want a pan'.
  Other processes of valence change have the property of enlarging the number of arguments by adding either a subject/agent or an object. Among the constructions derived by such processes we can mention: (i) causatives in which an agent/causer is licensed (The glass broke / John broke the glass): and (ii) applicatives which introduce a new syntactic object. There are two possibilities here: either an adjunct or an indirect object becomes a direct object, as it is illustrated by English dative shift  (John gave a book to Mary / John gave Mary a book). Possessor raising constructions are also treated as a type of applicative (Baker, 1988). In these constructions, the possessor of the genitive phrase becomes a syntactic object, while the possessed nominal gets incorporated into the verb, losing its syntactic independence this way. In these cases, the new object acquires the beneficiary role, but the verb valence remains unchanged, as shown by the
 following Tupinambá example: a-i-meeng xe ruba kysé (1sg-3-give my father's knife) 'I gave  my father's knife' / a-i-kysé-meeng xe ruba.(1sg-3-knife-give my father) 'I gave the knife to my father'.
   The way verbal alternation is encoded varies from language to language. In some languages the change has morphological expression; In others the change can be realized through periphrastic constructions. There are also cases in which the change doesn´t have either morphological or syntactic manifestation.
   There are many other descriptive and theoretical issues related to the [[phenomenon under investigation]] change of valence which can be investigated in the light of new data from  South American indigenous languages. Among these questions, we can mention the following ones:
i.            The types of existing passive constructions. It is reported in the literature the existence of many types of passives, such as: regular, reflexive and impersonal. There are languages, such as Russian, which admit the co-occurrence of both regular and reflexive passives. What is, then, the difference between these two types of passives? Can any type of verb have both types of passivization? If not, which factor conditions the use of one form or the other? 
          It is also reported in the literature the existence of anti-impersonal passives (Ura, 2000), found in languages such as Javanese. In this type of passive, the object/patient acquires subject properties, but the active subject is not demoted and  keeps some of its grammatical  properties. The construction remains transitive, but the properties related to the subject status are split between the two verbal arguments. What types of properties are transferred to the object? What does the sharing of grammatical  properties tell us about the nature of the  subject  status? 
 
iii.             Is the so-called causative/inchoative alternation really derived from a  valence change process? For some investigators, such as Hale and Keyser (1993), the causative is derived from the inchoative. For other investigators, such as Levin and Rappaport (1995), the causative is the basic form for the derivation of the inchoative. There is also another proposal, suggested by proponents of distributed morphology (Marantz, 1997), according to which neither form is derived from the other. They assume that the alternation involves a lexical root which is realized either as a causative verb or as an inchoative verb, depending on the types of grammatical morphemes with which it co-occurs. Which of these three proposals seems to be the most plausible to account for the empirical data? 
            It is also known that some intransitive change-of-state verbs can alternate, but others cannot. This happens in many languages, as in English: The car broke / Mary broke the car. But: The cat died / Mary died the cat?. What, then, determines the possibility of valence alternation in these cases? 
iv.            For some investigators, such as Harley (2006), the causative morpheme is always associated to the licensing of the agent/causer and the causative event. According to Pylkkänen (2008), however, the function of the causative morpheme is only to introduce the causative event. In languages like Finnish, for instance, the presence of the causative morpheme in the verbal morphology does not necessarily alter the verb  valence: Maya-a laula-tta-a  (Maya-part sing-caus-3sg) 'Maya feels like singing'. This way, for Pylkkänen, the licensing of the agent/causer is dissociated from the causative meaning. What is the real function of the causative morpheme? Does it introduce both the agent/causer and the causative event or does it introduce the event only? 
 
v.            In the causative structures of certain languages, such as Jacaltec(Mayan), only agents can be expressed as syntactic subjects in the nominative or ergative case. The causer must be expressed as an oblique adjunct. In other languages, like Portuguese and English, both agent and causer can be realized as syntactic subjects: Gabriel opened the door / The wind opened the door. Based on this difference concerning the expression of the causative arguments among languages, what must be  the factor that determines the syntactic realization of these roles? 
 
vi.            Pylkkänen suggests that there are two types of applicatives in natural languages. In one type, the applicative affix is added to any verbal class  and the applied object can have different semantic roles: instrument, benefactive, source, locative, goal, etc. The other type of applicative is restricted to transitive verbs and its applied object  has specific semantic roles: beneficiary/goal or source. Is there evidence from other languages for the postulation of these two types of constructions? 
We believe that, through the presentation of new data and the reflections about them found  in this volume, it will be possible to answer these and many other questions related to the phenomenon of valence change.





[1]  The question related to reduction or enlargement of arguments in causatives and inchoatives will depend on the analysis adopted. See item (iii) on page 2.
[2] There are languages  in which the expression of  the  passive agent is also blocked.
[3] Data extracted from Tallerman (1998).
[4] List of abbreviations: abs = absolutive; ant = antipassive;  caus = causative; erg = ergative; oblq = oblique; part = partitive; sg = singular.
 
 
 





[1] Reduzimos aqui os papéis semânticos do sujeito e do objeto para agente e paciente respectivamente, para fins de simplificação.

[2]  A questão da redução ou do acréscimo de argumentos nas construções anti- causativas e causativas respectivamente, vai depender da análise adotada. Vide item (iii) da página 2.

[3]  Os exemplos do Tupinambá aqui apresentados foram extraídos de Lemos  Barbosa(1956).

[4] Vide nota (2).

[5]  Nestes casos de alçamento de possuidor, o novo objeto adquire um novo papel semântico: o de  beneficiário.
-------------- next part --------------
An HTML attachment was scrubbed...
URL: <http://listserv.linguistlist.org/pipermail/etnolinguistica/attachments/20120306/4f0c9df3/attachment.htm>


More information about the Etnolinguistica mailing list